Enquanto Isso | 35 páginas que eu li no ano passado

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Enquanto Isso | 35 páginas que eu li no ano passado

Ou: meus melhores do ano

Omelete
19 min de leitura
03.03.2023, às 14H03.
Atualizada em 03.03.2023, ÀS 16H45

Começando por três de Follow me Down (Image), quinto livro da série Reckless, de Ed Brubaker e Sean Phillips. São páginas do finaleira da história, mas é menos spoiler do que parece. Por que Ethan Reckless está velho e barbudo? Brubaker e Phillips deixaram a explicação pro próximo volume.

Quero falar daquela transição da primeira para a segunda página. Não é virada; uma página fica do lado da outra. Rachel pergunta a Reckless: “O que aconteceu?” Reckless responde: “A vida.”

 

Veja que Reckless responde “A vida” no maior quadro da página. Os outros quadros são rostos em primeiro plano, acompanhando o diálogo entre Reckless e Rachel. O quadro em que ele diz “A vida” é o que mais expõe Reckless, da cintura para cima, assim como lhe dá um cenário de fundo. Metade do seu corpo está na sombra e ele projeta uma sombra grossa no muro de casa.

(A quadriculação desta página rima com a quadriculação da página anterior, que também tem um quadro grande no alto.)

Quando Brubaker/Phillips diferenciam este quadro, “A vida”. Eles querem dar espaço para essa fala. Espaço, literalmente: é o maior quadro na página. Espaço, em HQ, também é tempo. Ou peso. Ou impacto.

Dá para ler este balão, “A vida”, em 200 milissegundos. Eu calculei. Se você já está em outro ritmo, talvez leia ainda mais rápido. Mas o tempo de um quadrinho não é o tempo que você leva para ler um quadrinho. É o tempo da história que ele tenta compor na sua cabeça.

Quando Brubaker/Phillips abrem aquele quadro, mostram Reckless da cintura para cima, seu cenário, sua sombra, só para ele responder uma palavra (duas na tradução), é para você sentir que esta resposta demorou para sair ou não houve outra palavra logo em seguida. Ou as duas cosas.

“O que aconteceu”, Reckless? A resposta tem que pairar: “A vida”.

Na página seguinte, o diálogo Rachel/Reckless continua. Me interessa aquele terço final. Rachel: “E você me prometeu…” Reckless: “Eu cumpri.” Rachel: “Não acabou.” Reckless: “Eu me acabei.”

Rachel, ângulo de baixo para cima. Um quadro espremido = um momento rápido: “E você me prometeu…”

Reckless em close, nas sombras. Outro quadro espremido = outro momento rápido: “Eu cumpri.”

Rachel, primeiríssimo plano. Um quadro maior = um momento mais longo: “Não acabou.”

Reckless, da cabeça até os joelhos, uma casa bagunçada ao fundo, sombras: “Eu me acabei.” E o quadro sangra na página, eliminando as margens. Esse momento e essa fala são maiores que as outras. Não cabem no quadro. Não cabem na página.

Repito: é uma leitura que você faz em milissegundos. Na cabeça de Brubaker/Phillips, mais de 70 anos somados de experiência em HQ, também pode ter sido uma decisão de narrativa/design que levou segundos. A diferença que faz é descomunal.

Reckless, a série, é um tanto quanto banal. Ethan Reckless, investigador particular, tem um passado sórdido (e um futuro sórdido) e encara casos sórdidos numa Los Angeles sórdida. Tem os clichês noir transportados pros anos 1980. Tem algumas surpresas pelo caminho, mas as tramas são convencionais.

Mas é o convencional bem feito. Muito bem feito. Fora a experiência que os dois tinham antes, a parceria Brubaker/Phillips completa vinte anos em 2023. Eles se encontraram em Sleeper, de 2003 (que eu resenhei na época e que vai sair no Brasil este ano.)

Envelheceram bem. Reckless não é a melhor colaboração da dupla; é um beabá em termos de trama e de narrativa.

Mas quando você tem uma parceria do calibre Brubaker/Phillips, esse beabá, essa banalidade, esse quadrinho simples e bem feito, é ouro.

