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Enquanto Isso | Vai faltar papel pro gibi?

Mais: Ziraldo e Mauricio, quadrinhos premiados como literatura, labirintos para publicar um gibi, aniversários, aquela página, aquela capa e aquele cara que perdeu o emprego

29.10.2021, às 17H24.
Atualizada em 29.10.2021, ÀS 17H53

As notícias que vêm de fora assustam: está faltando papel para imprimir quadrinhos. Está faltando papel para imprimir livros em geral, para imprimir tudo que precisa de papel, é claro. Mas esta é uma coluna sobre quadrinhos.

Nos EUA, a Image Comics anunciou que, por tempo indeterminado, não vai fazer nova tiragem se um gibi esgotar. A DC Comics adiou vários lançamentos, alguns por até três meses, principalmente material de luxo. No início de outubro, o Bleeding Cool colocou em manchete: “Neste momento, não há papel para fazer gibi nos EUA”. Na semana passada a lista de lançamentos em comic shop foi bem menor do que a prevista. Circula o tuíte de uma pequena editora britânica dizendo que “a Europa ficou sem papel pra imprimir livros” e dizem que a situação só vai voltar ao normal no ano que vem.

 

É isso mesmo? Parece que é. Editoras médias e grandes costumam trabalhar com planejamento bastante antecipado e têm papel e gráfica reservados por meses à frente. Mas, lá nestes grandes mercados, se você chega hoje pedindo mais tiragem de um livro ou revista que esgotou – uma coisa fora do planejamento – é possível que a resposta seja: “Não temos papel.”

Por que não? Uma conjunção de fatores, sendo o principal a pandemia. De um lado, empresas reduziram produção por falta de pessoal ou de insumos – porque os fornecedores também estavam sem pessoal, ou por conta de logística. De outro, vendeu-se muito livro (e quadrinho) durante a pandemia; eu e você e mais um bilhão de pessoas consumimos mais mangá, literatura, mangá, gibi de hominho e mangá durante esse período enfurnado em casa.

Tem outros fatores. A falta de containers para transportar de tudo atrapalha todos os setores, inclusive o editorial. Houve uma mudança na regulamentação ambiental da China que fechou algumas fábricas de papel que forneciam para o mundo inteiro. O papel está mais caro, em parte, para desacelerar o fim do planeta.

Mas estas notícias são de fora. E no Brasil? Vai faltar papel para imprimir gibi?

A princípio, não. Segundo duas gráficas importantes no setor de quadrinhos, a produção nacional de papel e o que resta de importação atende a demanda do mercado editorial brasileiro. Mesmo que esta demanda tenha aumentado – e muito – durante a pandemia, principalmente no segmento geek.

No mais, as tiragens do Primeiro Mundo chegam aos milhões (Asterix saiu na semana passada com tiragem de cinco milhões), e as nossas, nem perto. As tiragens pequenas deles costumam ser as nossas grandes.

Porém, de uma coisa não dá para fugir no Brasil: papel está mais caro e esse aumento vai se refletir no preço do seu gibi.

“Estamos acostumados a dois aumentos no preço de papel por ano, sempre abaixo dos 10%”, me diz em entrevista Léa Costa Gouveia, representante comercial da gráfica Corprint, em Mogi das Cruzes. “Este ano, o papel cartão teve aumento de 14,2% em março, de 10% em julho e, a partir de novembro, começa a vigorar o aumento de 14,6%.”

A Corprint atende Panini, Pipoca & Nanquim, Veneta, JBC e outras editoras. O papel cartão que a representante menciona é o utilizado sobretudo em capas. A Suzano Papel e Celulose, principal fornecedora de papel do Brasil, limitou o fornecimento desse tipo de papel, por gráfica, na gramatura mais comum, de 250 g/m2. Outras gramaturas, como de 300 ou 350 g/m2,  exigem pedidos especiais à Suzano, em uma quantidade mínima que poucas gráficas conseguem usar. Então, se ajusta o projeto gráfico de alguns livros para o cartão mais fino.

Se você notar uma capa não tão grossa nos seus gibis dos próximos meses, já sabe o motivo.

Além disso, a representante da Corprint diz que o papel do miolo dos gibis – o offset, o couché ou o pólen – também está com fornecimento restrito. Embora a produção nacional praticamente dê conta de atender o mercado brasileiro, as fabricantes de papel nacionais preferem vender para o exterior – e a demanda do exterior está altíssima. Isto também empurra os preços para cima.

De outro lado, as importações estão quase inviáveis. Não só por causa do câmbio dólar/real, mas por conta da crise logística e de uma disputa comercial que beneficia principalmente os EUA.

