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Star Trek: Discovery | Sonequa Martin-Green rebate críticas racistas

Grupos de pessoas alegaram que série estaria promovendo "genocídio branco" ao escalar atores de várias etnias

22.06.2017, às 13H37.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Star Trek: Discovery está cada vez mais perto de estrear e, recentemente, membros do elenco precisaram lidar com críticas racistas em relação à diversidade étnica da atração - no elenco estão, por exemplo, Chris Obi como T’Kuvma, líder Klingon, e Sonequa Martin-Green, no papel de Burnham, uma tenente da Discovery, ambos afro-americanos. Alguns fãs da franquia se incomodaram com a presença deles e de outros atores de etnias não-brancas, chegando a falar nas redes sociais que a série estaria promovendo um "genocídio branco". Em entrevista à Entertainment Weekly, a atriz Sonequa Martin-Green rebateu as críticas racistas.

"Bem, eu gostaria de encorajá-los a entrar na essência e no espírito do Star Trek, que tornou o legado da série. Olhar para a pessoa ao seu lado e perceber que vocês são iguais, que vocês não estão separados e que todos somos um só". Isso é algo que 'Star Trek' sempre defendeu e eu acredito completamente que foi o que fez com que a série ficasse no coração de tantas pessoas ao longo de tantas décadas. Eu incentivaria essas pessoas a olharem além de suas opiniões e do condicionamento social para ver o que estamos fazendo aqui, que é contar uma história sobre humanidade."

Curiosamente, as críticas à diversidade étnica do programa não fazem sentido quando se leva em conta que Star Trek sempre foi reconhecido por isso. A série original contava com um personagem russo (Walter Koenig), um asiático (George Takei), uma mulher negra (Nichelle Nichols), além de vários outros. A série foi responsável pelo primeiro beijo interracial da televisão americana e sempre abordou de forma alegórica questões ligadas à justiça social.

"É difícil entender e apreciar Star Trek se você não entender e apreciar isso", disse Martin-Green. "[Diversidade] é um dos princípios fundamentais de Star Trek e eu sinto que se você perde isso, você perde todo o legado. Estou incrivelmente orgulhosa de ser uma líder nessa série e de estar em um aspecto vanguardista da série, que é mostrar o mundo de Star Trek pelos olhos de uma mulher negra, algo que ainda não tinha sido feito, embora, obviamente, outros avanços inovadores na questão de diversidade já haviam sido feitos na série. Sinto que estamos dando um passo para a frente, e acho que é algo que todas as histórias deveriam fazer. Devemos ter coragem para ir onde ninguém foi antes."

Na série, a atriz vive a oficial Michael Burnham, protagonista da trama. Sua capitã é Philippa Georgiou, interpretada pela asiática Michelle Yeoh. O programa conta ainda com o primeiro personagem abertamente gay da franquia de TV, um cientista vivido por Anthony Rapp - algo que também gerou reclamações homofóbicas.

No início do ano, George Takei já havia se posicionado quanto às críticas. "Hoje, na nossa sociedade, temos formas de vida alienígenas que chamamos trolls. E esses trolls continuam sem saber o que eles estão falando e sabendo ainda menos sobre a história do que eles estão falando. E alguns desses trolls chegam a ser presidentes de nações. Estes chamados trolls não viram um único episódio da nova série porque não foi exibido. E eles não conhecem a história do Star Trek, não sabem que Gene Rodenberry criou tudo isso com a ideia de mostrar que é possível encontrar força em nossa diversidade".

A nova série será ambientada uma década antes da missão do Capitão Kirk, e portanto é um prelúdio da série clássica.  viverá Georgiou, a capitã da nave Shenzhou, e James Frain interpretará Sarek, o pai de Spock. O Klingons serão os antagonistas dessa primeira temporada.

Além de Michelle Yeoh, Sonequa Martin-Green Chris Obi, estão na série Doug JonesAnthony RappTerry SerpicoMaulik PancholySam VartholomeosRainn WilsonMary Chieffo e Shazad Latif, entre outros.

Star Trek: Discovery estreia em 24 de setembro nos Estados Unidos, enquanto a transmissão no Brasil acontece um dia depois, em 25 de setembro, pela Netflix.

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