O ano de 2016 foi de atribulações políticas, no Brasil e no exterior, e de grandes perdas no mundo do entretenimento. A cultura pop, porém, continua como parte fundamental das nossas vidas e a redação do Omelete escolheu os seus filmes, séries, games, músicas, livros e quadrinhos favoritos do ano (e algumas decepções).
CINEMA
Dennis Villeneuve cada vez mais se mostra um mestre em combinar profundidade, boas ideias e bons personagens em seus filmes. Cada projeto do diretor canadense é totalmente diferente do anterior, e ele parece estar ficando melhor a cada ano. Com A Chegada, ele constrói um roteiro cheio de ideias e teorias complexas, mas que funciona em primeiro lugar por conta do coração humano. Mal posso esperar pra Blade Runner 2049. - Guilherme Jacobs
Entre os blockbusters do ano esse é que mais extrapola o senso comum e mostra o sci-fi de um jeito diferente do que estamos acostumados. - Thiago Romariz
Denis Villeneuve continua sendo o diretor que não erra. Um filme esteticamente interessante, com boas atuações e a ideia certa para fazer a história funcionar. Um filme para ver mais de uma vez. - Jacídio Junior
Estava completamente fora do meu radar, mas foi uma grande supresa. Não sabia absolutamente nada sobre o filme ao entrar no cinema e foi muito agradável poder assistir a um longa que não menospreza a inteligência de seu público. Desde a boa montagem às atuações, A Chegada é certamente um dos melhores filmes do ano. - Aline Diniz
Com uma edição fora de série, esse filmaço de Denis Villeneuve oferece uma visão extaordinária sobre o aguardado primeiro contato entre humanos e alienígenas. Seu conceito, seu desenrolar e seu desfecho são fascinantes. - Bruno Silva
Nessa era de reboots misturados com continuação esse é o grande exemplo de filme que reinventa a franquia e a continua sem requentar a mesma história. E ajuda o fato de ser muito bem filmado também. - Marcelo Hessel
Urgente e representativo, o filme foi assunto dominante nas mídias, nos bares, nas mesas de família...obrigatório para entender o Brasil de hoje e o polarizado momento político. - Caio Soares
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Senti 2016 como um ano um pouco fraco nos cinemas (ainda não assistir A Chegada), mas tivemos pontos positivos como Deadpool e Animais Fantásticos e Onde Habitam, que é meu filme preferido do ano. Como Potterhead foi muito bom voltar ao mundo bruxo, mas o longa entrega mais do que isso: ao sair do núcleo escolar, a trama amadureceu demais. Ter personagens adultos permite que a história deixe de lado questões de formação de personalidade, etc., para mostrar problemas como trabalho, lei, entre outras coisas. J.K. Rowling fez uma ótima estreia como roteirista e a tendência é que os próximos filmes sejam ainda mais maduros. Um acerto enorme. - Camila Sousa
A animação stop-motion da produtora Laika (de Coraline e BoxTrolls) em seu melhor momento, numa história linda contada no cenário das lendas japonesas. - Marcelo Forlani
Apesar de ter sido lançado em 2015, o público brasileiro só pode ver o terror de A Bruxa esse ano. O perturbador conto de Robert Eggers consegue arrepiar e despertar calafrios sem apelar para recursos e sustos baratos. - Arthur Eloi
Rogue One: Uma História Star Wars
Apesar dos problemas com o "miolo" do filme, toda a sequência de guerra é um show à parte. Ter a possibilidade de ver Darth Vader no cinema foi surreal e o final mereceu palmas em pé, o último blockbuster do ano aqueceu meu coração. - Patricia Gomes
A Incrível Aventura de Rick Baker (Hunt for the Wilderpeople)
O filme de Taika Waititi é uma força da natureza. O diretor sabe como contar uma história sentimental e sincera. Seu senso de humor único percorre uma aventura inesquecível em uma paisagem deslumbrante. As atuações são impecáveis e marcantes, as piadas são certeiras, a narrativa é empolgante e a montagem ágil. Tivesse sido feito em Hollywood, seria o novo Goonies. Feito na Nova Zelândia, é um presente para todos que tiverem a sorte de passar algumas horas com Rick Baker. - Natália Bridi