“Se antes nós pagávamos um frete de, digamos, oitocentos dólares, agora esse frete está em seis mil”, responde Artur Ullmann, diretor da Ipsis – gráfica que atende Panini, Comix Zone, Pipoca e Nanquim, Darkside e outras. Além do preço, o tempo de entrega do papel importado, segundo a Ipsis, passou de dois para quatro ou cinco meses. “Se você procurar papel importado nos fornecedores do Brasil, você não vai encontrar”, ele diz.

Mesmo assim, nem Corprint nem Ipsis registraram atrasos significativos na entrega às editoras, pois têm uma reserva planejada. 

“O segmento geek foi o que nos segurou nessa pandemia”, diz Léa Gouveia, da Corprint. Ela conta que o setor viveu um período de trevas em 2018, quando aconteceu o calote das livrarias, e que houve uma “parada estratégica” no começo da pandemia, no início de 2020.

“Depois, mudou totalmente. Esse segmento é o que mais está saindo”, ela diz, ressaltando que a demanda por mangás é a mais evidente. “Chegamos a ter que fazer novas tiragens de 50 mil, de 80 mil.”

Artur Ullman, da Ipsis, diz o mesmo. Embora a gráfica atenda editoras de vários segmentos que trabalham com livros de luxo, os quadrinhos são parcela significativa. “Eu tive clientes que, se antes faziam tiragem inicial de cinco mil, agora passaram a fazer de dez mil.”

Segundo reportagem do site Vox sobre o panorama global, a situação em EUA e Europa deve se normalizar no ano que vem, quando os efeitos da pandemia deixarem de ter o impacto que estão tendo. Essa mudança de cenário deve afrouxar a situação brasileira também em termos de preços.

O que importa para o mercado de quadrinhos no Brasil é que provavelmente não vai faltar papel. O certo é que os preços ainda vão subir e talvez a qualidade gráfica fique um pouquinho menor. Seja como for, as gráficas gostariam de agradecer a você, que comprou um monte de gibi nesta pandemia.

ZIRALDO E MAURICIO

Mauricio de Sousa, Francisco Ucha e Álvaro de Moya. Foto de Martin Carone dos Santos.

A capa diz “Gigantes do Quadrinho Nacional” e ninguém poderia negar. Ziraldo e Mauricio de Sousa talvez sejam os nomes de maior estatura na história dos quadrinhos no Brasil e vão se encontrar em um livro de entrevistas – o primeiro de uma série com nomes importantes do quadrinho nacional.

O encontro só acontece na capa de Ziraldo & Mauricio, pois são entrevistas feitas em separado por Francisco Ucha, jornalista veterano da área de HQ. Ele conversou com os dois autores entre 2009 e 2012 para o Jornal da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Parte das entrevistas é inédita e a íntegra sai agora, reeditada e carregada de fotos, como as que você vê acima e abaixo.

“Nas entrevistas, falamos sobre muitos assuntos”, Ucha me contou por e-mail. “Na do Mauricio, por exemplo, ele fala sobre como reagiu ao sequestro de seu filho. Eu levei o jornal O Dia com a notícia da libertação do rapaz e ele ficou emocionado. Vou contar os bastidores de cada entrevista e vamos contextualizar tudo. Quando foi publicada a primeira parte de sua entrevista, Ziraldo me ligou me dizendo que foi a melhor entrevista publicada sobre ele.”

Ziraldo, em foto de José Duayer.

Pedi para o Ucha separar dois trechos das conversas. O primeiro é com Ziraldo:

Bom, um sujeito que chega aos 80 anos tem mesmo muitas histórias para contar. A gente fica até meio tentado a escrever as famosas memórias. Sempre que esta vontade me ocorreu, mesmo falador como sou, sempre me perguntei: “Alguém, meu Deus, vai se interessar em saber como foi a minha vida?” Aí, desanimava e esquecia a ideia. Quando a gente pedia ao Drummond que nos desse uma entrevista, no tempo do Pasquim, ele dizia: “Tudo que vocês querem saber sobre mim já está escrito nos meus versos.” É claro que ele não falou exatamente, assim. Cara que fala “nos meus versos” é um babaca e o Drummond não era um babaca. A propósito, tenho a maior dificuldade de me referir ao que fiz como a “minha obra”. Acho rebarbativo demais. Aí, a gente recomeça a conversar e eu destampo a falar como um condenado. Sabe que das muitas coisas que te contei e que você passou tão bem para o papel nem me lembrava mais! Achei a primeira parte da entrevista interessantíssima, acredita? E pensei até em pegar o que você tirou da minha memória e começar a escrever tudo com mais detalhes. A entrevista ficou, para mim, como se fosse a sinopse de um filme. Aí você me vem com essa ideia de dar continuação à entrevista. Tá maluco? Tenho mais nada que acrescentar, não, rapaz.

