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Watchmen | Referências e easter eggs da série da HBO

Produção prestou homenagens à HQ de Alan Moore e à eventos do mundo real

16.12.2019, às 14H05.

A série de Watchmen estreou na HBO e em nos seus episódios retorna ao mundo da icônica HQ de Alan Moore e Dave Gibbons com uma temática atual e personagens interessantes. Enquanto estabelecia seus novos conflitos e mistérios, a estreia prestou diversas homenagens não só ao quadrinho que serviu de base, como também a eventos reais que marcaram a cultura dos EUA. Confira abaixo as principais referências e easter eggs:

Rebelião racial de Tulsa

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A cena de abertura do seriado não faz referência ao quadrinho, mas é baseado em um fato real que aconteceu nos EUA no início dos anos 20. Brancos atacaram a comunidade negra de Tulsa, tendo como alvo a área mais rica da região, Greenwood – conhecida na época como a Wall Street Negra. Mais de mil casas foram incendiadas e 10 mil negros ficaram desabrigados. 

It's summer and we are running out of ice

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O título do episódio é uma referência a uma das canções do musical Oklahoma!, que também aparece em uma encenação rápida. Tulsa, onde a história acontece, fica em Oklahoma.

Rorschach

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A série mostra que supremacistas brancos adotaram a máscara de Rorschach como seu novo símbolo. Eles funcionam como um grupo terrorista e são tratados como tal pela polícia local, que procura por possíveis membros do movimento para achar o culpado pela morte de um policial.

Sétima Kavalaria

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Em seu primeiro episódio, a série apresentou a Sétima Kavalaria, um grupo de supremacistas brancos que utilizam a máscara de Rorschach. O nome do grupo faz referência à Guerra de Little Big Horn, em que a sétima cavalaria do exército dos EUA invadiu um acampamento indígena com o intuito de conquistar suas terras. Em maior número, os nativos venceram a batalha, matando os militares. Entretanto, o extermínio da Sétima Cavalaria enfureceu o governo, que enviou um número ainda maior de soldados, conquistando o território e acabando com os povos que ali residiam. Vale notar que o C da cavalaria foi substituído por K, fazendo referência a Klu Klux Klan, um dos mais famosos grupos supremacistas dos EUA, que chegam a aparecer no flashback do massacre de Oklahoma no início do episódio.

Watchmen faz outra referência à batalha após o atentado sofrido pelo policial no início do episódio, quando é emitido um alerta aos oficiais chamado “Little Big Horn”.

Robert Redford

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Durante a apresentação de Angela (Regina King) no colégio de seu filho, é possível ver a imagem do presidente Robert Redford na parede. A ideia de que ele será o presidente aparece na HQ e o seriado assume que ele está à frente dos EUA há 30 anos.

Redford é presidente dessa realidade também em O Relógio do Juízo Final, HQ que uniu Watchmen ao Universo DC. Apesar da similaridade, é pouco provável que o quadrinho faça parte do cânone do seriado.

Símbolo do Comediante

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Assim que Angela coloca os ovos em uma vasilha a câmera mostra uma referência ao smile, o símbolo clássico do comediante que ficou famoso na primeira edição do quadrinho.

Chuva de Lulas

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Uma das referências mais claras ao final do quadrinho. No final da HQ, o mundo é atacado por uma lula gigante que mata três milhões de pessoas. Tudo fazia parte do plano de Ozymandias, que fez isso para evitar uma guerra nuclear entre EUA e Rússia. A ideia é que a fenda dimensional que trouxe a lula gigante causa chuvas de lulas menores até os dias de hoje.

Nave do Coruja

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Na luta final contra o grupo de Rorschach, o grupo policial usa uma nave muito parecida com Arquimedes, a utilizada pelo Coruja nos quadrinhos. Como eles a conseguiram ainda é um mistério.

Minutemen

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Esse é um grupo de super-heróis dos anos 40 e conta com os principais heróis desse mundo antes da formação do grupo principal de Watchmen. Na série existe um programa dedicado a história deles. É possível ver também um cartaz do Dollar Bill, um de seus membros, em um esconderijo da  7ª Kavalaria.

Relógio

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Um dos principais temas da HQ original é o relógio do fim do mundo - que quando chegar até meia-noite, o mundo acabará. Ao longo do primeiro episódio são realizadas diversas referências a um relógio. Seja os personagens falando Tic-toc, seja a câmera enquadrando os personagens como se eles fossem os ponteiros - como é feito na cena do jantar.

Vista Seu Rosto

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Durante uma conversa entre o Judd Crawford (Don Johnson) e o vigilante Looking Glass (Tim Blake Nelson), o capitão da polícia pede para que o vigilante "vista seu rosto". Na HQ original, após investigar o cruel assassinato de uma criança, Rorschach abre mão de sua identidade civil e passa a viver apenas como vigilante. Essa mudança de personalidade faz com que ele enxergue sua máscara como verdadeiro rosto.

1985

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A senha da Sister Night para entrar em seu esconderijo secreto é 1985, ano em que se passa a HQ original.

Quem vigia os vigilantes?

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Apesar de dar nome à HQ, Watchmen (vigilantes em tradução livre) não é o nome de nenhuma das equipes de vigilantes encontrados no quadrinho. A palavra faz referência à famosa questão "Quem vigia os vigilantes?", que além de tema para a trama principal, também aparece diversas vezes através de pichações. A frase, retirada de "As Sátiras", do satírico da Roma Antiga Juvenal, se tornou o lema dos policiais na série, que após liberar o uso de armas contra a Sétima Kavalaria recitam a pergunta em latim “Quis custodiet ipsos custodes?” e em seguida respondem "Nos Costodimos", ou seja, nós vigiamos.

Coruja

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Durante uma conversa com Crawford, é possível ver Sister Night bebendo em uma caneca de Coruja, animal que serviu de inspiração para dois heróis de Watchmen.

Sangue por baixo da porta

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Para descobrir o paradeiro dos membros da Sétima Kavalaria, Sister Night leva um de seus membros para uma sala de interrogatório. Durante o tempo que a vigilante passa lá dentro, é possível ouvir gritos do interrogado ao mesmo tempo em que se forma uma poça de sangue por baixo da porta. Nas HQs, Rorschach é preso e passa a sofrer ameaças dentro da cadeia por parte do mafioso Figurão. Antes de fugir com a ajuda de Coruja e Espectral, o vigilante entra no banheiro em que Figurão se esconde e só sai do local após formar uma poça com o sangue do criminoso.

Pílula de veneno

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Quando a polícia chega a um esconderijo da 7ª Kavalaria, seus membros decidem reagir. Antes de entrar em combate, os criminosos colocam pílulas de veneno na boca para evitar que sejam capturados pela polícia. O mesmo foi feito por Ozymandias na HQ original. Após matar o Comediante, Adrian Veidt forjou uma tentativa de assassinato para retirar-se da lista de suspeitos. Seu falso atentado termina com o bilionário forçando o capanga que contratou a engolir uma pílula de veneno, tornando impossível ligá-lo ao crime.