TV
A quarta temporada de The Americans está entre as coisas mais incríveis que eu já vi na TV. Os roteiristas colocam Philip e Elizabeth contra a parede de uma forma tão eficaz, que é impossível não se sentir claustrofóbico assistindo. É raro ver uma série criar o nível de tensão apresentado aqui, e tudo é pontuado pelas belíssimas atuações de Mathew Rhys e Keri Russell. - Guilherme Jacobs
Desgarrada dos livros, a HBO finca o nome na história da TV mais uma vez. Agora, ensinando ao mundo como se faz fantasia na telinha. - Thiago Romariz
A última temporada mostrou que se trata de uma série progressista bastante interessante sobre mudanças de eixos políticos e de costumes, o que normalmente não é associado com fantasias medievais. - Marcelo Hessel
Ano de disputa muito difícil, a qualidade da TV está melhorando muito. Preciso muito citar Black Mirror, que teve uma temporada muito boa e BoJack Horseman, que voltou dando um tapa na cara de todos nós. A escolha final é entre Westworld e Game of Thrones, mas ainda assim fico com a segunda. O desafio de uma temporada sem livros foi grande, mas, ao mesmo tempo, parece ter dado liberdade aos showrunners, que fizeram um espetáculo na Batalha dos Bastardos. Foi TV com qualidade de cinema e isso é um marco incrível para a série. - Camila Sousa
Unir música e história é sempre interessante. Mas a maneira como o nascimento do hip hop é apresentado em The Get Down guia o espectador de uma forma muito interessante não só pela história da música, mas por uma parte da história de quem morava nas periferias norte-americanas naquele período. - Jacídio Junior
Como já havia dito no veredito sobre a série, fiquei receosa que ela não fosse dar certo e que pudesse até não acontecer depois dos problemas de produção. Os grandes nomes no elenco em conjunto com a pausa nas gravações para "ajustes no roteiro" tinham me deixado bem preocupada com o futuro da série, mas hoje vejo que tudo isso foi essencial para que ela pudesse caminhar tranquilamente pelos seus próximos anos. Westworld é um projeto que exige preparação antes da execução e acredito que as ditas cinco temporadas planejadas ainda têm muito a apresentar - e muitas reviravoltas por vir. - Aline Diniz
A estranha combinação de ficção científica com velho oeste de Westworld consagrou o seriado da HBO como um dos mais interessantes do ano ao combinar uma narrativa misteriosa com excelentes arcos de personagens. 2018 bem que podia chegar mais rápido. - Arthur Eloi
Bela surpresa que tivemos em 2016. Depois de tanto tempo em produção, valeu a pena esperar pela trama cheia de mistérios e incrivelmente bem atuada. Mais um ponto para as produções da HBO. - Patricia Gomes
Esqueça os mistérios. Ao final da sua primeira temporada Westworld mostrou que é muito mais do que uma fábrica de teorias de fãs. Com um valor de produção impecável, uma estrutura inteligente, um visual belo e intrigante e uam temática que vai além das perguntas e respostas, a série eleva as possibilidades narrativas na TV e celebra o sci-fi com gosto. - Natália Bridi
Trabalho impressionante de adaptação do livro da jornalista Daniela Arbex, o documentário da HBO é a obra mais incrível que vi neste ano. Sem rodeios, o filme escancara a desumanização institucionalizada em um hospício em Minas, no que foi um dos maiores genocídios da história recente do país. - Caio Soares
A quarta temporada devolveu vida a Frank Underwood (literalmente), mas, principalmente, firmou Claire como a verdadeira e merecida estrela da série. Afiada como nunca, a série fez o casal mais poderoso dos EUA retornar a sua melhor forma. - Bruno Silva
Os anos 80, que já foram chamados de "década perdida", provam mais uma vez que são prato cheio para criadores que viveram aqueles dias e sabem pegar tudo o que foi feito de melhor daquela época e criar algo novo. - Marcelo Forlani
GAMES