“Ele acabou falando muuuuito mais”, me diz Ucha. Ziraldo completou 89 anos no último domingo.

De Mauricio de Sousa – que completou 86 anos na quarta-feira –, Ucha selecionou um trecho em que o criador da Mônica fala do período como repórter policial investigando torturas a presos dentro de delegacias:

Para ser sincero, eu estava na fase de super-herói mesmo. Sentia que era o defensor dos fracos e oprimidos. Quando ia na delegacia e via alguma coisa acontecendo, um mau trato com alguém que chegava lá ou dúvida sobre tortura de preso, ia investigar. Era um chato para a Polícia e mesmo para os nossos repórteres que já estavam há mais tempo lá. Eu perturbava a vida deles, não caía em qualquer historinha. Certa vez, havia uma denúncia de que um delegado espancava o pessoal com uma palmatória. Não importava se o preso era inocente ou culpado. Fazia fila e batia com força, sem dó. A fama do homem se espalhou como uma lenda. Entrei na Delegacia justamente no momento que estava passando uma fila! "Será a fila da palmatória?", pensei. Quando vi que a fila de presos se dirigia para uma sala afastada que estava sempre fechada, eu entrei no meio dos meliantes, na fila! Realmente, era a fila da palmatória e só não apanhei porque, quando estava chegando minha vez, o pessoal me reconheceu.

O livro está em campanha de financiamento no Catarse até o dia 1º de dezembro. As caricaturas da capa são de Luiz Carlos Fernandes – e estão à venda como originais e como prints na campanha. Ziraldo e Mauricio será o primeiro da série “Fala, Desenhista!”, onde se planeja livros de entrevistas com Ota, Rodolfo Zalla, André Toral, Primaggio Mantovi e outros.

PREMIADOS

Quadrinhos não são Literatura tanto quanto Cinema não é Videogame. Mas, quando a Literatura resolve dar prêmio pros Quadrinhos, ninguém é bobo de reclamar.

No início deste mês, Joe Sacco recebeu o Geschwister-Scholl-Preis, prêmio alemão concedido a obras que “demonstrem independência intelectual e que promovam liberdades civis, assim como coragem moral, intelectual e estética”. Foi a primeira vez em quarenta anos que o prêmio foi concedido a um quadrinista.

O reconhecimento é feito em dinheiro: 10 mil euros (R$ 65 mil). E foi pelo último livro de Sacco, Paying the Land, que trata de povos indígenas no Canadá. Deve sair aqui no ano que vem.

No Canadá, dois quadrinhos tiveram suas primeiras indicações em categorias onde nunca haviam aparecido do Governor General’s Literary Awards. Fictional Father, de Joe Ollmann, concorre na categoria “Ficção”; Paul em Casa, de Michel Rabagliatti, concorre na categoria “Tradução”. O primeiro ainda não tem previsão de lançamento no Brasil; o segundo saiu aqui no mês passado pela Comix Zone.

O Governor’s General existe desde 1936 e já premiou quadrinhos em outras categorias: Aquele Verão, de Mariko e Jillian Tamaki ganhou em “Literatura Infantil – Ilustração” em 2014. Os premiados deste ano, que ganharão C$ 25 mil (R$ 113 mil), serão anunciados em 17 de novembro.

LABIRINTOS DE VIDRO

A Editora Mino anunciou na semana passada que vai publicar um pequeno clássico das HQs: Cidade de Vidro, colaboração entre os pesos pesadíssimos David Mazzucchelli e Paul Karasik, com uma ajudinha de Art Spiegelman, adaptando um conto de Paul Auster. Saiu originalmente em 1994.

A graphic novel já tinha saído aqui pela editora Via Lettera em 1998, mas a edição está esgotada há mais de uma década. Muita editora tentou republicar a HQ no Brasil, mas conseguir os direitos era impossível. Nem lá fora ela é publicada direito: a última edição nos EUA, de 2004, também está esgotada.

Comentei isso com Pedro Cobiaco, responsável por direitos internacionais e design na Mino (e quadrinista nas horas vagas), e ele concordou: “Foi uma jornada labiríntica do nível do próprio quadrinho”, ele me disse. Pedi para contar mais. E o que está abaixo, eu juro, é a versão resumida do que ele me contou:

O primeiro e-mail que mandei atrás do Cidade de Vidro foi em janeiro de 2017. Escrevi pra três agentes diferentes da Macmillan, que nunca responderam.

