Selene e Giovanna Grigio se beijando em Rebelde

Créditos da imagem: Rebelde/Netflix/Reprodução

Séries e TV

Entrevista

“Fico feliz de ver a realidade em tela”, diz Selene sobre diversidade em Rebelde

Versão da Netflix inclui personagens LGBTQIA+, a exemplo do casal da hora Andi e Emília

Omelete
3 min de leitura
08.01.2022, às 10H00.
Atualizada em 01.10.2022, ÀS 17H26

Pouco mais de 15 anos separam a novela Rebelde da nova versão da Netflix. Logo, não é de se surpreender que a Elite Way School, embora esteja de volta, tenha mudado bastante. Os rostos adolescentes que conhecemos lá nos anos 2000, como Celina (Estefanía Villarreal) e Pilar (Karla Cossío), agora estão adultos. Os uniformes, mesmo ainda levando as cores vermelho e branco, foram repaginados. Mas, mais do que isso, a série chega ao streaming nesta semana provando-se em sintonia com as novas gerações ao incluir personagens LGBTQIA+ -- sim, no plural --, algo que a novela se esquivou durante todo o período que esteve no ar.

Definitivamente eram outros tempos. Basta lembrar que quando Christian Chávez, o intérprete do Giovanni, se assumiu gay, o ator enfrentou reações bastante negativas. Além do seu trabalho como ator ficar ameaçado -- ele ouviu dos diretores da Televisa que sua carreira tinha acabado, como contou à jornalista Adela Micha em 2019 --, sua música foi recusada porque os radialistas mexicanos não apoiavam "música homossexual". E isso falando somente das consequências profissionais.

Hoje, porém, um simples scroll no Twitter e você nota como o casal Andi (Selene) e Emília (Giovanna Grigio) é celebrado, sem embaraço, pelos fãs, pelas próprias atrizes e até pela Netflix. Veja:

“Acredito que, agora, estamos tocando em temas mais atuais para essa geração Z, entre eles obviamente diversidade e inclusão. E há personagens os representando”, afirmou a atriz Selene ao Omelete. “Fico feliz de ver a realidade em tela”.

Grigio concorda com a colega de elenco e acredita que Andi pode ser uma personagem importante para novas espectadoras. “Eu a vejo e penso: ‘essa menina vai inspirar muitas outras que se identificam com ela”.

Mas ela não é a única. Luka Colucci, interpretado por Franco Masini, também é queer. Aliás, um dos seus primeiros momentos na série é justamente defendendo o uso de linguagem neutra para abarcar todos os presentes. “É a terceira década do século XXI”, diz no episódio de estreia, ressaltando o atraso que representa a falta de inclusão.

"Diria que meu personagem não tem rótulos”, disse o ator ao Omelete. “A série, nesse sentido, está muito atualizada e moderna. São almas livres e cada um vai vivendo a vida como quer".

De fato, tanto Andi quanto Luka não têm vergonha de serem quem são, nem são definidos unicamente por suas sexualidades e identidades de gênero. Não apenas os jovens têm personalidades ricas, como o fato de serem LGBTQIA+ nunca é posto em questão pelos amigos -- quando é, quem o faz é uma figura vilanesca. Ou seja, mesmo os fãs antigos, que não puderam se ver representados plenamente na novela nos anos 2000, têm uma oportunidade de se relacionar de um modo novo com essa nova geração de alunos da EWS. E nada mais acolhedor do que se ver reconhecido em tela.

A primeira temporada de Rebelde está disponível na Netflix.

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