Após polêmica, Stephen Amell diz que foi incompreendido e que apoia a greve
Ator volta atrás e alega que frases como "não apoio a greve" são contrárias aos seus sentimentos reais
Após gerar polêmica nas redes por se pronunciar contra a greve dos atores de Hollywood, o ator Stephen Amell, mais conhecido por interpretar o papel principal da série Arrow, voltou atrás e buscou esclarecer seus comentários, entregando mais contexto às suas opiniões.
Originalmente, em aparição na convenção Galaxycon, o ator pareceu ter se posicionado contra a paralização, dizendo apoiar o sindicato mas não a greve: "acho que é uma tática de negociação redutiva, e acho que é incrivelmente frustrante", disse, ainda chamando a tática de "miópica".
Agora, Amell contradisse cada um de seus pontos em uma lista de argumentos publicada no Instagram: "Estou revelando o que eu falei com clareza/contexto para me certificar que meus sentimentos não serão intencionalmente mal-interpretados".
Amell rebateu sua frase anterior, que dizia "eu não apoio a grave. Não apoio", dizendo que o uso da palavra "apoio" é contraditória aos seus sentimentos reais. Ele ainda enfatizou que está do lado do sindicato de atores: "Claro que eu não gosto de fazer greves. Ninguém gosta. Mas precisamos fazer o que precisamos fazer".
Ele continuou, desenvolvendo seu ponto de vista: "Da perspectiva intelectual, eu entendo porque estamos em greve, mas isso não significa que não seja emocionalmente frustrante em muitos níveis para todos os envolvidos".
Amell seguiu a lista de réplicas a ele mesmo na seção de comentários, rebatendo cada um de seus pontos e chegando a dizer que não se entendeu muito bem ao reler tudo que foi dito: "se eu puder me auto depreciar por um momento, eu não faço ideia do que eu estava querendo dizer aqui".
- Entenda a greve de atores e roteiristas em Hollywood
- Quais são as regras que os atores terão que seguir durante a greve?
- Greve dos roteiristas: o que aconteceu em 2007 e como 2023 é diferente
O SAG-AFTRA, sindicato dos atores de Hollywood, oficializou a greve em 13 de julho, após semanas de negociações infrutíferas com os estúdios. Entre as demandas dos intérpretes estão novas regras sobre o pagamento de residuais (o dinheiro que atores recebem pela reprodução de projetos na TV e no streaming) e proteções contra o uso de inteligência artificial na produção de filmes e séries.
Em junho, antes de oficializar a greve, o SAG-AFTRA realizou uma votação sobre o tema com a participação de todos os seus membros. 98% dos atores sindicalizados votaram a favor da greve.
Os atores de Hollywood não entram em greve desde 1980. A paralisação não só deve barrar as filmagens de muitos projetos que contam com intérpretes filiados ao SAG, como também impedir a participação desses atores em eventos de imprensa para filmes que já estão completos e a caminho dos cinemas.
Com a pressão adicional da greve dos roteiristas, já em curso desde maio, a maioria dos projetos dos grandes e pequenos estúdios americanos devem ser completamente paralisados até a assinatura de novos contratos. Os dois sindicatos não entram em greve juntos desde 1960.
Ingressos à venda para a CCXP23, o maior festival de cultura pop do mundo. Compre agora!
O Omelete agora tem um canal no Telegram! Participe para receber e debater as principais notícias da cultura pop (t.me/omelete).
Acompanhe a gente também no YouTube: no Omeleteve, com os principais assuntos da cultura pop; Hyperdrive, para as notícias mais quentes do universo geek; e Bentô Omelete, nosso canal de animes, mangás e cultura otaku.