Filho do relojoeiro

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Em uma manchete de jornal, é possível ver que Adrian Veidt foi dado como morto nesse mundo. Entretanto, o bilionário vivido por Jeremy Irons está vivo em seu próprio castelo. No dia de seu aniversário, Ozymandias revela a seus criados que está trabalhando em uma peça chamada “Filho do Relojoeiro”, uma clara referência ao Doutor Manhattan. Nesse universo, o mais famoso filho de relojoeiro é Jonathan Osterman, que pretendia seguir os passos do pai na manutenção de relógios, quando esse incentiva o filho a seguir carreira na ciência. Anos depois, após um erro em seus laboratórios, Osterman é desintegrado e dado como morto, mas aos poucos consegue se reconstruir e assume a identidade de Doutor Manhattan, o primeiro humano superpoderoso da história.

Joe Keene Jr.

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Quando recebe um chamado ao final do episódio, Crawford ouve no rádio que Joe Junior considera concorrer à presidência dos EUA. A mesma reportagem diz que o pai do candidato é o senador Joe Keene, descrito como “um grande nome” pelo radialista. Nas HQs, esse é o criador da lei que proibiu os vigilantes mascarados de atuar em 1977. Graças à brutalidade que alguns mascarados - com destaque para Rorschach - passaram a utilizar contra os criminosos, o governo atende a uma pressão popular e instaura a “Lei Keene” que dava aos vigilantes a opção de trabalhar para seu país ou se aposentar.

Estrela da Polícia

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Ao final do episódio o capitão é encontrado enforcado em uma árvore e a câmera mostra seu distintivo no chão manchado de sangue. Esse momento é uma referência a morte do Comediante na primeira HQ, que foi o grande mistério que guiou a história original. Isso indica que essa morte deve guiar os eventos do seriado.

Martial Feats of Comanche Horsemanship

O nome do episódio faz referência à pintura Comanche Feats of Horsemanship (Talentos Comanche de Equitação em tradução livre) de George Catlin, que exalta uma estratégia de guerra de povos nativos americanos. Não por acaso, é possível ver o quadro em exposição na casa de Judd Crawford.

Vale lembrar que a Sétima Kavalaria faz referência a um grupo do exército americano enviado para matar indígenas e conquistar seus territórios.

Paparazzi Mariposa

Paparazzis usando asas mecânicas tentam invadir a cena do enforcamento do capitão Judd e são violentamente reprimidos pelo vigilante Red Scare, que os chama de “mariposas”. Mariposa é o nome de um herói da formação clássica dos Minutemen. Porém, graças à tecnologia dos anos 1940, suas asas eram apenas um enfeite.

Os Amantes de Hiroshima

Quando está a caminho da cena do crime do enforcamento de Judd Crawford, Angela passa por um muro contendo o grafite dos Amantes de Hiroshima, que estavam espalhados na Nova York da HQ original. O grafite simboliza os perigos da queda de uma bomba atômica, mostrando a silhueta de dois amantes se abraçando no momento da queda de uma bomba.

Banca de Jornal

Entre os vários núcleos da HQ, um dos recorrentes é a banca de jornal, mostrando diálogos entre o dono de uma banca e um jovem leitor de HQs. Um dos grandes frequentadores do local é Rorschach, que passa semanalmente em busca do jornal New Frontiersman.

New Frontiersman

Durante a cena da banca de jornal é possível ver uma entrega do jornal New Frontiersman. Com um forte viés de extrema-direita e propenso a difundir para teorias da conspiração, a publicação estava presente na HQ original, descrita como a única fonte de informação confiável por parte do vigilante Rorschach. Vale lembrar que é o New Frontiersman o jornal escolhido pelo vigilante para enviar seu diário contendo a conspiração arquitetada por Ozymandias para encerrar a Guerra Fria - que acabou matando milhões de pessoas.

Dois minutos para a meia-noite

Um dos maiores símbolos utilizados na HQ é o Relógio do Juízo Final, um dispositivo simbólico criado em 1947 que representa quão próximo a humanidade está do fim do mundo através de seus ponteiros - quanto mais próximo da meia-noite, mais perto o mundo está do fim. O mais próximo da 0 hora que o relógio já registrou foi dois minutos - em 1953 e 2018.

No segundo episódio, uma citação é feita durante o flashback que mostra uma invasão da Sétima Kavalaria à casa de Angela Abar. Conhecido como "Noite Branca", o evento foi um ataque simultâneo do grupo supremacista a casa de 40 policiais de Tulsa na noite de Natal. Dois minutos antes de chegar à meia-noite, Angela tenta convencer seu marido Calvin a esperar até a manhã para abrir seu presente. Entretanto, a discussão acaba quando a policial percebe que sua casa foi invadida.

Nixonville

Uma comunidade de pessoas brancas supostamente ligadas à Sétima Kavalaria fica em Nixonville. O nome do local faz referência ao presidente Richard Nixon, político conservador que se elegeu duas vezes, mas renunciou ao cargo durante o segundo mandato após o escândalo de Watergate. Na HQ, o Watergate nunca aconteceu e portanto Nixon seguiu na presidência, tendo como aliados os heróis Doutor Manhattan e o Comediante.

Henry Louis Gate Jr

Durante a visita de Angela ao Centro Cultural de Greenwood, é revelado que Henry Louis Gate Jr é secretário do tesouro dos EUA. Na vida real, Gate é escritor e diretor do Centro de Pesquisas Africanas e Afro-americanas da Universidade de Harvard, exercendo um forte papel de ativismo sobre a cultura negra no país.

Pirata e Coruja

Quando Angela volta para casa após interrogar Will Reeves, ela vê que suas filhas estão brincando com fantasias. Uma delas está vestida como uma Coruja, assim como dois heróis desse universo, enquanto a outra está fantasiada de pirata, fazendo referência aos Contos do Cargueiro Negro, HQ sobre piratas publicada dentro do Universo de Watchmen.

A fraude de Rolph Muller

Um episódio de American Hero Story - a série de TV sobre os Minutemen - mostrou parte da jornada do Justiça Encapuzada, o primeiro vigilante mascarado do universo de Watchmen. Na HQ original sua identidade é mantida um segredo, mas Hollis Mason - o primeiro coruja - revela em sua autobiografia uma hipótese para quem seu ex-companheiro de equipe possa ser. No livro Sob o Capuz, Mason reúne evidências de que sua identidade secreta seria Rolph Muller, um circense vindo da União Soviética logo após a segunda guerra mundial. Por sua ligação com os soviéticos, Muller foi investigado pelo Comitê de Atividades Antiamericanas e foi encontrado morto misteriosamente logo em seguida. Como Hollis notou, o Justiça Encapuzada deixou de agir na mesma época da morte de Muller.

Entretanto, o seriado dentro de Watchmen afirma que Rolph Muller era apenas um disfarce para o Justiça Encapuzada, alguém que por baixo da máscara não se sentia bem em sua própria pele.

Óculos do Coruja

Dan Dreiberg, o segundo Coruja, desenvolveu um óculos que o ajudasse a enxergar durante a noite, um acessório que o ajudava a patrulhar as ruas durante a noite. Enquanto investiga a casa de Judd Crawford, Angela Abar utiliza um óculos que parece ser uma evolução desta tecnologia, possibilitando-a a enxergar através de paredes e portas como uma espécie de visão de raio-x.

Bucéfalo

O cavalo de Adrian Veidt (Jeremy Irons) se chama Bucéfalo, o mesmo nome do cavalo de Alexandre, o Grande. Nas HQs o personagem faz diversas referências à literatura clássica, a ponto de escolher como alter-ego Ozymandias, nome tirado de um conto de Percy Shelley.

