5 animes "indie" da temporada de outono 2021 para você dar uma chance

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5 animes "indie" da temporada de outono 2021 para você dar uma chance

Cansado do shonen de lutinha e dos seinen psicológicos? Temos uma listinha de sugestões para você ver algo diferente

22.12.2021, às 10H48.

Quando comentamos sobre animes da atual temporada de outono, logo alguns nomes se destacam em meio aos outros. Séries como Demon Slayer - Kimetsu no Yaiba ou The World's Finest Assassin Gets Reincarnated in Another World as an Aristocrat são sempre bastante lembradas pelos otakus, mas às vezes as pessoas deixam passar batido alguns animes menos comentados.

Pensando no drama desses “animes indie”, aqueles não tão comentados quanto os arrasa-quarteirão da temporada, listamos cinco dessas séries menos faladas dessa temporada de outono e que você deveria dar uma chance. Aqui temos drama, história de romance, comédia, anime de mecha bem gostosinho, e o melhor: como estamos no final da temporada, todos estão quase completos para você conferir em serviços de streaming como a Crunchyroll e a Funimation.

Vamos exaltar esses animes pouco discutidos pelos otakus?

Irina: The Vampire Cosmonaut

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Esse aqui se encaixa na categoria de animes com títulos pouco convidativos. Seja como “Irina: The Vampire Cosmonaut” (“Irina: A Vampira Cosmonauta” em português) ou com seu título original “Tsuki to Laika to Nosferatu” (“A Lua, Laika e Nosferatu” em português), essas palavras não parecem expressar o que vamos encontrar nesse drama de época com pitadas de ficção espacial. A trama é ambientada em um universo paralelo ao nosso em que duas potências, UZSR e o Reino Unido, disputam a corrida para ver quem manda o primeiro homem ao espaço. Como essa sinopse indica, o anime é uma releitura livre da disputa entre a União Soviética e os EUA durante a Corrida Espacial.

A UZSR conseguiu grandes avanços na construção de aeronaves, inclusive a ponto de mandar a cadela Laika para estudar a possibilidade de um ser vivo sobreviver fora da Terra. Antes de mandarem um humano para a empreitada, os cientistas decidem mandar um outro “animal” para testes, mas dessa vez algum “animal” que tenha consciência e possa fazer um relatório. É aí que entra a cobaia de número 44: Irina, a vampira.

Nesse mundo do anime, os vampiros são criaturas oprimidas pelos humanos, e a fama desses seres só piora com as histórias inventadas pelos humanos sobre sua natureza selvagem. Ou seja, aquelas coisas de chupar sangue do pescoço e aversão a alho foram mitos criados pelos humanos para marginalizar os vampiros. Na verdade, os vampiros são muito próximos aos humanos, mas possuem algumas características físicas diferenciadas, e é isso que causa uma aproximação entre Irina e seu “tutor”, o oficial Lev. O rapaz se vê na função de submeter a vampira ao treinamento espacial com o objetivo de chegarem ao espaço antes dos american… digo, do Reino Unido.

Este anime é uma pérola escondida no meio da temporada de outono de 2021. O roteiro é inteligente, há uma química imensa entre os dois personagens principais e basta poucos episódios para você se pegar torcendo para Irina realizar seu sonho de ver a Lua de perto. Há também espaço para um drama político e algumas críticas, pois há casos de oficiais que desaparecem por falarem demais, isso sem contar na maior dúvida do público: Irina sobreviverá a uma ida ao espaço? E se tudo der certo, eles vão mantê-la viva ou vão descartá-la como fizeram com as outras cobaias animais? Um anime fantástico.

Irina: The Vampire Cosmonaut está no catálogo da Funimation e seus episódios também estão ganhando dublagem em português.

The Vampire Dies in No Time

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Normalmente séries de comédia são ignoradas pelos otakus em toda temporada de estreias, e com isso as pessoas perdem algumas séries muito divertidas. The Vampire Dies in No Time (Kyuketsuki Sugu Shinu no original) começa quando o caçador de vampiros Ronaldo (sim, ele tem o nome do jogador brasileiro) recebe a missão de resgatar uma criança presa no castelo do perigoso vampiro Draluc. Até aí tudo bem, só que tudo não passou de um mal entendido.

