Cena da segunda temporada de Upload, série do Amazon Prime Video

Créditos da imagem: Divulgação

Séries e TV

Artigo

Upload “é muito parecido com Casamento às Cegas”, diz criador da série

Greg Daniels conversou com o Omelete sobre a série

Omelete
3 min de leitura
12.03.2022, às 10H00.

Upload, série do Amazon Prime Video que retorna nesta sexta-feira (11) para sua segunda temporada, é definitivamente cria de Greg Daniels, o mesmo roteirista e produtor por trás de The Office, Parks & Recreation e Space Force – o seu humor não deixa mentir. Mas a série tem uma ambientação muito diferente das “irmãs”: ela se passa em um mundo no qual os humanos podem fazer o upload de sua consciência para um mundo virtual, uma espécie de pós-vida digital.

A ideia é futurista, mas já estava com o autor há mais de trinta anos, quando ele escrevia para o Saturday Night Live – como ele mesmo conta ao Omelete. “Eu tive a ideia quando estava tentando criar uma esquete. Nela, eu questionava o que aconteceria se você pudesse colocar sua consciência em um video-game e criar o seu próprio céu, talvez até uma sociedade inteira do zero. Como isso seria?

Mas bem, nada que os humanos criam é perfeito”, completa. “Há comédia na diferença entre expectativas e realidades. E parecia um ótimo jeito de falar de esperança, tecnologia e equidade na sociedade, e de como somos dependentes de grandes corporações e estamos um pouco indefesos”.

Não à toa, o pós-vida do protagonista de Upload, Nathan (Robbie Amell), é complicado. Ele é enviado pela namorada rica ao “céu” de Lake View. Para quem tem acesso a um plano de dados ilimitado, ele tem instalações de luxo; para os outros, no entanto, ele reserva uma existência quase subumana, com poucos recursos à disposição – um tema que é aprofundado nos novos episódios.

É um assunto muito filosófico. Mas se nós começarmos a notar e falar sobre isso, nós podemos de certa forma reconquistar nossa habilidade de controlar nosso destino”, acrescenta Daniels.

Casamento às Cegas?

Mas Upload também é uma história de amor – no caso, entre Nathan e Nora (Andy Allo), funcionária de Lake View que está viva no mundo real e, por meio de recursos de realidade virtual, ajuda o protagonista e outros residentes a se adaptarem às suas novas vidas. E Daniels diz que sempre achou a ideia desse novo pós-vida “muito romântica”.

Quando você se apaixona e se casa, você diz ‘até que a morte nos separe’, e esse é o aspecto trágico que torna histórias de amor tão intensas”, nota. “Mas e se você pudesse se apaixonar por alguém que já morreu? Como você supera isso? É uma forma de você conhecer alguém sem o elemento físico para saber se as almas são mesmo compatíveis? Talvez seja uma forma de você se apaixonar mais profundamente se você não estiver pensando nisso. Basicamente, é muito parecido com Casamento às Cegas”, diz, bem-humorado.

No reality-show da Netflix – que inclusive tem uma versão brasileira –, solteiros se conhecem sem se ver, conversando através de cabines separadas. Só depois de feito o pedido de casamento é que eles podem se ver pela primeira vez.

Vem (mais) aí?

A segunda temporada de Upload expande significativamente o universo que havia sido estabelecido na primeira. Conhecemos, por exemplo, o time de segurança de Lake View e mais do mundo externo ao pós-vida. Mantendo o mistério, Daniels diz já saber que outros aspectos gostaria de explorar no futuro da série.

Tenho muitos planos, caso cheguemos à terceira temporada, de ir além, olhar para outros elementos e explorar mais os personagens. O fim do segundo ano vai deixar o público querendo mais, então tenho esperança que consigamos continuar contando esta história”.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.