Goodbye, Eri, de Tatsuki Fujimoto (Shueisha), pouco mexe com o tamanho dos quadros. Tem uma e outra splash, às vezes dois quadros numa página, mas a imensa maioria das 200 páginas segue esse grid: quatro quadros iguais. Um plano fixo, como se fosse uma tela de vídeo. E telas de vídeo, diferente de quadros de quadrinho, têm sempre o mesmo tamanho.

Tem a ver com a história. Yuta, o protagonista, está gravando um filme e tudo (ou quase tudo) que vemos na HQ são suas gravações. Tem até “câmera tremida” no desenho.

“Goodbye” é feita para enfiar a mão na sua boca, agarrar o coração e apertar. Yuta é um adolescente que está gravando um documentário sobre os últimos dias de sua mãe com câncer terminal. Depois que ela morre, ele exibe o filme no colégio: tem momentos de lencinho nos olhos, mas também tem explosões. Os colegas do colégio caem na risada pela declaração de amor com explosões.

Então Yuta resolve fazer outro filme com uma colega, Eri. Que pode ou não ter uma doença terminal e que pode ou não ser uma vampira com vida eterna. Eles vão fazer um filme para recuperar o prestígio de Yuta e garantir sua carreira futura de cineasta.

No Comics Journal, Masha Zhdanova pergunta: Por que “Goodbye, Eri” não é um filme? Vale a pena ler o artigo inteiro de Zhdanova, mas vou dar spoiler da resposta que ela elabora no final: Porque, se fosse um filme, não seria uma história tão boa quanto é em quadrinho.

Conforme você avança em “Goodbye”, as dúvidas sobre vampira ou não-vampira, doença terminal ou não se misturam com outras dúvidas sobre o que é realidade e o que é encenação.

Há cenas dos personagens fazendo discursos emotivos, de cortar o coração… e de repente eles param, olham para a câmera e falam algo equivalente a “ficou bom?” O compromisso do documentário com a verdade vacila.

Às vezes Yuta e Eri são namorados, às vezes não. Eri pede para ser filmada sem óculos e aparelho nos dentes. Mas isso é verdade ou é encenação? Ou é encenação da verdade? E quando Yuta se filma cagando "pra ganhar realismo”?

“Goodbye, Eri” é bom por causa disso: enfia a mão na sua goela, aperta o coração, ao mesmo tempo que coça seu queixo e te faz uma cosquinha para dar risada. É um triunfo.

Voltando às colaborações tipo Brubaker/Phillips, eu não sei como Rick Remender e André Lima Araújo dividiram as funções em A Righteous Thirst for Vengeance (Image), mas apostaria uma comissão de matador profissional que a narrativa é mais do Araújo do que do Remender.

(É possível que eu tenha preconceito com o Remender. Águas passadas.)

Assim como os Reckless de Brubaker/Phillips, Righteous Thirst é basicão. Filme de assassino profissional, daqueles que saem direto no streaming, com um pouco mais de sangue e sadismo que o pipocão de sempre e algumas cutucadas políticas (o vilão é a cara do Steve Bannon).

Aliás, parece ter pretensões de cinema ao desenhar o Benedict Wong como protagonista. Se fosse filme de verdade, ia ter aquela direção estilizada, firula mínima, tipo Soderbergh.

Mas quem dirige Righteous Thirst, o quadrinho, é André Lima Araújo (com Chris O’Halloran nas cores e Ru Wooton nas letras). E é uma direção silenciosa. A HQ tem mais ou menos metade das páginas mudas, praticamente só ação. Os jogos de quadriculação/espaço/tempo que eu comentei em Reckless estão todos ali. Araújo sabe escolher os momentos, os planos e os ângulos e como dar o espaço certo para cada um na página. Você sente a história andando. Ou você sente que precisa correr atrás da história. Negócio é tenso.

Uma história que, eu repito, é simples, basicona. Mas bem feita, muito bem feita.