O acidente do Doutor Manhattan

Durante o segundo episódio, os criados do personagem de Jeremy Irons encenam O Filho do Relojoeiro, a peça escrita por seu patrão. Como o título indica, a encenação conta a história de Jonathan Osterman, um cientista que trabalhava com sua amada Janey no projeto Manhattan e que após um acidente se tornou o primeiro ser super-humano deste universo, o Doutor Manhattan.

Nada nunca acaba

Uma das falas finais da peça é "nada nunca acaba", algo que o Doutor Manhattan diz a Ozymandias durante sua última conversa. Após se despedir de Veidt, o super-humano desaparece dizendo que vai se dedicar a criar vida em outro ponto do universo.

Mr Shadow

A cena que abre o terceiro episódio de Watchmen mostra uma operação do FBI para prender o vigilante Mr. Shadow. Sua caracterização mostra diversas similaridades com o Batman, graças a não só seu uniforme sombrio e voz rouca, mas também pelos equipamentos em seu uniforme. A referência se torna completa durante um diálogo entre Joe Keene Jr. (James Wolk) e Laurie Blake (Jean Smart), quando o congressista descreve Shadow como "um babaca rico vestindo uma fantasia".

She Was Killed By Space Junk

O nome do terceiro episódio da série faz referência a “Space Junk”, canção da banda Devo sobre uma mulher que é morta após ser esmagada por lixo espacial. O título também faz referência ao desfecho do episódio, em que Laurie Blake quase é esmagada pelo carro de Angela Abar vindo dos céus.

A música faz parte do álbum Q. Are We Not Men? A: We Are Devo!, escutado por Laurie em seu apartamento. Curiosamente, Sally é o primeiro nome da Espectral, mãe da agente do FBI na HQ original.

Tirar a Coruja da gaiola

Durante o diálogo em que Joe Keene Jr. pede para que Laurie investigue a morte de Judd Crawford, ele descobre que a agente do FBI é dona de uma coruja chamada Ken (Who no original). Se aproveitando da descoberta, Keene faz uma sutil promessa à Blake, que caso se torne presidente, terá poder o suficiente para conceder um perdão especial, que poderia até "tirar uma coruja da gaoila". Essa fala pode fazer referência à Dan Dreiberg, o segundo Coruja, que termina a HQ original casado com Laurie.

Peteypedia, site paralelo à série lançado pela HBO, revela que Laurie e Dan foram presos em 1995 agindo como vigilantes - conduta proibida desde a década de 1970 no universo da HQ. Segundo o artigo, a prisão do casal foi responsável por tornar a cultura dos vigilantes popular novamente, levando o jornal New Frontiersman a publicar o Diário de Rorschach integralmente. Publicação essa que inspirou o surgimento do grupo supremacista branco Sétima Kavalaria.

Combatentes do Crime por Andy Warhol

No apartamento de Laurie Blake é possível ver uma pintura dos Combatentes do Crime, equipe principal da HQ de Watchmen, retratados no estilo de Andy Warhol. Grande nome do movimento pop art, Warhol retratava em suas obras ícones e objetos da cultura popular - como Marylin Monroe ou uma lata de sopa enlatada. Considerando que nesse universo os vigilantes mascarados foram muito populares, não é difícil imaginar que essas figuras serviram de inspiração para o artista. Warhol já foi relacionado com Watchmen antes: na abertura do filme de Zack Snyder, o artista é visto em uma galeria cheia de obras inspiradas nos heróis.

Que tal uma piada?

No início do terceiro episódio, Laurie Blake entra em uma cabine telefônica interplanetária para mandar um recado ao Doutor Manhattan, que estaria em marte. Durante a ligação, ela conta duas piadas a ele, com a segunda fazendo referências aos heróis principais de Watchmen. A anedota tem como personagens o homem-coruja (Coruja), o homem mais inteligente do mundo (Ozymandias), um deus azul (Dr. Manhattan) e por fim uma garota com o poder de assassinar o próprio Deus. A última no caso, é ela própria, indicando que seu papel na trama vai além de meramente investigar a morte de Judd Crawford.

O mesmo número de partículas

No momento em que a piada com os heróis chega ao Doutor Manhattan, Laurie imagina um diálogo entre Deus e o herói. Ao ser questionado pelo criador sobre quantas pessoas matou, Manhattan dá de ombros e responde “um corpo vivo e um morto tem o mesmo número de partículas, então não importa”. A resposta faz referência direta a uma fala da HQ original, quando o Doutor Manhattan comenta a morte do Comediante com indiferença, dizendo que “estruturalmente não há diferença discernível” entre um corpo morto e vivo.

O desfecho da piada

No encerramento da piada há uma outra citação direta à HQ original. Enquanto investiga a morte do Comediante, Rorschach se lembra da piada a respeito de Pagliacci, um palhaço deprimido que busca ajuda em um psicólogo que receita a ele assistir a um show de humor que está na cidade. A graça no entanto, é que o paciente é o próprio Pagliacci.

Assim como Rorschach, Laurie conclui sua piada com uma irônica narração a respeito de uma possível reação do público: “Rufam os tambores. Desce o pano. Boa piada.”

A publicação dos diários de Rorschach

Os diários em que Rorschach anotou a investigação a respeito do assassinato do Comediante - que por sua vez revela que o monstro alienígena responsável pela morte de milhões de pessoas é obra de Ozymandias - foi revelado ao público após o desfecho da HQ. Porém, o terceiro episódio revela que ele não só foi revelado pelo jornal New Frontiersman, a quem o vigilante endereça seus registros, como foi publicado na íntegra. Em um slide da apresentação do FBI é possível ver a capa do livro, que tem uma ilustração do vigilante com sua tradicional máscara manchada.

“Contemplem minhas obras, ó poderosos, e desesperai-vos!”

Na cena em que Laurie Blake e Dale Petey estão em um avião a caminho de Tulsa, eles passam pelo Millenium Clock, uma obra criada por uma das empresas de Adrian Veidt. Na cena, Petey explica que os empreendimentos foram comprados por Lady Trieu, uma personagem inédita da série. Segundo o agente, ao inaugurar a torre do relógio, a magnata declarou “Contemplem minhas obras, ó poderosos, e desesperai-vos!”, fazendo referência à Ozymandias, soneto de Percy Shelley que inspirou o nome de vigilante de Veidt.

Cargueiro Negro

Ao chegar em Tulsa, Laurie e Petey se hospedam no hotel Cargueiro Negro, uma referência aos Contos do Cargueiro Negro, HQ fictícia sobre um ataque pirata publicada dentro da história original.

Little Abu Grahib

No início de sua investigação a respeito do assassinato de Judd Crawford, Laurie Blake visita o local em que a polícia de Tulsa interroga suspeitos de envolvimento com a Sétima Kavalaria. O local se chama Little Abu Grahib, e faz referência à Prisão de Abu Grahib, complexo iraquiano historicamente ligado à tortura. Desde sua fundação pelo Império Britânico, passando pelo governo de Saddam Hussein até a Guerra do Iraque, o local é sinônimo de crueldade, com incontáveis relatos de tortura e execuções massivas em suas dependências.

Busto de Alexandre, o Grande

O misterioso castelo em que Adrian Veidt se esconde após ser declarado morto trás em sua decoração uma série de referências à história da humanidade, e no terceiro episódio é possível ver um busto de Alexandre, O Grande em uma mesa de sua biblioteca. O rei da Macedônia é uma grande referência para Veidt, que chegou a batizar seu cavalo de Bucéfalo, em homenagem à montaria de Alexandre Magno.