O suposto sequestrado havia na verdade invadido a morada da criatura para jogar os videogames da coleção do vampirão enquanto Draluc dormia. Pra piorar, toda a fofoca sobre a periculosidade do ser que habita o castelo era falsa, Draluc é frágil e “morre” (no caso, vira poeira) ao receber um peteleco ou até um xingamento. Resolvida a questão do sequestro, Draluc perde seu castelo e precisa morar no escritório de Ronaldo, ajudando o caçador de vampiros em suas missões.

Como se espera de uma série episódica de comédia, cada história tem um começo, meio e fim. Às vezes acompanhamos a dupla Ronaldo e Draluc resolvendo algum caso, ou então eles acabam interagindo com personagens recorrentes que têm algum interesse na dupla. Ronaldo também é um escritor de livros sobre suas aventuras, então às vezes Draluc precisa ajudá-lo a fugir de seu editor carrasco que só quer novos capítulos para poder publicar, ou então eles entram em conflito com outros caçadores de vampiro do sindicato e por aí vai.

The Vampire Dies in No Time ainda tem como qualidade o fato da animação ser feita pelo estúdio Mad House (de Takt Op. Destiny), o que garante um estilo único à produção e uma adaptação muito competente do timing de humor, algo necessário para animes do gênero. Ah, e vale avisar que The Vampire Dies in No Time teve uma das aberturas mais gostosinhas da temporada.

The Vampire Dies in No Time está no catálogo da Funimation e seus episódios também estão ganhando dublagem em português.

Taisho Otome Fairy Tale

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No começo dos episódios de Taisho Otome Fairy Tale (ou Taisho Otome Otogibanashi, no original) vemos a imagem da protagonista Yuzu dentro de uma flor gigante desabrochando. Em meio a várias pétalas, um narrador narra o seguinte texto de forma poética: “Otome: uma donzela cheirosa como uma flor, um único botão que floresce em um jardim tranquilo, puro e digno. Tímida demais para falar em amor ou romance, ela não se atreve a sonhar com um beijo. Mesmo assim, ela floresce novamente, sempre buscando a felicidade além das estrelas”. Resumindo: Taisho Otome Fairy Tale é uma história para aquecer seu coração.

Ambientada na era Taisho (lá pelos anos 1920, a mesma época de Demon Slayer), a história de Taisho Otome Fairy Tale mostra os dramas de Tamahiko, um herdeiro da rica família Shima que cai em desgraça após um acidente de carro. Além de presenciar a morte da mãe, o jovem perde os movimentos de sua mão dominante e passa a ser renegado pelo próprio pai. Tamahiko é enviado sozinho para morar no meio de um vilarejo, afinal é tratado como uma vergonha para aquela família, e seu pai compra uma adolescente de família endividada para tomar conta de seu filho. É nesse contexto que a jovem Yuzu aparece na vida de Tamahiko.

A história de Taisho Otome Fairy Tale tinha tudo para ser um drama pesado, mas o jovem casal logo se apaixona e Yuzu faz seu parceiro descobrir a alegria de viver, um sentimento perdido desde a morte de sua mãe. O amor do jovem casal desabrocha ao mesmo tempo que outras pessoas vão aparecendo na casa e também vão sendo ajudadas pelo amor enorme de Yuzu.

Não espere uma trama digna de novela com um casal rejeitado pela família e um patriarca cruel, poucos momentos de Taisho Otome Fairy Tale trazem tristeza no espectador. É uma história sobre amor, sobretudo o amor que é capaz de transformar a vida de pessoas que não estão acostumadas a receber afeto. Não apenas o amor romântico é abordado na trama, mas também o amor da amizade, do companheirismo, familiar. Pode acreditar, é impossível passar por esse anime sem torcer muito para que todas aquelas pessoas sejam felizes… quer dizer, menos o patriarca da família Shima. Esse aí merece a desgraça.