Apesar dos problemas, Final Fantasy XV é uma experiência inesquecível. Quando um jogo consegue te prender, tanto pelas mecânicas que apresenta quanto pelo trabalho emocional da história, ao ponto de te fazer esquecer dos defeitos, isso é um bom sinal. A jornada de Noctis, Gladio, Ignis e Prompto é marcada de momentos incríveis. A espera valeu a pena. - Guilherme Jacobs
Um fenômeno que ultrapassa a própria mídia. Ainda que seja composto por mecânicas simples e até ultrapassadas, é um jogo inesquecível - Thiago Romariz
Vício! Desde que o game da Niantic foi lançado saio de casa com meu celular na mão lançando pokébolas por aí. Melhor ainda quando meu filhos vêm junto atrás de Pikachus, Charmanders e... (os malditos) zubats! - Marcelo Forlani
O game tem defeitos e uma jogabilidade limitada, mas não há como negar a febre que foi em 2016. Um jogo que tem o poder de juntar neto e avô em uma mesma missão merece seu espaço no melhores do ano. - Patricia Gomes
Para sua edição de 2017, a EA botou em prática no Fifa a ideia mais óbvia que ninguém ainda havia tido: Criar um modo história com um jogador. E, apesar das repetições e outras limitações desse arco narrativo, é uma novidade muito boa que abre um mundo de possibilidades para a franquia. - Caio Soares
Há muito tempo não via uma nova propriedade intelectual estrear com tanta força como o jogo de tiro da Blizzard. Começando seu universo do zero, o game de tiro conseguiu a façanha de criar uma comunidade extremamente fiel apoiando-se apenas no enorme carisma de seus personagens e em uma sistema acessível e complexo ao mesmo tempo. - Bruno Silva
Enquanto os videogames caminham para um maior desenvolvimento narrativo, Doom se foca na jogabilidade e abraça o espirito rebelde do mais influente FPS da história para trazer uma confiante nova aventura que consegue ser sangrenta, frenética, desafiadora e, acima de tudo, muito divertida. - Arthur Eloi
LIVROS/HQs
A série limitada do Visão é a comprovação do talento emergente do roteirista Tom King, que sabe enxergar e examinar o que é ser um super-herói nos dias de hoje, e colocar em dúvida o vigilantismo sem moralismo. - Marcelo Hessel
Superman: American Alien
Fale o que quiser do Max Landis e seus filmes, é impossível negar que o roteirista, filho de John Landis, entende o Superman como poucos. Seu Homem de Aço é humano mas grandioso, poderoso mas vulnerável (das maneiras certas), gigante mas, ao mesmo tempo, alguém com quem você gostaria de sair e comer uma pizza. American Alien mostra exatamente o que faz do Superman o maior herói de todos os tempos. No fundo, no fundo, ele é como todos nós. - Guilherme Jacobs
Comecei a ler o livro, lançado originalmente em 2001 mas relançado pela editora Intrínseca no Brasil em outubro de 2016, devido à adaptação que sairá na TV em 2017 e foi uma excelente surpresa. Apesar de ter ficado velho devido às tecnologias da época, o livro não tem pressa e introduz aos poucos os deuses do título, sem necessariamente explicar quem são ou o que são. Assim como Shadow Moon, ficamos perdidos na situação, mas aceitamos rapidamente tudo o que está acontecendo como se fossem situações do cotidiano. Vale a leitura - Aline Diniz
Vozes de Tchernóbil
Vencedora do Nobel do ano passado, a escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexiévitch está tendo sua obra publicada pela Companhia das Letras. Vozes de Tchernóbil é um relato fiel e plural do pior acidente nuclear da história, e Svetlana consegue construir uma trama complexa e envolvente sobre um trágico episódio cercado de mitologia. - Caio Soares
Mônica - Força
Mais um ótimo lançamento do selo MSP Graphics. Bianca Pinheiro teve a difícil missão de reinterpretar a personagem mais famosa da Turma da Mônica e coloca a protagonista em uma situação em que sua força bruta não é solução. Apesar dos desafios, Bianca consegue construir uma trama sensível e tocante. - Caio Soares
Clube da Luta 2/ Saintia Shô