Curiosamente, é com esse busto que a série confirma que Jeremy Irons é de fato Adrian Veidt na série, já que a estátua está vestindo uma máscara roxa - tradicional disfarce do milionário em seus tempos como o vigilante Ozymandias.

A bandeira do Cargueiro Negro

A história principal de Watchmen é intercalada com outras publicações do universo da HQ, e a mais relembrada é Contos do Cargueiro Negro, um “quadrinho dentro do quadrinho” que acompanha um marinheiro que tentava voltar para casa quando seu barco é atacado pelo amaldiçoado Cargueiro Negro, uma embarcação cheia de piratas. Seu maior símbolo é a caveira utilizada no Cargueiro, que pode ser vista em uma bandeira na ilha de Adrian Veidt e em no selo da carta que o milionário recebe.

O compartimento secreto do Comediante

Em seu interrogatório disfarçado de conversa casual, Laurie Blake questiona Angela Abar a respeito do que ela teria encontrado no “compartimento secreto” do guarda-roupas de Judd Crawford. A vigilante finge não saber do que se trata, escondendo a descoberta de uma vestimenta da Klu Klux Klan entre os pertences de seu amigo. Em seguida, Laurie comenta que sempre procura “compartimentos secretos” após descobrir que seu pai também tinha um. A fala faz referência a Eddie Blake, o Comediante, que guardava seu equipamento de vigilante - traje, armas e memorabilia - em um local secreto.

A paródia pornô

Após um dia agitado em Tulsa, Laurie Blake se recolhe e abre uma maleta que contém um curioso vibrador azul em “homenagem” ao Doutor Manhattan e uma edição da revista Esquire contendo uma entrevista com Laurie a respeito de sua relação com Manhattan. A capa da publicação, que mostra o casal abraçado, presta homenagem indireta aos quadrinhos pornô da primeira Espectral. Na HQ original, Sally Júpiter mostra a Laurie uma de suas “Biblia de Tijuana”, quadrinhos pornográficos criados por fãs que tinham a heroína como protagonista. Enquanto sua filha fica ultrajada, Sally se sente lisonjeada por exaltar o auge de sua beleza.

“Você nunca teve senso de humor”

No fim de sua ligação para marte, Laurie diz que não sabe por que continua contando piadas para o Doutor Manhattan, já que ele “nunca teve senso de humor”. O desabafo mostra que a agente do FBI segue magoada com a indiferença do ex-marido, mesmo 30 anos após os eventos da HQ. No início da obra original eles ainda eram um casal, mas o crescente menosprezo em relação à humanidade fez com que ela o largasse e começasse um romance com Dan Dreiberg, o Coruja.

Entretanto, o arco de Manhattan na HQ envolve a redescoberta da humanidade, que acontece após descobrir que Laurie é filha do Comediante. Com sua fé renovada, ele retorna à Terra após um período em Marte para impedir o plano genocida de Ozymandias. Por azar, ele chega segundos após o “monstro alienígena” ser transportado para Nova York, causando a morte de milhões de inocentes.

Família Clark

A abertura do quarto episódio de Watchmen apresenta um casal que vende ovos em sua casa na área rural de Tulsa. Em uma noite comum, eles são surpreendidos por Lady Trieu, uma trilionária que faz uma proposta para comprar suas terras. Inicialmente eles negam, mas mudam de ideia quando a misteriosa empresária entrega a eles um filho gerado a partir do material biológico do próprio casal. Esta é claramente uma referência ao Superman, que é adotado por Martha e Jonathan Kent, fazendeiros do interior do Kansas que em algumas versões não podem ter filhos.

Além de batizar o casal de Clark - o primeiro nome da identidade humana do Superman - a sequência escancara a referência em seu final, quando Lady Trieu vê algo vindo dos céus em direção às terras que acabou de comprar, em uma cena parecida com a forma como o pequeno Kal El chegou a Terra.

Fogdancing

Antes de receber Lady Trieu, Katy Clark (Christine Weatherup) está lendo Fogdancing, livro de Max Shea. Na HQ original, ele é um renomado autor de livros descritos como “clássicos modernos” e também de quadrinhos, sendo o responsável pelos Contos do Cargueiro Negro - a HQ dentro da HQ. Shea é um dos artistas recrutados por Adrian Veidt para um projeto secreto. Enquanto o escritor achava que faria parte de um filme secreto, na verdade estava criando todo o conceito do monstro alienígena.

Shea foi morto por Veidt como queima de arquivo para que não descubram a conspiração.

Lady Trieu

O nome de Lady Trieu, personagem interpretada por Hong Chau, é uma referência a uma personagem histórica real. Conhecida como a "Joana D'Arc vietnamita", Bà Triệu foi uma guerreira do século III que reuniu um grupo de aproximadamente 1000 pessoas para combater o Império Chinês que controlava o Vietnã. A Lady Trieu da série também é vietnamita, país que nesse universo se tornou território dos EUA após vencer a Guerra do Vietnã com a ajuda dos vigilantes Doutor Manhattan e Comediante.

Vale notar que a guerreira Lady Trieu vestia túnicas amarelas durante os combates, uma semelhança com os policiais de Tulsa, que cobrem seus rostos com um tecido da mesma cor.

Milagre da Termodinâmica

Durante um diálogo com Angela Abar, Laurie Blake cita a ocorrência de um milagre da termodinâmica, o que ela explica como a "forma científica de dizer que tudo está conectado". Essa é uma referência ao diálogo que Laurie teve anos atrás com o Doutor Manhattan enquanto tentava convencê-lo a voltar para a Terra e impedir os planos de Adrian Veidt. Enquanto conversavam, o herói descobriu que sua amada é filha do Comediante e da Espectral, uma espécie de evento tão aleatório que causou uma epifania a respeito da natureza humana, que até então ele desprezava. Ao compreender a "magia" por trás do nascimento de Laurie - e por consequência de toda a espécie -, ele descreve a natureza como um Milagre da Termodinâmica, "eventos com probabilidades astronômicas tão pequenas que são efetivamente impossíveis". Por fim, Manhattan conclui que sua transformação em um ser divino é tão extraordinária quanto qualquer qualquer forma de vida.

O Relógio da sabedoria

O quarto episódio apresenta o Relógio do Milênio por um novo ângulo, que apresenta sua arquitetura com maiores detalhes. Dessa perspectiva é possível perceber que a construção tem um formato similar ao da coroa de Tote, rei egípcio da sabedoria. Vale lembrar que o local foi construído por Adrian Veidt antes de ser declarado morto e, entre suas principais paixões, estão o conhecimento e a cultura egípcia, que era representada em seu traje de Ozymandias, que trazia hieróglifos em seu design.

O interior do Relógio do Milênio

Lady Trieu recebe Laurie Blake e Angela Abar em seu escritório pessoal no interior do Relógio do Milênio. Segundo a empresária, o local é resultado de uma promessa que fez à sua mãe, de que nunca deixaria o Vietnã. Com negócios a cuidar nos EUA, construir uma réplica de seu lar foi a forma de honrar o juramento. O lugar é visualmente semelhante a base que Adrian Veidt mantinha na Antártida enquanto desenvolvia seu "monstro alienígena". Construído no meio de um continente coberto por gelo, o local tinha uma estufa que simulava florestas tropicais impossíveis de se encontrar pela região.