Taisho Otome Fairy Tale está no catálogo da Funimation, apenas com legendas.

Sakugan

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Baseado no romance japonês Sakugan Labyrinth Marker (inédito no Brasil) de Inui Nekotaro, o anime Sakugan já mostra serviço logo de cara com um primeiro episódio: em poucos minutos de gritaria e monstros nos é revelado o que podemos esperar dessa série que mistura robôs com uma sociedade humana marginalizada.

Sakugan acompanha a dupla Gagumber, o pai, e Memempu, a filha de 9 anos de idade. Mesmo nova e com uma personalidade bem forte, a garota tem uma inteligência acima da média e já terminou a faculdade, o que a torna apta a pilotar robôs. Eles vivem em uma cidade subterrânea, pois agora os humanos precisam viver embaixo da terra em cidades conectadas por túneis repletos de monstros. Após uma tragédia logo no começo da trama, os dois embarcam em uma aventura meio road trip para encontrar um lugar que Memempu vê em seus sonhos.

Embora Sakugan entregue boas cenas de luta com robôs e monstros assustadores, a trama se destaca pelo lado humano. Ser uma viagem de pai e filha faz com que Sakugan pareça uma versão anime de Pateta - O Filme (e isso não é uma reclamação!), e no caminho eles vão conhecendo outros personagens que vão acrescentando novos dramas, camadas e possibilidades de humor. No final é formado um grupo composto pela dupla pai-filha, um manifestante e uma agiota, uma união bem inusitada e que rende ótimos momentos durante a viagem. Inclusive esse quarteto lembra (beeeem de leve) a dinâmica dos personagens de Cowboy Bebop, mas infelizmente não tão genial quanto no anime assinado por Shinichi Watanabe.

Sakugan no fim é uma boa recomendação para vários tipos de pessoas. Quem gosta de robô vai encontrar algo para curtir, os que buscam relações entre personagens se sentirão felizes com os personagens e, por fim, quem procura por uma aventura não muito complexa vai conseguir se distrair com a bela animação e a deliciosa troca de ofensas entre Memempu e Gagumber.

Sakugan está no catálogo da Crunchyroll e seus episódios também estão ganhando dublagem em português.

My Senpai Is Annoying

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Um gênero que ganhou fama nos últimos tempos é o “anime de firma”, com personagens vivendo o complicado dia-a-dia de trabalhar numa empresa ao mesmo tempo em que tentam manter intactas suas relações interpessoais. My Senpai is Annoying (ou Senpai ga Uzai Kohai no Hanashi no original) é um desses animes e mostra a história de Futaba, uma pobre (e baixinha) trabalhadora de um escritório japonês. Seus dias são cheios de demandas, correrias e brincadeiras de seu veterano, o gigante Harumi Takeda. Só que as brincadeiras de escritório na verdade camuflam o que eles realmente sentem, uma atração que ultrapassa qualquer regime de 40 horas semanais ou CLT.

My Senpai is Annoying é uma típica comédia romântica dos anos 2000, daquelas que se fossem produzidas no cinema norte-americano teriam como protagonistas uma Cameron Diaz e um Adam Sandler. O anime inclusive ganha pontos por não glamourizar as exaustivas jornadas de trabalho no Japão e por trazer um casal bastante gostável: é bastante difícil não torcer para Futaba não cair nos enormes braços de seu veterano de escritório durante os famosos happy hour da firma.

Esse anime é baseado no mangá homônimo publicado em uma revista josei, ou seja, é destinado ao público adulto (em especial o feminino). Isso significa que a série pode ter pouco apelo com pessoas adolescentes, até porque falta a elas essa vivência de perrengues de emprego, mas é uma história excelente para quem quer relaxar após um dia de trabalho vendo outras pessoas se ferrando em uma rotina de escritório.

My Senpai Is Annoying está no catálogo da Funimation, apenas com legendas.

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