Li poucas coisas este ano, mas Clube da Luta 2 realmente me surpreendeu, pelo forma como as características de HQ foram usadas de forma a deixar a história mais fluída, de interagir com o público, além de ser uma sequência muito aguardada. Deixo o registro também da publicação do mangá Saintia Shô no Brasil. Como fã de infância de Os Cavaleiros do Zodíaco, é incrível ver as mulheres sendo as guerreiras agora. - Camila Sousa
Criminosos do Sexo Vol. 1 - Uma Estranha Habilidade
A HQ da Image publicada no Brasil pela Devir mostra um casal com a incomum habilidade de parar o tempo quando estão tendo um orgasmo. - Marcelo Forlani
Placas Tectônicas (de Margaux Motin)
Lançado este ano pela Editora Nemo, a história mostra o cotidiano de uma jovem divorciada com muito bom humor. É surpreendente a forma como a autora mistura ilustrações, fotografias e referências a cultura pop, deixando a obra dinâmica e divertida. Se você ainda não conhece, aproveite esta leitura despretensiosa. - Patricia Gomes
A reinvenção da Miss Marvel, uma leitura obrigatória, finalmente foi publicada no Brasil. Kamala Khan se encaixa perfeitamente no espírito da Marvel e sua história de origem é divertidíssima e atual. Além disso, o texto da roteirista G. Willow Wilson consegue ser, ao mesmo tempo, profundo e leve, trabalhando questões importantes sem transformar a narrativa em uma ladainha. - Natália Bridi
Memórias da Princesa - Os Diários de Carrie Fisher
Carrie Fisher faz muito mais do que confirmar seu romance com Harrison Ford no que acabou sendo o seu último livro. A atriz e escritora deixa aqui o legado de uma mulher inteligente, bem humorada e com uma sinceridade implacável. Passa a ser uma leitura obrigatória para fãs e qualquer um que esteja precisando ouvir umas verdades. - Natália Bridi
MÚSICA - Melhor Disco
The Getaway (Red Hot Chilli Peppers)
Em vários sentidos, The Getaway é bem diferente dos outros discos de RHCP, mas no fundo, é a mesma banda que todos nós amamos mostrando novas maneiras de misturar os ingredientes que vem usando há anos. - Guilherme Jacobs
Starboy (The Weeknd)
O pop do The Weeknd mistura hip hop e música eletrônica sem vergonha de errar, o que acontece inúmeras vezes. No entanto, o saldo é extremamente positivo. - Thiago Romariz
Opus (Eric Prydz)
Lançado no distante fevereiro, esse foi o disco de maior impacto. Não só pela música eletrônica, mas pela forma como o produtor conseguiu mostrar criatividade, por meio da união de estilos, peso e ampliar as possibilidades da sonoridade eletrônica graças a ideias originais e ousadas. É um marco para todos os amantes de música eletrônica e indispensável para quem quer conhecer um dos maiores nomes do segmento, principalmente por trazer uma das músicas mais inventivas e fora da caixa do segmento, "Opus". *Menção Honrosa: The Life of Pablo - Kanye West. Uma obra-prima de colagens e referências. Apesar de todos os problemas que Kanye West causa, suas músicas estão levando o Rap e o Hip Hop a um novo patamar. Seu último disco mostra que ele está muito à frente - no quesito produção sonora - de todos os seus concorrentes no mainstream. - Jacídio Junior
Trilha Sonora Westworld
Assim como a série, uma boa surpresa. Composta pelo excelente Ramin Djawadi, responsável também pelas trilhas de Game of Thrones e Círculo de Fogo, as músicas de Westworld são anacrônicas e ao mesmo tempo se encaixam perfeitamente no ambiente de faroeste do parque. A transformação de clássicos, como "Paint it Black", "Black Hole Sun" e "Back to Black", em músicas orquestrais emocionam e compõe o tom proposto pela produção. - Aline Diniz
Lemonade (Beyoncé)
Literalmente uma das maiores surpresas do ano, o projeto audiovisual da cantora misturou gêneros e diversas influências musicais em um caldeirão raivoso e cheio de ambição. A apresentação do single Formation durante o show do intervalo do Superbowl 50 em fevereiro foi um dos grandes momentos do entretenimento neste ano. - Caio Soares
Este álbum é a obra-prima da cantora. Lançado juntamente com um curta-metragem, foi aclamado por público, critica e traz o melhor do pop. Letras fortes, empoderadoras e ritmos marcantes mostram que Beyoncé domina este "jogo" e só tem a crescer dentro do show business. - Patricia Gomes