O pesadelo de Bian

Após receber Blake e Abar no Relógio do Milênio, a jovem Bian acordou assustada por um pesadelo que "parecia muito real". A jovem contou à Lady Trieu, sua mãe, que sonhou com homens ateando fogo em sua vila e fazendo com que ela caminhasse muito, a ponto de seus pés doerem mesmo após despertar. A narração faz uma nova citação à Guerra do Vietnã, conflito armado que no universo de Watchmen foi vencido pelos EUA com a ajuda dos vigilantes Comediante e Doutor Manhattan. É possível que Bian - cuja mãe é vietnamita - tenha não apenas sonhado, mas revivido a experiência de alguém que sofreu abusos no conflito.

Método Veidt

Na feira de Hoboken é possível ver um rapaz lendo um livro chamado "O Método Veidt". Considerando que Adrian Veidt já era bilionário nessa época, é possível que ele tenha lançado livros contendo sua "receita para o sucesso".

Knot Tops

Focada em imaginar heróis no mundo real, a HQ apresenta poucos vilões, focando em criminosos comuns. Porém, entre os principais antagonistas da história está a Knot Tops, gangue que ficou famosa após assassinar o primeiro Coruja durante o Halloween de 1985. O grupo é visto no início do episódio, quando Wade Tillman - o futuro Looking Glass - tenta pregar sua fé para eles.

O plano de Ozymandias

O clímax da HQ de Alan Moore e Dave Gibbons está no plano de Adrian Veidt, o Ozymandias, para impedir que EUA e URSS entrem em guerra. A execução do projeto é mostrada do ponto de vista de Wade Tillman, que ao sair de uma casa de espelhos vê a feira de Hoboken destruída com dezenas de mortos ao seu redor. A cena traz inúmeras rimas visuais com esse momento no quadrinho, que vão desde a montanha de corpos até o relógio ensanguentado.

Sinatra Drive

Na vida real, Hoboken é celebrada como o lar de Frank Sinatra, um dos maiores cantores da música americana. O cantor tem até mesmo um calçadão com seu nome, que pode ser visto quando há a transição de Nova Jersey para Nova York. Não por acaso duas canções de Sinatra são executadas durante o episódio, com destaque para "New York, New York", que é tocada enquanto as imagens detalham a destruição da cidade que dá nome à canção pelo Monstro Alienígena de Adrian Veidt.

"Monstro Alienígena"

Para encerrar a Guerra Fria, conflito que ameaçava destruir o mundo por conta de um holocausto nuclear, Ozymandias decidiu dar um inimigo em comum para EUA e URSS. No quadrinho, seu engenhoso plano foi a criação de um monstro aparentemente alienígena vindo de outra dimensão que pousou em Nova York, matando milhões de pessoas na região. O incidente foi mostrado rapidamente durante o quinto episódio da série, que exibiu não só a montanha de corpos, mas também a lula giante. Sendo essa a maior diferença entre a HQ e filme - já que o longa de Zack Snyder trocou a lula gigante por uma bomba -, esse foi o primeiro vislumbre da criatura fora das HQs.

“Ei Glass, você cresceu por aqui...”

Em uma conversa na delegacia, o vigilante Red Scare afirma que Looking Glass cresceu em Tulsa. Além de fazer parte da origem do personagem, a afirmação faz referência ao ator Tim Blake Nelson, intérprete de Glass, que na vida real nasceu e foi criado na cidade.

Capitão Metrópole e Justiça Encapuzada

Na cena em que Looking Glass assiste TV em sua casa é possível ver uma cena de American Hero Story - a série de TV sobre os Minutemen - em que os heróis Justiça Encapuzada e Capitão Metrópole fazem sexo. O romance é cânone na HQ, sendo confirmado em uma carta do empresário dos Minutemen para Sally Júpiter, a primeira Espectral. Na correspondência, ele se mostra preocupado em esconder a relação do público, uma tarefa cada vez mais difícil já que os dois estão agindo cada vez mais como um “casal velho”. A citação é feita de forma velada, já que eles são citados como Nelly (abreviação de Nelson Gardner) e H.J. (sigla para Hooded Justice, nome original do Justiça Encapuzada).

A suspeita sobre a intimidade de Justiça Encapuzada era grande a ponto de Sally aparecer publicamente como acompanhante do vigilante por diversas vezes, em uma atuação para “provar” a heterossexualidade do herói para o público.

Smiley-Os

Wade Tillman, a identidade civil de Looking Glass, trabalha como analista em uma empresa que testa produtos. Sua função é detectar mentiras nas opiniões dos possíveis clientes das mais variadas marcas. Entre as testadas, está o cereal Smiley-Os, que tem como mascote um smiley. Essa é outra sutil referência ao Comediante, que usava o bottom com a carinha feliz em seu traje de vigilante.

Nostalgia

As misteriosas pílulas que Will Reeves carregava consigo quando Angela o prendeu se chamam Nostalgia. Na HQ original, esse era o nome de um perfume comercializado por uma das inúmeras empresas de Adrian Veidt. Entretanto, na série é uma substância que introduz memórias de outra pessoa em quem a ingerir a suas em cápsulas.

Amigos de Nemo

Looking Glass é responsável por um grupo de apoio para pessoas traumatizadas pelo ataque do "monstro alienígena". A associação se chama Amigos de Nemo, em referência ao protagonista do romance Vinte Mil Léguas Submarinas de Júlio Verne. Na trama, o Capitão Nemo enfrenta uma lula gigante assim como os sobreviventes do plano de Adrian Veidt. "Little Fear of Lightning", o título do quinto episódio também foi retirado do livro. Trata-se de um fragmento da frase "If There Were No Thunder, Men Would Have Little Fear Of Lightning" (Se não houvesse trovão, os homens teriam pouco medo de relâmpagos, no original).

Pale Horse

No universo de Watchmen, o ataque do "monstro alienígena" provocou consequências não só na política, mas também na cultura. O quinto episódio explica que ao invés de A Lista de Schindler, Steven Spielberg resolveu dirigir Pale Horse, longa sobre a queda da lula gigante em Nova York. O título é uma homenagem à banda que se apresentaria no Madison Square Garden no dia do ataque. Apesar da temática alternativa, as produções trazem similaridades, como seu ano de lançamento, ter vencido em várias categorias no Oscar e trazer uma cena contendo uma menina vestindo um casaco vermelho.

Looking Glass vs Ozymandias

Após um plano da Sétima Kavalaria, Looking Glass descobre a verdade a respeito do ataque do "monstro alienígena". Em um vídeo, Adrian Veidt parabeniza Robert Redford por sua eleição e explica seu engenhoso plano para impedir a Guerra Fria através de um falso ataque interdimensional. A chocante verdade a respeito da natureza de seus traumas é apresentada a Glass em um painel com vários monitores, uma rima visual com cenas do próprio Veidt no quadrinho original, que assiste a concepção de sua lula gigante e o estrago que ela causou ao ser lançada em Nova York por múltiplas telas.

Galeria de Vilões

Em uma cena de American Hero Story, a série pseudo-biografica a respeito dos Minutemen, agentes do FBI interrogam o herói Justiça Encapuzada. Durante o procedimento, alguns dos vilões que a equipe enfrenta são citados pelos oficiais, como King Mob e Capitão Eixo. Os policiais falam também de Moloch, criminoso que voltaria a ser citado na cerimônia de apresentação do verdadeiro Justiça Encapuzada.