Mais colaboração: E o Mar me Trouxe Até Aqui, de Phelip Willian e Eduardo Ribas (independente). Eu li pela primeira vez porque Willian tinha me pedido aspas durante a campanha de divulgação. Depois eu li mais duas vezes. Vou ler mais.

Minhas aspas foram: “Nadar é viver à deriva, ficar na praia é tomar decisões e o mar é a vida. Ou o mar é o espírito, a praia é o mundo e nadar é refletir. A praia é se acomodar, nadar é buscar e o mar é o mundo? O que Willian e Ribas mostram é que você pode ler uma HQ de várias maneiras. O certo é que você vai se encontrar.”

Não sei dizer exatamente em que ponto, mas eu me encontrei. Gosto das histórias que eu gosto e não entendo por que eu gosto. Talvez a única coisa que eu entenda é que os desenhos do Eduardo Ribas são poderosos. De resto, continuo relendo E o Mar para entender o que eu encontrei.

De uma colaboração para trabalho solo, mais uma vez. Ou quase solo: Almoço, de Pablito Aguiar (Arquipélago). A prova de que o quadrinho brasileiro chegou em outro nível é que o cara pode fazer um álbum inteiro sobre uma pessoa cozinhando feijão e o resultado convence.

Já comentei Almoço em outra coluna. É um diálogo de Aguiar com a jornalista Eliane Brum, mas você só vê as falas dela. Também só vê ela, sobretudo cozinhando feijão, enquanto o autor está na sombra, escolhendo os ângulos, os cortes, dando o espaço, o peso e o respiro para cada fala da jornalista. Ela fala com as palavras, ele fala com quadriculação. E o Pablito Aguiar sabe falar no jeito como faz quadrinho.

Tem outro ponto: se você chega nesta HQ de paraquedas e nunca ouviu falar de Eliane Brum, a HQ não vai explicar. Mas se você não ficar com vontade de ler e conhecer mais do trabalho da Eliane Brum, Almoço fracassou. Assim como fracassou se você não ficar com vontade de feijão.

Keeping Two, Jordan Crane

Os finais de Keeping Two, de Jordan Crane (Fantagraphics) e O Pequeno Astronauta, de Jean-Paul Eid (Nemo, tradução de Renata Silveira), puxaram meu tapete e, quando eu caí no chão, tinha uma piscina com água quentinha. Fiquei ali boiando e olhando pro nada até que escorreram umas lágrimas.

Mas já estou falando demais. Além de não querer contar o final, prefiro não contar nada sobre as tramas de Keeping Two (já me traí aqui) e de O Pequeno Astronauta porque acho que elas funcionam melhor se você chegar virjão ou virjona.

Só digo que são dois assuntos que eu nunca vi retratados em quadrinhos. Não só em quadrinhos – nunca vi em lugar nenhum. E além de serem assuntos que eu nunca vi em outra ficção, tanto Crane quanto Eid fazem coisas com os quadrinhos que também são inéditas pra mim. Outros triunfos do ano.

O Pequeno Astronauta, Jean-Paul Eid

Não costumo considerar quadrinhos que eu traduzo para listas de melhores porque, quando traduzo, leio com uma profundidade que não dedico ao que eu não traduzo. É diferente.

Mas, assim como no ano passado eu falei de Pai de Mentira, do Joe Ollmann, porque li antes de saber que ia traduzir, este ano também abro essa semi-exceção para Thieves, de Lucie Bryon (Nobrow), que também li sem saber que ia traduzir.

(Sai no segundo semestre pela Risco.)

 

Não vou dizer que Bryon reinventa os quadrinhos nem nada parecido. Na cruza entre mangá e o bom quadrinho YA ocidental que os últimos anos fizeram (um é meio que cria do outro), se inventaram e se aperfeiçoaram vários recursos narrativos que viraram beabá. Tendo Bryon inventado coisa nova ou não, o que interessa é que ela usa todos esses recursos e se diverte com o que faz.

Thieves é o romance adolescente entre Ella e Madeleine, duas meninas no fim do ensino médio que se descobrem cleptomaní-- vou cortar a palavra aqui porque ela também é proibida na HQ. Bom, elas descobrem isso aí e depois têm que bolar um plano para se redimir. Enquanto vida, colégio e amor acontecem.

