San Diego Comic Con

Artigo

Vingadores: Ultimato | Como o filme estabelece a série solo do Loki

Deus da Trapaça pelo Multiverso?

03.02.2020, às 11H42.
Atualizada em 18.04.2020, ÀS 21H11

Em construção ao longo de mais de uma década, o universo audiovisual da Marvel alcançou seu ápice nos cinemas mas sequer começou a explorar seu potencial televisivo. Isso está prestes a mudar com a vinda do streaming Disney+ e uma vasta gama de projetos já confirmados. O primeiro anunciado foi uma série solo do Loki, com estreia confirmada para 2021 durante a San Diego Comic-Con. Como era de se esperar, Vingadores: Ultimato deu o pontapé para esse projeto.

[Cuidado! Spoilers de Vingadores: Ultimato abaixo]

Analisar a viagem no tempo do filme é uma tarefa confusa, já que tanto o Hulk quanto a Anciã (Tilda Swinton) deixam a entender que se trata de uma única linha temporal sempre contínua, em que algumas crises - como a ausência das Joias do Infinito - criam realidades paralelas caóticas. Quem ajudou a entender melhor isso foi o diretor Joe Russo que, durante entrevista sobre a conclusão do Capitão América, esclareceu que, na verdade, existem várias realidades similares coexistindo a todo momento - um Multiverso. A fala do cineasta foi retomada em outra entrevista, em que os irmãos Russo afirmam que Loki pode ter sobrevivido em uma linha do tempo/realidade alternativa.

Acontece que, diferente de viagem no tempo, o Multiverso não é um conceito realmente conhecido pelo espectador médio - ainda que o leitor de HQ o conheça há tempos. Para deixar todos na mesma página, a Marvel precisará explicar as regras - e é aí que entra Loki.

Quando a equipe de Capitão América e Tony Stark retorna à Batalha de Nova York, uma sequência de erros resulta que o recém-capturado Loki pegue o Tesseract do chão e desapareça em um portal. A cena sempre pareceu indicar consequências desastrosas, mas o filme não dá foco a isso (com razão). Acontece que o momento pode acabar dando origem ao que é chamado na TV de backdoor pilot, quando a introdução de um derivado acontece na obra principal.

Pegando carona no Tesseract, o Deus da Trapaça deve viajar através de inúmeras realidades alternativas como um fugitivo, apresentando aos fãs na prática as grandes diferenças entre universos - ao mesmo tempo em que garante o retorno de Tom Hiddleston à narrativa, já que o ator foi confirmado no projeto.

Há uma grande insistência por parte de Kevin Feige em garantir que as séries do Disney+ terão papel fundamental no MCU. Trabalhar a aceitação do Multiverso é o próximo passo lógico para garantir que o público reconheça que, assim como quando os Vingadores se uniram pela primeira vez em 2012, tudo faz sim parte de algo maior.

*Artigo publicado originalmente em julho de 2019

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