King Mob

Entre os vilões citados pelos agentes do FBI está King Mob, um criminoso que é apenas citado quadrinho original. Entretanto, sua citação é curiosa já que King Mob é também o alter-ego de Grant Morrison, quadrinista que tem uma antiga rivalidade com Alan Moore, o criador de Watchmen. O autor se aproveitou de sua identidade alternativa para batizar dos protagonistas de Os Invisíveis, HQ que escreveu de 1994 a 2000.

J. Edgar Hoover

Ainda na cena do interrogatório, a série sugere que o Capitão Metrópole tinha um caso com J. Edgar Hoover, uma das mais importantes personalidades históricas dos EUA. Hoover é conhecido por reinventar o FBI, transformando a agência na maior organização policial no mundo. Durante sua carreira, ele teve importante participação na busca por espiões russos e comunistas infiltrados, uma busca que na HQ é um indício do desaparecimento do herói Justiça Encapuzada.

Esse ser extraordinário

“This Extraordinary Being”, o título do sexto episódio, é uma referência à forma como Hollis Mason descreve a primeira aparição do vigilante Justiça Encapuzada. Em Sob O Capuz, sua autobiografia, o primeiro Coruja diz: “Esse ser extraordinário quebrou por uma janela enquanto um assalto acontecia e atacou o homem responsável com tanta intensidade e selvageria que aqueles que aqueles que não foram incapacitados imediatamente estavam dispostos a largar suas armas e se render”.

Cadetes de 1938

Will Reeves se tornou policial em 1938, o mesmo ano em que Hollis Mason, o primeiro Coruja, entrou para a polícia. Outra semelhança entre os dois é a inspiração pelo Superman, já que ambos tiveram contato com a revista Action Comics #1 e foram inspirados a agir como vigilante mascarado pela origem do Homem de Aço.

Tenente Battle

O policial responsável por entregar o distintivo e parabenizar Will é o tenente Samuel J. Battle, que na vida real foi o primeiro oficial negro da polícia de Nova York.

Cuidado com o Ciclope

Quando entra para a polícia, Will Reeves é alertado pelo tenente Battle para tomar cuidado com o Ciclope. No decorrer de sua jornada, ele descobre que Ciclope é uma célula da Ku Klux Klan que tem policiais em suas fileiras. Na vida real, Ciclope Elevado é um cargo dentro da organização. A trama também faz referência a uma investigação a respeito de membros da KKK na polícia de Nova York, que realmente aconteceu durante década de 1920. Na ocasião descobriu-se que haviam 30 associados do grupo supremacista na corporação.

Action Comics #1

Em um dia de rotina, Will Reeves passa por uma banca de jornal e é apresentado pelo jornaleiro a uma história em quadrinhos chamada Action Comics. A revista trazia a origem do Superman, personagem criado por Joe Shuster e Jerry Siegel que se tornou responsável pela popular os quadrinhos de super-heróis.

113a DP

Will Reeves trabalha da 113ª Delegacia de Polícia de Nova York. Na HQ, o local é diretamente ligado ao Justiça Encapuzada, visto que os primeiros relatos a respeito de suas aparições afirmam que ele agia por aquele distrito.

Dorothy e o Mágico de Oz

Durante a cena que mostra a passagem de tempo na casa dos Reeves, que vai desde a gravidez de June, até os primeiros anos de seu filho Marcus, é possível ver que ela lê um exemplar de Dorothy e o Mágico de Oz, quarto livro da série escrita por L. Frank Baum, para o garoto dormir.

A Vida Secreta de Walter Minty

Um tumulto causado pela Ciclope, uma das células da Ku Klux Klan que envolvia policiais de Nova York, aconteceu em um cinema que exibia o filme O Homem de 8 Vidas. Lançado em 1947, o longa acompanha Walter Mitty, que usa sua imaginação para escapar de um cotidiano frustrante. O longa ganhou um remake chamado A Vida Secreta de Walter Mitty em 2013.

Uma reverência quase religiosa

“An Almost Religious Awe”, o título do sétimo episódio de Watchmen, faz referência direta ao passado do Doutor Manhattan no Vietnã. No capítulo da HQ que se passa em Marte, o herói faz uma retrospectiva de sua vida até aquele momento, passando por sua atuação na Guerra do Vietnã. No combate, alguns dos soldados inimigos faziam questão de se entregar diretamente a ele, em uma forma de “reverência quase religiosa”, em suas próprias palavras.

O Doutor Manhattan original

A abertura do sétimo episódio de Watchmen apresenta a trajetória do Doutor Manhattan através de um vídeo exibido em uma locadora vietnamita. A televisão que exibe o clipe está em um display de papelão com uma imagem do herói que recria sua primeira aparição como um ser super-poderoso na HQ.

Filmes

Na locadora, Angela escolhe alguns filmes para alugar. Entre eles estão Sister Night, um longa fictício inspirado no gênero blaxploitation que conta a história de “uma freira com uma p*orra de uma arma”. É possível ver também Fogdancing, adaptação cinematográfica do best-seller de Max Shea (visto brevemente no terceiro episódio) que nesse universo virou um longa dirigido por por David Cronenberg. Por fim, ela vê também Silk Swingers, uma cinebiografia de Sally Jupiter, a primeira espectral.

A Marionete

No capítulo da HQ em que Doutor Manhattan e Laurie estão em Marte, eles discutem a respeito da importância vida humana, já que a vigilante estava tentando convencê-lo a retornar para Terra e impedir os planos de Ozymandias. Durante o diálogo, ele explica que não há muito o que fazer pois “tudo já está traçado”, o que faz com que Laurie pergunte se isso torna ele uma espécie de marionete. O que o vigilante concorda, afirmando que “somos todos marionetes, a diferença é que eu enxergo minhas cordas”. Esse diálogo é referenciado no festival em homenagem ao Dr Manhattan que acontece no Vietnã, quando um artista de rua explica sua história através de marionetes.

Burgers n’ Borscht

O restaurante Burgers n’ Borscht, em que Angela almoça com sua avó, aparece rapidamente na HQ em diversas cenas que mostram Nova York.

Mentindo no teste

Intrigada com o súbito despertar de Angela após a overdose de Nostalgia, Lady Trieu questiona a vigilante sobre o que fez com que ela caísse da cama. Embora a verdade fosse a dolorosa memória da morte de seus pais, ela responde que relembrou seu aniversário de 10 anos, quando teria ganhado um pônei de presente. A mentira é similar às de Walter Kovacs, que ao passar pelo teste do borrão de tinta inventa respostas que seriam mais aceitas pelo psicólogo da prisão.

“Todos temos família”

Quando vai confrontar a viúva de Judd Crawford, Laurie Blake explica que Will Reeves é avô de Angela Abar. Ao ser questionada sobre o por que a vigilante nunca ter falado sobre ele, Laurie responde que “todos temos família, mas algumas pessoas apenas não falam sobre isso”. Essa é uma sutil referência ao seu próprio passado, já que a agente só descobriu ser filha do Comediante, quando adulta, pois seus pais esconderam a verdade por toda a sua vida.

O Julgamento

No julgamento de Ozymandias, a acusação usa o plano do falso monstro alienígena para provar que ele não se importa com a vida de terceiros. Enquanto a acusação discorre sobre seu argumento, é mostrado um desenho que representa a criatura. O desenho foi retirado do quadrinho, onde é possível ver a artista indiana Hira Manish trabalhando em um conceito inicial para o monstro.

