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Autor de My Hero Academia se desculpa por referência à crime de guerra

Entenda a polêmica que levou ao banimento do mangá na China

11.02.2020, às 13H04.
Atualizada em 11.02.2020, ÀS 18H26

O autor de My Hero Academia, Kohei Horikoshi, vai mudar o nome de um personagem revelado recentemente. O motivo: a repercussão negativa do nome, que faz referência aos crimes cometidos pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial. A polêmica levou ao banimento do mangá na China.

Tudo começou no capítulo 259 de My Hero Academia, publicado no final de janeiro no Japão. Nessa edição, foi revelado o nome completo do Dr. Daruma Ujiko: Shiga Maruta. “Maruta” é o termo usado pelos japoneses para as vítimas de experimentos humanos feitos no país durante a Segunda Guerra Mundial. Coincidência? O personagem é um cientista que faz experiências com seres humanos, o que deixou muitos leitores alarmados e pegou mal para My Hero Academia.

My Hero Academia/Weekly Shonen Jump/Reprodução

Na China, o anime, mangá e jogo mobile de My Hero Academia foram banidos das principais plataformas digitais. Os chineses foram as principais vítimas dos crimes de guerra do Japão, mas os experimentos também foram realizados com prisioneiros coreanos, mongóis e russos.

No começo de fevereiro, Kohei Horikoshi se pronunciou no Twitter: “Muitos apontaram que o nome do personagem ‘Shiga Maruta’ trouxe lembranças de atos cometidos no passado. Eu não tive a intenção de fazer essa associação. Eu levo isso muito à sério e vou mudar o nome”. Segundo a tradução da usuária @aitaikimochi, os termos japoneses usados por Horikoshi em sua mensagem indicam um pedido de desculpas, que se perde na tradução.

A revista semanal Shonen Jump, onde My Hero Academia é publicado, declarou que não houve intenção do autor ou do time editorial em lembrar “fatos históricos passados”. A publicação vai modificar o nome do personagem nas compilações futuras do mangá. No Japão, os quadrinhos são publicados primeiro em capítulos curtos em revistas como a Shonen Jump e depois, ganham edições encadernadas no formato tankobon, que é como costumam chegar ao Brasil e outros mercados.

No Brasil, o mangá é publicado pela editora JBC. A quarta temporada do anime é transmitida pelo serviço de streaming Crunchyroll.

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