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Artigo

Quarto episódio de Falcão e o Soldado Invernal questiona conceitos de bem e mal

Capítulo desta sexta (9) desenvolve Karli e inicia derrocada vilanesca de John Walker

NG
09.04.2021, às 11H02.
Atualizada em 09.04.2021, ÀS 16H41

[Spoilers de Falcão e o Soldado Invernal à frente]

Embora deixe claro em quase todas as suas produções a divisão entre o bem e o mal, o MCU consegue, de vez em quando, desenvolver seus vilões e leva o público a criar certa empatia com eles. Casos como Thanos (Josh Brolin) em Vingadores: Guerra Infinita, Killmonger (Michael B. Jordan) em Pantera Negra e Abutre (Michael Keaton) em Homem-Aranha: De Volta ao Lar se tornaram referência de antagonistas bem desenvolvidos, que borravam os limites entre o certo e o errado. No quarto episódio de Falcão e o Soldado Invernal, Karli (Erin Kellyman), líder dos Apátridas, segue um caminho semelhante, conquistando não só os espectadores, mas também os protagonistas.

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Em “O Mundo Está Vendo”, disponibilizado nesta sexta-feira (9) no Disney+, a revolucionária se mostra uma líder preocupada com seus seguidores e comunidade, apesar de cega por um idealismo extremo, que beira, como bem colocou Zemo (Daniel Brühl), um pensamento supremacista. Ao longo do episódio, essas duas faces de Karli são expostas e dissecadas com um olhar que cuidadosamente evita pintá-la como vilã ou anti-heroína de maneira definitiva.

Embora seus personagens dêem título à série, Anthony Mackie e Sebastian Stan deixaram temporariamente o protagonismo de Falcão e o Soldado Invernal, dando o espaço necessário para que o público entenda mais a fundo os sentimentos de Karli e perceba de uma vez por todas o papel de John Walker (Wyatt Russell). Tanto a Apátrida quanto o novo Capitão são, cada um de sua forma, exemplos dos efeitos do ultranacionalismo. Enquanto a revolucionária vê uma família em pessoas que inevitavelmente enfrentaria em conflitos armados antes do blip, o condecorado soldado age com olhar de superioridade, impondo de maneira violenta suas ordens mesmo a quilômetros de distância de sua jurisdição. Esse orgulho exacerbado de Walker culmina na melhor cena de ação da série até agora, em que ele, Estrela Negra (Clé Bennett), Sam (Mackie) e Bucky (Stan) enfrentam as Dora Milaje e tomam uma surra memorável.

O capítulo em si começa de maneira burocrática, retomando a cena final da semana anterior, com Bucky se encontrando com Ayo (Florence Kasumba), Dora Milaje escolhida pelo Rei T’Chaka para protegê-lo em Capitão América: Guerra Civil, e que agora busca recuperar sua honra levando Zemo à justiça de Wakanda. Responsável por testar os avanços de Shuri na remoção da lavagem cerebral do Soldado Invernal, a guarda real dá a ele e Sam o prazo de oito horas para entregar o Barão, tempo o bastante para que o trio avance em sua investigação.

Mais uma vez, a dinâmica entre os três protagonistas de Falcão e o Soldado Invernal garante o entretenimento do episódio. A troca constante de farpas, piadas e ameaças torna o episódio ágil mesmo em cenas protocolares ou expositivas. Bem escrita, a relação entre Sam, Bucky e Zemo traz equilíbrio ao tom da série, servindo ora como alívio cômico, ora como ponto de tensão. Essa química, aliás, ajuda a expor ainda mais a derrocada de John Walker, que começa a sentir cada vez mais a pressão de suceder Steve Rogers como Capitão América.

As diferenças entre Karli e Walker ficam cada vez mais evidentes ao longo de “O Mundo Está Olhando”, mas o extremismo de suas ações resulta em momentos igualmente trágicos. Lutando para fugir de Falcão e do Soldado Invernal, a jovem acidentalmente mata Lemar/Estrela Negra, agredindo-o com toda a força que o soro de supersoldado lhe proporcionou. Enfurecido, Walker persegue um dos Apátridas e, sem qualquer vislumbre de piedade, usa o escudo de Capitão América para assassiná-lo na frente de várias testemunhas, manchando o símbolo de Steve Rogers de sangue e criando uma das imagens mais fortes do MCU até aqui.

Objetivos mais claros do que nunca

Talvez o episódio com o menor número de surpresas até aqui, “O Mundo Está Vendo” é também o que traçou melhor até agora os verdadeiros objetivos de seus personagens. Karli e os Apátridas querem reconstruir a comunidade que os acolheu no blip, Walker quer a todo custo se tornar o herói que acredita que nasceu para ser e Zemo continua firme em sua saga para eliminar qualquer vestígio de super-humanos da Terra.

Os caminhos violentos tomados pelos antagonistas torna difícil a missão de Sam e Bucky de manter a paz. Em menor número e com menos recursos que seus oponentes, Falcão e Soldado Invernal têm decisões difíceis pela frente, especialmente agora que o novo Capitão usou o supersoro para tentar se equiparar a Steve Rogers e aos Apátridas.

As ações de Sam também deixam seu caminho para assumir o posto de Capitão América ainda mais claro. Seguindo os ensinamentos de Steve, o Falcão evita a violência, preferindo negociar, conversar e entender seus oponentes ao invés de chegar atirando. Assim como Rogers em Capitão América: Guerra Civil, Sam vê o combate físico como última alternativa e mostra que entende o significado do manto melhor que seu ocupante atual.

Falcão e o Soldado Invernal tem novos episódios disponibilizados toda sexta-feira no Disney+.

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