Um novo plano para salvar a humanidade

Assim como na HQ original, a série de Watchmen gira em torno de um misterioso plano para salvar a humanidade. Enquanto Ozymandias utilizou seu falso monstro alienígena para encerrar a Guerra Fria na década de 1980, em 2019 é a vez da enigmática Lady Trieu arquitetar uma forma de proteger a raça humana. Levando em consideração que a empresária vietnamita adquiriu todos os empreendimentos do ex-vigilante, é possível que ele tenha servido como inspiração ou esteja ligado de alguma forma à nova estratégia.

Por quem os sinos dobram

Após se recuperar da overdose de Nostalgia, Angela chega em casa fazendo barulhos que acordam Cal Abar, seu esposo, que adormeceu enquanto lia Por quem os sinos dobram, clássico romance de guerra escrito por Ernest Hemingway.

O Bar do Eddy

“A God Walks Into Abar” (Um Deus entra em Abar, em tradução livre), o título do oitavo episódio, é um trocadilho entre uma clássica estrutura de piadas e a chocante revelação do sétimo capítulo. Se a primeira é conhecida por reunir esteriótipos em um bar, a segunda faz referência ao fato de o Doutro Manhattan, um Deus, se tornar Cal Abar. A cena de abertura mostra o herói azul entrando em um bar vietnamita chamado “Bar do Sr. Eddy”. Vale lembrar que o Comediante se chama Edward Blake, e como o vigilante também atuou na Guerra do Vietnã, é possível que ele seja considerado um herói e por isso homenageado por esse local.

Adão e Eva

Quando se exila na Inglaterra com seu pai para fugir dos nazistas, Jon ganha uma bíblia do casal que serviu de base para os humanos que criou em Europa, a lua de Júpiter em que Adrian Veidt se exilou. O casal entrega a ele uma cópia da bíblia que mostra Adão e Eva, o primeiro casal criado por Deus na crença cristã. Na ilustração, o casal tem um visual similar ao de Coruja e Espectral no quadrinho original, tanto pelos traços similares à arte de Dave Gibbons, quanto por seus cortes de cabelo.

“A forma como experiencio o tempo...”

Toda a estrutura de “A God Walks Into Abar” presta uma grande homenagem ao quadrinho. No quarto capítulo da HQ, o Doutor Manhattan se isola em Marte e lá começa a refletir sobre sua vida, em eventos que consegue ver simultaneamente graças aos seus superpoderes. O oitavo episódio da série narra sua trajetória após o fim da história original da mesma forma, mostrando eventos que acontecem em várias datas, desde 1935 a 2019.

“Ele tentou me matar uma vez”

Enquanto conversa com Angela, Doutor Manhattan explica que teve um colega que tentou matá-lo. Essa é uma referência à conclusão da HQ, em que Ozymandias tenta desintegrar seu colega azul em uma experiência similar àquela que deu seus poderes. Com seus poderes divinos, Doutor Manhattan consegue se reconstruir e sobrevive à armadilha.

A última vez em que teve medo

Durante uma briga com Angela, o Doutor Manhattan explica qual foi a última vez em que sentiu medo. Nesse momento ele narra o acidente que deu seus poderes. Em 1959, o físico Jonathan Osterman trabalhava no Projeto Manhattan, programa que criou as bombas atômicas. Ao retornar para uma câmera de testes em que esqueceu seu relógio, ele fica preso e é desintegrado instantâneamente, apenas para retornar meses depois em uma forma superpoderosa que ficou conhecida como Doutor Manhattan.

Karnak

Com a ideia de criar uma forma humana para si mesmo, o Doutor Manhattan procura Adrian Veidt, anteriormente conhecido como Ozymandias. O encontro acontece em Karnak, base que Veidt mantinha na antártica durante a criação de seu falso monstro alienígena. O local é visto pela última vez durante a conclusão do quadrinho, no momento em que Coruja, Rorschach, Espectral e o próprio Doutor Manhattan tentam impedir que seu plano aconteça.

Os Bonecos

Após se aposentar como vigilante, Adrian Veidt abriu inúmeras empresas que lucravam com diversos produtos, inclusive bonecos do Ozymandias. As action-figures podem ser vistas em cima de sua mesa, assim como na HQ original.

O segredo das chuvas de lula

No primeiro episódio, Angela e seu filho Topher assistem a uma chuva de lulas. Essa excentricidade meteorológica faz parte da encenação de Adrian Veidt para que o mundo siga acreditando que sofre ataques de outra dimensão. Assim como o grande monstro alienígena lançado em Nova York para encerrar a Guerra Fria, o ex-vigilante segue fazendo chover pequenos moluscos para “manter a paz mundial”.

Um elefantinho me contou

Ao ser questionado sobre como sabia que o Doutor Manhattan estava em Europa, a lua de Júpiter, Adrian Veidt responde “um elefantinho me contou”. Essa é uma referência a Lady Trieu, que além de ter uma alcunha inspirada numa guerreira vietnamita que cavalgava elefantes, ela também mantém animais nas instalações de sua empresa.

"Eu fiz há 30 anos"

A forma que Adrian Veidt encontra para dar uma nova vida para Doutor Manhattan é um dispositivo que apagaria sua memória e seu conhecimento sobre seus poderes. Ao ser questionado sobre quando teria construído o aparelho, ele responde que “há 30 anos”. A antecipação do ex-vigilante é uma referência à conclusão da HQ original, em que ele revela seu grande plano para Coruja e Rorschach se gabando de que não poderia mais ser impedido, pois colocou o plano em ação “35 minutos atrás”.

De volta ao campo de batalha

A conclusão do oitavo episódio mostra um ataque da Sétima Kavalaria, que pretendia sequestrar o Doutor Manhattan para transferir seus poderes para Joe Keene Jr. Inicialmente, apenas angela luta contra eles, mas ao ser cercada pelos terroristas, que estão em maior número, o próprio vigilante interfere no combate. A cena mostra Jon desintegrando vários dos seus inimigos de uma forma similar à sua participação na Guerra do Vietnã, momento fundamental para a vitória dos EUA.

“See How They Fly”

“See How They Fly”, o título do último episódio da temporada, é uma homenagem aos Beatles. A frase é um trecho da canção “I Am the Walrus”, que não por acaso é tocada durante os créditos finais do capítulo.

Famosa por sua falta de sentido lógico, a inspiração para a canção surgiu após John Lennon descobrir que as letras da banda eram estudadas em faculdades. Com o intuito de confundir os curiosos, os Beatles criaram uma música que não tem sentido lógico, mas curiosamente faz relação com alguns dos eventos do episódio, abordadas em outro tópico dessa lista.

A origem do “monstro alienígena”

Enquanto filma sua mensagem para Roberd Redford - então futuro presidente dos EUA -, Adrian Veidt usa como cenário o tanque em que está armazenando seu falso monstro alienígena. É possível ver partes da criatura, como seu olho e alguns tentáculos, ao fundo da gravação.

Desatar o Nó

O comando para liberar o compartimento secreto do escritório de Adrian Veidt é “Desatar o nó”, uma ao Nó Górdio, famoso enigma resolvido por Alexandre, O Grande. Segundo a lenda, um camponês chamado Górdio amarrou sua carroça no templo de Zeus com um nó impossível de ser desatado. Após a morte de Górdio e de seu filho, Midas, que não deixou herdeiros, ficou decidido que quem desatasse o famoso nó seria o governante do mundo todo. Meio século depois, vários haviam tentado sem sucesso até que Alexandre decidiu decifrá-lo. Após examinar o desafio por um tempo, ele usou sua espada para desatar o nó, simplesmente cortando-o ao meio.

