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Artigo

The Witcher | Como a série da Netflix quer expandir os livros

Showrunner Lauren Hissrich já demonstrou antes que planeja ir além de uma mera adaptação

AE
27.07.2020, às 11H41.
Henry Cavill como Geralt em The Witcher

Créditos da imagem: The Witcher/Netflix/Divulgação

Após o enorme sucesso em dezembro de 2019, a Netflix percebeu o potencial de The Witcher. A série poderia muito bem ter caído nas graças de um único nicho de fãs, mas se tornou um dos conteúdos mais assistidos e comentados da plataforma. Com a comprovação do sucesso, vêm o investimento. É esperado que a empresa reforce o orçamento do ano dois, porém o anúncio de The Witcher: Blood Origins, minissérie sobre a origem do primeiro Bruxo, demonstra que Lauren Hissrich não se contenta apenas com uma adaptação da obra de Andrzej Sapkowski. A showrunner quer a sua expansão.

A primeira temporada da série principal já firma como Hissrich combina sua visão ao universo do autor polonês. Enquanto há grande fidelidade nos diálogos, frequentemente repetidos frase-por-frase, a roteirista-chefe ordenou os vários contos de O Último Desejo e A Espada do Destino de forma que se encaixem em uma história contínua. Não é uma tarefa fácil, especialmente em um mundo medieval com elementos sobrenaturais, séculos de história própria, e também três protagonistas com caminhos tão distintos quanto Geralt (Henry Cavill), Ciri (Freya Allan) e Yennefer (Anya Chalotra).

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Para dar espaço para cada um se desenvolver bem, Hissrich montou o ano um em três linhas temporais distintas, que eventualmente se convergiram. A decisão foi divisiva entre os fãs do material original, já que passagens importantes dos livros ficaram de fora nesta nova configuração. A ansiedade tomou conta especialmente quando a showrunner anunciou que haverá cenas completamente inéditas na segunda temporada, o que cutucou feridas recentes em muitos dos que ainda se recuperam da “perda de fidelidade” sofrida por Game of Thrones. Diferente do que aconteceu na série da HBO, a chefe de The Witcher está empenhada em montar algo totalmente novo na televisão, assim como a CD Projekt RED fez ao criar sua trilogia de games.

Para isso, não só o conteúdo adaptado será reordenado ao lado de criações originais do programa, como a Netflix também fará mais derivados. A segunda temporada contará com a chegada de Vesemir (Kim Bodnia), líder da Escola do Lobo e mentor/figura quase paterna de Geralt. Para explicar a relevância do personagem e apresentá-lo antes da série principal, o streaming encomendou The Witcher: Nightmare of the Wolf, filme animado focado na juventude de Vesemir.

Daqui pra frente, também será vital entender a ascendência élfica de Ciri, que a torna central para tantos personagens mal-intencionados da trama. Diferente de alguns capítulos em livros, explicar civilizações antigas e contexto histórico pode afundar de vez o ritmo de uma série de TV, então faz bastante sentido que a produção faça a minissérie Blood Origins. Levando em conta que o seriado principal pode sofrer um adiamento por causa da paralisação das filmagens, é uma forma bastante inteligente de deixar o público geral a par, e entregar algo novo para os fãs mais experientes.

É claro que não é só o desejo de expandir a narrativa que renova séries e aprova derivados. A Netflix entende o potencial financeiro de The Witcher, e ter mais títulos próprios ajuda a fortalecer a marca no catálogo, além de manter os espectadores por perto entre temporadas. Há uma linha tênue entre a exploração da fonte de dinheiro e o conteúdo adicional relevante. Felizmente, o que pode indicar que a franquia está no caminho certo é o envolvimento do autor Andrzej Sapkowski, autor notoriamente ranzinza com adaptações mal feitas de seu trabalho. Como o primeiro ano do seriado se manteve fiel o bastante para levar novos leitores ao seu universo, o polonês parece bastante satisfeito com a forma que Lauren Hissrich expande sua criação: “É emocionante que o mundo de The Witcher - como planejado no começo - esteja se expandindo. Espero que traga mais fãs ao mundo dos meus livros”, falou sobre Blood Origins em comunicado.

Mais do que nunca existe demanda por fidelidade nas adaptações, mas a showrunner de The Witcher, por ser experiente em televisão, entende que nem sempre algo de uma mídia se traduz bem para outra. Com o aval do autor original, Hissrich tem nas mãos a oportunidade de realmente fazer jus à palavra “Universo”, com variedade de tramas, abordagens e produções. Para o público casual até pode parecer cansativo transitar entre os vários pedaços de história e povos seculares mas, no fim das contas, isso não é problema se não interferir na jornada principal de Geralt, Ciri e Yennefer. O importante é ter algo para todo mundo.

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