Como eu falei de Brubaker/Phillips em Reckless e de Remender/Araújo em Righteous Thirst é quadrinho beabá, mas bem feito. Muito bem feito. E Bryon, em comparação aos velhões Brubaker/Phillips e Remender/Araújo, nasceu ontem.

Agora sim falando de fazer quadrinho de um jeito que eu nunca tinha visto, tem Kali, de Robert Sammelin com um arremedo de argumento de Daniel Freedman (e letras de Michael David Thomas; Dark Horse). Quadrinho bonito, bem feito, mas falta alguma coisa de trama por trás do bonito.

Entra para a categoria Desbunde Visual E Só. Na mesma categoria, tem:

Human Target (DC): a exposição de estilo que o Greg Smallwood estava precisando, mal decorada com palavrinhas vazias do Tom King (nas letras de Clayton Cowles).

(Sai no Brasil no mês que vem.)

Step by Bloody Step (Image): do filho secreto de John Buscema com Moebius, Matías Bergara (e cores do brasileiro Mat Lopes), num plot que eu não sei se entendi de Simon Spurrier.

Quarteto Fantástico: Ciclos (Panini, tradução de Mario Luiz C. Barroso): em que Alex Ross se arrisca a fazer coisas que nunca fez na arte, faz muito bem, mas ainda não chegou numa história que convence.

Supergirl: Woman of Tomorrow (DC): Bilquis Evely e Mat Lopes na velocidade da luz, Tom King num pangaré.

E Echolands (Image): exemplo máximo da categoria Desbunde Visual E Só, em que J.H. Williams III (com Dave Stewart nas cores) mostra todo o arsenal para uma história (de Williams e W. Haden Blackman) que eu não me dei ao trabalho de decifrar.

São quadrinhos bonitos por fora, mais ou menos ocos por dentro. Digo “mais ou menos” porque quadrinho, afinal, é narração visual acima de tudo, e a narração ainda pode ser algo fantástico, admirável, elogiável quando você não tem algo de bom para narrar. É o chocolate que vai te dar gosto e prazer, mas que não é nutritivo.

De vez em quando a gente merece um chocolate. De vez em quando vale um Desbunde Visual E Só.

(Já levantei essa discussão numa coluna do ano passado, mas de outro jeito: “Narrativistas e Grafistas”. Ainda não esgotei o assunto.)

Menção honrosa na categoria Desbunde Visual: “A Filha do Gigante do Gelo” por Robin Recht em Conan, o Cimério: Edição Definitiva vol. 1 (Pipoca & Nanquim, tradução de Rafael Meire). Melhor HQ do Conan que eu já li, adaptação indisciplinada na medida certa do original do Robert Howard e páginas duplas que só podiam sair naquele formatão. Bárbaro em todos os sentidos.

Tem mais quadrinhos muito bons nas minhas leituras do ano passado, mas a coluna precisa acabar. Vou só falar de umas cenas e impressões:

- Superman, Obelix, Fantasma, Capitão Haddock e outros decepcionados com Ersin Karabulut na sua autobiografia fantasiosa Drawing on the Edge, Chronicles from Istanbul (Europe Comics, tradução de Didier Pasamonik).

- Toda Nova York visitando o Peter Parker sexagenário na cama do hospital em “60º Sinistro”, a história de Dan Slott e Jim Cheung (mais Jay David Ramos nas cores e Joe Sabino nas letras) em Amazing Fantasy n. 1000. Saiu aqui em O Espetacular Homem-Aranha n. 44 (Panini, tradução de Mario Luiz C. Barroso).

- A aventura de Tintim sem Tintim, mas com muito jeito de Tintim, só que Tintim do século 21, ainda dá para chamar de Tintim, eu estou chamando de Tintim e que a Rutu Modan não se ofenda –em Tunnels (Drawn & Quarterly, tradução de Ishai Mishory).

- Várias cenas, mas mais o ritmo esperto da Kate Beaton em Ducks (Drawn & Quarterly, sai este ano no Brasil).

