A equipe criativa de Luca considerou incluir uma personagem LGBTQIA+ na sua trama — e não, não era nem o protagonista, nem seu melhor amigo Alberto. De acordo com fonte da Variety, tratava-se de Giulia, a garota humana com quem os monstros marinhos criam uma fofa amizade.
O empecilho para tirar a ideia do papel teria sido como fazê-lo sem ter que criar uma namorada para a personagem. "Muitas vezes a gente se depara com a questão 'como fazemos isso sem dá-los um interesse amoroso?'. Isso acontece com muita frequência na Pixar", explicou a fonte.
A informação surge depois da descoberta que a Disney apoiava financeiramente lobistas do projeto “Don’t Say Gay”, cujo objetivo é proibir que escolas e professores no estado da Flórida, nos EUA, reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+. Desde então, funcionários do conglomerado, inclusive da Pixar, protestam publicamente, e denunciam que executivos exigiram a censura de cenas de afeto entre personagens LGBTQIA+.
De fato, há pouquíssimos personagens LGBTQIA+ nas animações do estúdio, sendo a mais notável Specter, de Dois Irmãos. A orientação sexual da personagem é mencionada de passagem, quando ela está no telefone com a namorada. O momento, breve e sem grandes importâncias para a trama, foi o suficiente para que o filme fosse banido em alguns países do Oriente Médio.
Diante do clima tenso, a Disney tenta reagir. Recentemente, a Variety revelou que a companhia tinha vetado um beijo entre um casal homossexual em Lightyear, o derivado de Toy Story, mas voltou atrás depois dos acontecimentos das últimas semanas.
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