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Créditos da imagem: Disney/Divulgação

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Funcionários da Disney protestam contra apoio ao projeto de lei “Don’t Say Gay”

Membros LGBTQIA+ da empresa têm rechaçado posicionamento frente a legislação homofóbica no estado da Flórida

Omelete
3 min de leitura
15.03.2022, às 17H53.

O posicionamento da Disney frente ao projeto “Don’t Say Gay”, que proíbe a discussão sobre questões de gênero em escolas na Flórida, segue causando mal estar entre os funcionários da empresa. Um grupo de empregados do estúdio anunciou uma greve em repúdio às declarações do CEO Bob Chapek após ser revelado que a Casa do Mickey financiou políticos favoráveis à lei.

Funcionários LGBTQIA+ e aliados divulgaram, por meio de uma página no Twitter, uma série de protestos presenciais e virtuais, que pedem, entre outras coisas, o fim do financiamento de políticos favoráveis a leis discriminatórias (incluindo o governador da Flórida, Ron DeSantis), a criação de um selo dedicado à criação de conteúdos inclusivos e maior transparência em seus projetos em prol da comunidade LGBTQIA+ - confira abaixo:

Denominado Disney Do Better Walkout, o grupo lançou um site oficial com uma carta de exigências e instruções para funcionários que decidirem aderir ao protesto. “Fomos forçados a uma posição impossível e insustentável. Precisamos agora agir para convencer a Disney a proteger seus funcionários e suas famílias diante desse preconceito descarado e sem remorso”, afirmam os organizadores na página inicial.

Os protestos começam nesta terça-feira (15), com a saída em massa de funcionários durante um intervalo de 15 minutos. Uma greve maior está prevista para o dia 22 de março.

Entenda o caso

O projeto “Don’t Say Gay” circula atualmente no estado norte-americano da Flórida e tem como objetivo proibir que escolas e professores reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+. Além disso, a lei impõe que alunos queer que confidenciem suas identidades a professores sejam expostos aos pais ou responsáveis, tirando do aluno a escolha de quando e como se assumir publicamente.

Em 3 de março, foi revelado que a Disney apoia financeiramente lobistas do projeto. Como resposta, o CEO Bob Chapek afirmou em comunicado que “entende a importância que esse assunto tem para nossos funcionários LGBTQIA+”. O estúdio, no entanto, não abriu mão das doações ao projeto, dizendo que o maior impacto que a empresa pode ter na criação de “um mundo mais inclusivo é através do conteúdo inspirador que produzimos”.

A fala de Chapek, assim como a manutenção do financiamento à uma lei homofóbica, levou funcionários da Disney, como o roteirista Benjamin Siemon (Ducktales), Dana Terrace (A Casa Coruja), Bill Motz (Operação Big Hero: A Série), Sascha Paladino (Mira, A Detetive do Reino) e mais a repudiarem publicamente a empresa e seu CEO.

Durante o Dia dos Investidores de 2022, Chapek admitiu que a posição inicial da empresa estava errada e que a Disney reavaliará sua forma de apoiar a comunidade LGBTQIA+ no futuro.

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