- Os dois volumes, cada, que eu li de Master Keaton e de Asadora!, ambos do Naoki Urasawa. Que eu li devagarinho e guardei outros volumes para depois – porque Urasawa acaba muito rápido.

Mas eu tenho um quadrinho preferido de 2022? Acho que sim. É o que já está na lista de muitos.

Eu aposto meu bonequinho do Jimmy Corrigan que Paco Roca se inspirou em “Lint”, do Chris Ware – também conhecida como terceiro capítulo de Rusty Brown – para abrir e fechar Regresso ao Éden (Devir, tradução de Jana Bianchi).

Não é plágio. É só uma ferramenta nova que entrou na caixinha de ferramentas do que dá pra fazer em quadrinhos e o Roca aproveitou. Aproveitou para fazer mais do que a inspiração, inclusive.

Já falei aqui que Regresso ao Éden é mais do que narrativa, mais do que quadrinhos e mais do que arte: é vida no papel. O que Ware estava tentando fazer em “Lint” também era, de um jeito muito regrado e lógico, contar uma vida do início ao fim.

Roca conta uma vida – a de sua mãe –, mas não é regrado e lógico e certinho como Ware. Porque a vida não é. O que surpreende em Regresso é que, mesmo indo e voltando no tempo, expandindo um ponto aqui e outro ali da vida da mãe, às vezes se soltando para a fantasia, às vezes caindo numa realidade dura e sépia, às vezes misturando a realidade e a fantasia, Roca não se perde. Nem você se perde. Você vive junto.

É coisa de quadrinista com experiência, voltando a outros que citei nesta coluna. Todos os quadrinhos que Roca fez levaram até Regresso ao Éden. Além de retratar uma vida e ser vivo, tem a vida do autor fazendo o coração do quadrinho pulsar.

A Devir também lançou Acasos do Destino, de Roca, em 2022. Eu já tinha lido há algum tempo, então não teve o mesmo impacto. Quando reli, disse a mesma coisa: é um quadrinho vivo. Regresso ao Éden, porém, é mais recente e é um passo a mais na vida do Paco Roca. E meu melhor do ano.

UMA PÁGINA DO ANO

Uma página do caderno do Tom Gauld, fotografada pelo próprio, com as soluções desprezadas e o raciocínio que levou à adaptação da frase de Kierkegaard: “A vida só é compreendida pelo antes; porém, devemos viver avante”.

Que é uma tira perfeita, como eu já falei. Naqueles rasbiscos, você tenta deduzir como a perfeição acontece.

Gauld não só mostrou o processo. Também lançou um print da tira com tiragem limitada que me deixou babando (porém: R$ 600) e que esgotou meia tiragem em três dias. Não fui só eu que achei perfeita.

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#106 – Ramon Vitral versus Jeff Bezos

#105 – A memória do quadrinho nacional como terapia

#104 – Meu primeiro e quinquagésimo Festival d’Angoulême

#103 – Qual foi a notícia dos quadrinhos em 2022?

#102 – A inteligência artificial vai substituir o desenhista humano?

#101 – Os essenciais de Angoulême

#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos

#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros

#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047

#97 – Art Spiegelman, notável

#96 – O mundo quer HQ brasileira

#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro

#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse

#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi

#92 – A semana mais bagunçada da nossa história

#91 – Ricardo Leite em busca do tempo

#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano

#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada

#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate

#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá

#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022

#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil

#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?

#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?

#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira

#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos

#80 – Retomando aquele assunto

#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA

#78 – Narrativistas e grafistas

#77 – George Pérez, passionate

#76 – A menina-robô que não era robô nem menina

#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade

#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas

#73 – Toda editora terá seu Zidrou

#72 – A JBC é uma ponte

#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades

#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor

#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina

#68 – Quem foi Miguel Gallardo?

#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes

#66 – Mais um ano lendo gibi

#65 – A notícia do ano é

#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?

#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?

#62 – Temporada dos prêmios

#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca

#60 – Vai faltar papel pro gibi?

#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics

#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona

#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler

#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020

#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee

 

(c) Érico Assis

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