Revolution Radio (Green Day)
Como fã de longa data da banda, estava aguardando o retorno e o álbum veio empolgante, daqueles que conseguem captar as melhores características da banda. Desde os hits completos como 'Still Breathing', até baladinhas como 'Ordinary World'. O Green Day voltou em sua melhor forma e mostrou que ainda é relevante. - Camila Sousa
Blackstar (David Bowie)
Nenhum disco de 2016 é tão impactante e tão cheio de simbolismo quanto o trabalho de despedida do Camaleão do Rock, lançado dois dias antes de sua morte. - Bruno Silva
Bowie sempre fez da sua vida um espetáculo, então nada mais natural do que transformar a própria morte em uma obra de arte. - Natália Bridi
We Got it From Here... Thank You 4 Your Service (A Tribe Called Quest)
A Tribe Called Quest está de volta depois de um hiato em que todos apostavam no fim do grupo. E voltaram com um álbum mais uma vez cheio de camadas e participações especiais. - Marcelo Forlani
MÚSICA - Melhor Show
Ibeiy
Irmãs franco-cubanas com uma sonoridade que mistura música africana, cubana e alguma coisa de jazz. Não só o som delas é incrível como a conexão do público no momento. Um grande show. Menção Honrosa - Kubik. O espaço era tão incrível que todas as apresentações foram memoráveis. - Jacídio Junior
Toots and the Maytals no Cine Joia, SP
Primeira vez no Brasil de Frederick "Toots" Hibbert, que aos 74 anos já passou do seu auge, mas não perdeu a voz e continua sendo um dos maiores soulmen do mundo. Neste show e na figura de Toots dá pra entender todo o apelo que o gospel teve na fundação do ska e do reggae, e 50 anos depois esse apelo continua muito forte. - Marcelo Hessel
Wicked
Como não fui a nenhum show esse ano, vale indicar Wicked como o espetáculo musical que ele é. A peça, estrelada pelas excelentes Fabi Bang e Myra Ruiz, surpreendeu não somente pelas boas atuações e vozes, mas também pela adaptação impecável. Já havia visto Wicked na Broadway, em 2009; e em Londres, em 2015; mas essa nossa versão não perde em absolutamente nada para as outras duas - Aline Diniz
Popload Festival
O festival já merece muitos elogios pela estrutura excelente, boa localização e preços dignos. O lineup foi bem competente, com um belo show do Wilco - o primeiro em São Paulo - e uma rara chance de ver os Libertines com sua formação original. - Caio Soares
Guns N' Roses
Também não frequentei muitos shows, mas o Guns N' Roses fez uma passagem inesquecível pelo Brasil em novembro. Tudo fez do primeiro show em São Paulo especial: boa estrutura do Allianz Parque, público apaixonado, banda inspirada, clássicos o tempo todo... E ainda teve a chuva de novembro... Daqueles shows de contar para os netos. - Camila Sousa
Rolling Stones
Dos poucos shows que vi este ano, o mais marcante foi o de Mick Jagger, Keith Richards e cia. Mais de 50 anos de carreira e os caras têm mais presença, esmero e empolgação que muito roqueiro jovem. - Bruno Silva
Rammstein no Maximus Festival 2016
A primeira edição do Maximus Festival não deixou devendo a festival algum, o que foi pontuado por uma apresentação incrível do grupo de metal industrial alemão Rammstein. Com presença performática e pirotecnia de primeira, é fácil apontar o show como o meu favorito do ano e talvez da vida. - Arthur Eloi
Coldplay em São Paulo
Coldplay
Sim, a banda não é a mesma de antes, as músicas se tornaram um tanto quanto clichês, mas o espetáculo feito durante a performance ao vivo faz valer a pena a experiência. Com muitas cores e revisitando todos os sucessos da carreira, os quatro britânicos transformaram o Allianz Parque lotado em uma grande festa. - Patricia Gomes
Wilco em São Paulo
A primeira passagem da banda pelo país veio carregada de nostalgia e esmero técnico. Seja no palco do Popload Festival ou na acústica privilegiada do Auditório do Ibirapuera, Jeff Tweedy e Cia. trouxeram uma qualidade sonora impecável e souberam dosar a divulgação do novo álbum, Schmilco, com a vontade dos fãs de ouvir os clássicos da banda (inesquecível um show que você até "canta" com as guitarras). - Natália Bridi