Na HQ original, Ozymandias conta essa história e exalta a genialidade de Alexandre, que estava “séculos a frente de seu tempo"

Ramses II

A senha para dar acesso ao computador de Adrian Veidt é Ramses II, em homenagem ao faraó egípcio que era conhecido como Ozymandias. Essa senha já havia sido mostrada na HQ, quando Dan Dreiberg, o segundo Coruja, invade o sistema de Veidt utilizando o nome do déspota.

A mulher mais inteligente do mundo

Graças à sua ascensão em praticamente todas as áreas em que se dedicou - do combate ao crime até a gerência de uma gigantesca corporação -, Adrian Veidt ganhou a fama de ser o “homem mais inteligente do mundo” durante a década de 1980. Parafraseando o apelido de seu pai, a Lady Trieu se apresenta a ele como “a mulher mais inteligente do mundo”, algo que ela havia mostrado durante episódios anteriores graças à sua formação precoce no MIT, uma das mais tradicionais universidades dos EUA, aos 15 anos de idade.

Um ator cowboy se torna presidente

Comentando sobre a repercussão de seu plano para atingir a paz mundial, Adrian Veidt revela que Robert Redford não se sentiu ajudado pelo falso monstro alienígena lançado em Nova York: “Ele disse que teria ganhado mesmo sem minha ajuda… Como se algum ator cowboy pudesse chegar à presidência”. Essa é uma sátira com Ronald Reagan, 40º presidente dos EUA, que teve uma carreira cinematográfica antes de chegar à Casa Branca.

“Eu comecei do nada”

Em sua conversa com Lady Triey, Adrian Veidt explica que doou a herança que recebeu após a morte dos pais para recomeçar do zero, para provar que conseguiria sem a ajuda de ninguém. Essa motivação foi apresentada na HQ, quando o milionário relembra que sua motivação era se igualar a Alexandre, O Grande, seu grande ídolo que construiu um império começando do nada. "Quis ter algo a dizer a ele, caso nos encontrássemos no hall das lendas"

Queijão Azul

Quando revela a Ozymandias que o Doutor Manhattan está em Europa, uma das luas de Júpiter, Lady Trieu se refere a ele como “Queijão Azul”. Essa é uma referência a Shazam, herói da DC Comics, que tinha como um de seus apelidos “Queijão vermelho”.

Parar uma bala com as mãos

Prestes a escapar de Europa, Adrian Veidt é baleado por um dos clones criados por Doutor Manhattan. Entretanto, ele consegue capturar o projétil com as mãos, sofrendo ferimentos leves. Esse é um truque que Ozymandias já havia executado na HQ, quando foi baleado pela Espectral, que tentava detê-lo.

A Estela de Merneptá

Levado à Tulsa, onde Lady Trieu colocará seu plano em prática, Adrian Veidt recita a Estela de Merneptá. O texto narra vitórias do Faraó Merneptá em combate, uma espécie de testamento de suas conquistas. Essa passagem é citada também na HQ original, pelo próprio Ozymandias, entretanto a versão da série ganha um novo significado graças ao contexto.

Enquanto no quadrinho ele cita com ênfase no lado positivo, já que o texto indica que a paz reinou após os conflitos narrados, na série sua interpretação é pessimista, indicando a crença de que não há salvação para a raça humana após a conclusão do plano de Lady Trieu. A maior prova disso é que após recitar a Estela, ele diz com tristeza que “o fim está próximo”.

Senador Keene Sr.

Na HQ, os vigilantes mascarados foram proibidos de atuar graças graças a Lei Keene, uma norma batizada em nome de seu idealizador: Joe Keene. Na série, Keene e seu filho Joe Jr. foram revelados como membros do Ciclope, uma célula da Ku Klux Klan. Embora o site Peteypedia já houvesse revelado que Keene pai fazia parte do grupo ao lado do avô de Judd Crawford, essa foi a primeira vez que o político apareceu em Watchmen.

Quebrando ossos

Angela Abar utilizou tortura para descobrir respostas sobre o paradeiro do Doutor Manhattan. Sua “tática” foi quebrar dedos de um dos membros da Sétima Kavalria, método similar ao que Rorschach usava na HQ original para receber informações em seus interrogatórios.

Gila Flats, Novo México

Durante a Noite Branca, ataque promovido por membros da Sétima Kavalaria a casa dos policiais de Tulsa, um terrorista chamado Mike foi teletransportado pelo Doutor Manhattan para Gila Flats, Novo México. O local faz referência à base de pesquisas em que o herói - então conhecido apenas como Jonathan Osterman - sofreu o acidente que lhe conferiu poderes.

O traje do Doutor Manhattan

Enquanto explica a origem de seu plano para roubar os poderes do Doutor Manhattan, o senador Joe Keene Jr. tira suas roupas e fica apenas de cueca. A peça faz referência a um dos visuais do herói, que utilizava apenas roupas íntimas antes de decidir ficar completamente nu.

Perdido no Tempo

Preso em sua cela de lítio, uma espécie de fraqueza para seus poderes, o Doutor Manhattan perde o controle sobre sua consciência e fica “perdido” no tempo, vivendo momentos do passado como se fossem presente. Enquanto os planos de Joe Keene e Lady Trieu se desenvolvem, ele recita algumas falas da HQ original, como o fato de que “tudo o que vemos das estrelas são suas fotografias”, o momento em que ele pergunta à sua ex-esposa Janey se ela quer que ele aumente a temperatura, e por fim uma entrevista em que ele afirma que o Afeganistão não necessita de sua atenção.

Senhorita Juspeczyk

No reencontro entre Ozymandias e Espectral, o ex-vigilante a chama de “Senhorita Juspeczyk”, seu sobrenome original. Na série, a personagem utiliza o sobrenome Blake, em homenagem ao seu pai Edward Blake.

Archie

O desfecho do episódio revela que Archie, o modelo original da nave do Coruja, ainda estava em Karnark. Na HQ, ela transporta Rorschach e o próprio Coruja, até a Antartida, onde os vigilantes têm o confronto final com Adrian Veidt.

Dr M

Após a chuva de lulas congeladas, algumas lâmpadas do letreiro do cinema Dreamland se apagaram, restando apenas Dr M, uma sutil referência ao Doutor Manhattan.

Final ambíguo

Assim como a HQ, a primeira temporada da série tem um final ambíguo. Se o quadrinho deixa a dúvida a respeito da publicação do Diário de Rorschach, que poderia expor o plano de Ozymandias, a conclusão da primeira temporada da série deixa em aberto se Angela Abar de fato recebeu os poderes do Doutor Manhattan ou não.

O Homem-Ovo

A música utilizada como trilha sonora para os créditos finais do último episódio da temporada é “I am the Walrus” dos Beatles. Conhecida por sua letra sem nexo, alguns dos seus versos combinam com os eventos do último episódio, com destaque para a revelação de que o Doutor Manhattan deixou seus poderes para Angela em um ovo.

Em teoria, após ingerir o ovo, a vigilante herdou os poderes de Jon, o que a tornaria um ser com poderes divinos. A primeira estrofe de “I Am The Walrus” ilustra a nova condição de Angela, pois diz “Eu sou ele. Assim como você é ele. Assim como você sou eu. E somos todos juntos”. Além disso, o refrão da canção diz “I am the eggman” (eu sou o homem-ovo em tradução livre).