Voltei a tentar em 2018. Cheguei em uma agência que podia ter os direitos no Brasil. Não era deles. (Mas acabou que aproveitamos o contato pra negociar um livro do Box Brown, viraram super parceiros, foi por eles que negociamos os outros do Brown, Aquele Verão, etc.)

Em 2019 voltei a tentar. Tentei pegar contatos, fui pesquisando, recebi várias pistas falsas. Até um cara italiano que não era nem negociador de direitos de quadrinho apareceu na jogada.

Desisti e fui tocando. Mas o livro ficava me atazanando a cabeça. Acabou que fiz o que eu sempre tento evitar fazer até onde é possível MESMO: importunar os autores.

Em 2021 consegui o e-mail do Paul Karasik. Ele respondeu em menos de quinze minutos! Ele é doido pra vir ao Brasil, além de muito simpático e profissional.

Ele me botou em contato com a agente responsável pelos direitos. Me repassaram pra uma funcionária que cuidava dos direitos pro Brasil. Achei que tava tudo andando. De repente, passei meses sem resposta. Fiquei doido, fui descobrindo o quadro de funcionários pelo LinkedIn e stalkeei todo mundo nas redes pra ver se tinham saído da empresa, ou sei lá.

Acontece que nesse meio tempo todo o quadro de funcionários do setor de direitos internacionais deles foi substituído.

Descobri um agente brasileiro que negociava com eles, o George. O George me ajudou demais! Conseguiu falar com o pessoal lá e encaminhou as negociações. Temos até mais coisas em andamento já (mas aí é segredo).

Depois de anos, fechamos contrato. Só que aí descobrimos que a agência não tinha os arquivos.

Resultado: mais semanas de investigação. Finalmente consegui um contato, através de uma funcionária da First Second com quem já tinha negociado. O George descobriu esse contato ao mesmo tempo, de outro jeito. Contamos um pro outro e fui atrás dos arquivos.

Só que aí eles não tinham mais os arquivos com acesso fácil, porque a última edição já tinha sido feita faz tempo. Final da história: conseguimos os arquivos na semana passada. O pessoal da editora Picador conseguiu com uma gráfica que havia impresso o livro há anos e tinha guardado nos backups.

O Thiago Lins já traduziu, a Janaína de Luna está batendo o texto, eu e a Marina de Campos vamos começar a trabalhar no design, eu vou letreirar inteiro na mão em português e o Art Spiegelman já fez o favor de escrever o prefácio pra edição americana, então acho que vamos usar esse mesmo. Ele é bom, rs.

Cidade de Vidro é a história de um escritor de livros de detetive que resolve virar detetive após uma voz desconhecida no telefone lhe pedir ajuda. Acredite se quiser, a história consegue ser mais louca e dar mais voltas que a do Cobiaco contando como conseguiu os direitos.

E você vai encontrar vários livros sobre história e crítica das HQs comentando a importância de Cidade de Vidro. A Mino promete a nova edição brasileira ainda para este ano, com tradução de Thiago Lins.

VIRANDO PÁGINAS

Wally Wood (1927-1981) morreu em 2 de novembro, há 40 anos. O autor de Cannon, grande colaborador da EC Comics e da Mad, criador do famoso guia “22 Quadros Que Sempre Funcionam”, cometeu suicídio, pelo que se acredita, devido a problemas de saúde e falta de perspectivas na carreira. Tinha só 54 anos.

Bill Mauldin (1921-2003), o cartunista que ficou conhecido por retratar a realidade suja e arrastada dos soldados na Segunda Guerra Mundial, completaria 100 anos hoje. Mauldin ganhou dois prêmios Pulitzer pelos cartuns.

O Deus da Sacanagem, livro de Gonçalo Junior sobre Carlos Zéfiro

Carlos Zéfiro (1921-1992), o autor dos famosos catecismos, também teria completado 100 anos em 2021. Revelou-se que Zéfiro era o pseudônimo de um funcionário público, Alcides Aguiar Caminha, numa reportagem da Playboy de novembro de 1991, há 30 anos, muito tempo depois das suas famosas publicações. Ele faleceu no ano seguinte.

A revista Animal também publicou sua última edição, a 22, em novembro de 1991, há trinta anos.

UMA PÁGINA

De Joshua Cotter, em Nod Away, série que ganhou há pouco seu segundo volume nos EUA, pela Fantagraphics. No tuíte, Cotter diz que a série vai ter sete volumes – e que o segundo, com 360 páginas, lhe tomou seis anos de produção.

UMA CAPA

De Human Target n. 4, por Greg Smallwood. Sai em janeiro nos EUA, com roteiro de Tom King.

O CARA PERDEU O EMPREGO

O tweet com o melhor comentário sobre o assunto. Para contexto, aqui. Ou aqui:

 

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

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