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Ray Fisher nega saída de filme solo do Flash

Ator afirma que Geoff Johns deve ter seus laços com a WarnerMedia rompidos

07.01.2021, às 21H51.
Atualizada em 08.01.2021, ÀS 20H53

A conturbada relação de Ray Fisher com a Warner passou por nova turbulência nesta quinta-feira (7). O ator criticou o artigo publicado pelo TheWrap em 6 de janeiro que afirmava que seu personagem deveria ser removido do filme solo do Flash, dizendo que sua saída não estava confirmada. Segundo o intérprete do Ciborgue, o repórter responsável pela matéria estaria “se dobrando às vontades da Warner Pictures e de Walter Hamada”, presidente da DC Films.

Em uma série de postagens no Twitter, onde tem compartilhado detalhes dos problemas que ocorreram nos bastidores de Liga da Justiça após Joss Whedon substituir Zack Snyder na direção, o ator disse ainda que segue em contato com a WarnerMedia sobre as investigações internas que apuram o caso. Fisher ainda afirmou que a empresa pretende cortar laços com Geoff Johns, quadrinista conhecido por diversas HQs icônicas da DC e produtor-executivo dos filmes baseados nos personagens da editora, um dos principais alvos das acusações do ator – confira abaixo:

Sugiro veemente que o TheWrap corrija imediatamente esse artigo. Embora eu entenda o desejo imortal do repórter de se dobrar às vontades da Warner Pictures e de Walter Hamada, a matéria está incorreta. Eu não anunciei [que deixaria The Flash] publicamente. Se a Warner Pictures decidiu me retirar de The Flash ao invés de se manifestar de qualquer maneira sobre a interferência de Walter Hamada nas investigações de [Liga da Justiça], a culpa é deles. A ideia de eliminar o papel ao invés de buscar outro ator é uma tentativa de evitar repercussão negativa

A equipe de relações públicas da Warner Pictures tem encontrado dificuldades em retomar controle da narrativa desde que tentaram em vão enterrar a mim e à investigação de [Liga da Justiça] com seu artigo difamatório de 4 de setembro – que, sem nenhuma surpresa, foi escrito pelo mesmo repórter. (Mais sobre a Warner Bros. e Johanna Fuentes [vice-presidente global de comunicações da Warner Bros.] em breve). O fato é: a investigação de Liga da Justiça levou a WarnerMedia (e suas afiliadas) a cortarem relações com Joss Whedon. Geoff Johns será o próximo. Se fosse por Hamada, nada disso seria possível e o ciclo de abusos continuaria

Minha equipe e eu seguimos conversando seriamente com a WarnerMedia sobre todos esses assuntos e – com Flash ou sem Flash – pretendemos levar isso até o fim. Manterei vocês atualizados, mas, por enquanto, obrigado por seu apoio initerrupto

O ator ainda terminou o texto com a sigla A>E, que significa Accountability > Entertainment (“responsabilidade maior que entretenimento”, em português), frase que tem usado para assinar todas as revelações sobre os bastidores das refilmagens de Liga da Justiça

Entenda o caso

O diretor Joss Whedon foi acusado de postura abusiva no set de Liga da Justiça, filme da DC de 2017 no qual entrou para o posto de diretor após a saída de Zack Snyder. Segundo as primeiras falas de Fisher, "o tratamento que Joss Whedon deu ao elenco e à equipe no set de Liga da Justiça foi nojento, abusivo, antiprofissional e completamente inaceitável.

Mais tarde, o diretor Kevin Smith afirmou ter ouvido relatos que dão força ao argumento de Fisher. Depois, dublês de Buffy, A Caça-Vampiros - série criada por Whedon - acusaram o criador de ser egomaníaco.

Joss Whedon assumiu as filmagens de Liga da Justiça depois da saída de Zack Snyder da direção por problemas familiares. A reação negativa em torno do filme estimulou pedidos pela versão original do longa, já que muito material planejado pelo Snyder não entrou na versão final. Após muito tempo, a Warner confirmou o lançamento do Snyder Cut para 2021 no HBO Max, streaming do grupo Time Warner.