PIORES DO ANO
Independence Day: O Ressurgimento
Eu preciso spoilar esse filme ok? Eu acho que ninguém se importa mas fica aqui o aviso. Spoiler! Minutos depois de "salvarem" o mundo (pelo menos umas 3 bilhões de pessoas morrem nesse filme), os heróis de Independence Day se juntam no meio de um deserto e gritam de felicidade, como se nada tivesse acontecido, que estão prontos para ir chutar bundas alienígenas em outro planeta. É só apontar qual ônibus vai para a estação "mais humanos morrendo!" e eles vão, afinal de contas essas pessoas não são personagens. Elas só existem pro Roland Emmerich ter uma desculpa pra explodir mais prédios. Ah, e qual é a do núcleo do vovô com as crianças no ônibus? Quem achou que aquilo ia ser uma boa ideia? O ritmo é terrível, o roteiro é mal construído, nada faz sentido, mas no final de tudo, depois de eventos que deviam ter significado o fim da humanidade mesmo com a derrota dos aliens, os heróis se juntam, sangue e fogo ao seu redor, e gritam de felicidade sobre como eles vão matar mais aliens numa continuação que, se tudo der certo, não vai acontecer. É assim, sem conclusão, que Roland Emmerich fecha o maior desastre que ele já dirigiu (e ele dirigiu o fim do mundo em 2012. - Guilherme Jacobs
Esquadrão Suicida
A decepção em forma de controle criativo. O que parecia ser um respiro para os filmes de herói se transformou em tudo que sempre abominou. - Thiago Romariz
Um arremedo de videoclipes disfarçado de longa-metragem. Me entediei no começo, dormi na metade e lamentei imensamente o final. - Bruno Silva
Drake Views
Não chega a ser o pior, mas dentro do que ele se propôs a fazer com single, "Hotline Bling" e o que ele entregou depois, não condiz com o material. Um conjunto de músicas fracas com algumas pérolas para salvar. - Jacídio Junior
Emburrecimento nacional
O estado de patrulhamento ideológico e de franco emburrecimento que se estabeleceu no Brasil e que culminou com a escolha do filme Pequeno Segredo para representar o país no Oscar 2017. - Marcelo Hessel
The Walking Dead
Fiquei extremamente decepcionada com The Walking Dead neste ano. A sétima temporada, que deveria ter sido a mais incrível até agora, só fez enrolar, apresentando apenas dois ou três bons episódios. Que a segunda metade me prove errada e ela acabe sendo tão épica quanto havia prometido ser. - Aline Diniz
Livros de Youtuber
Depois do fenômeno Kéfera, toda editora fez um livro de youtuber para chamar de seu, inundando o mercado com obras descartáveis e sem conteúdo relevante. O gênero foi um alívio nas contas de muita gente, mas faltou um pouco de carinho e profundidade nos lançamentos. - Caio Soares
Filmes de herói
Apesar de ser muito fã, sinto que os filmes de super-heróis foram as maiores decepções, exatamente porque todos tinham condições de entregarem coisas melhores ao público. No topo está Esquadrão Suicida, que chegou aos cinemas com uma montagem ruim, parecendo uma colcha de retalhos, mas Batman vs Superman também empolgou pouco, assim como Capitão América: Guerra Civil, que entregou mais do mesmo da Marvel, Doutor Estranho também seguiu esse caminho e X-Men: Apocalipse teve mais momentos de vergonha alheia do que de empolgação. Deadpool é uma exceção, por ter se arriscado mais, porém o gênero precisa melhorar muito nos próximos anos. - Camila Sousa
Despedidas
As tristes perdas de David Bowie, Leonard Cohen, Prince, George Michael, Carrie Ficher e tantos outros. - Marcelo Forlani
A ascensão do lado negro
“O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento” - a frase de Mestre Yoda responde a uma série de comportamentos vistos em 2016, seja na política, nas ruas ou nas redes sociais. Ignorância que causa intolerância. - Natália Bridi
Batman: A Piada Mortal (animação)
A adaptação do icônico arco dos quadrinhos não emplacou. Não só a animação é visualmente desagradável como também comete o erro de desvirtuar a Batgirl com um prólogo arrastado e desnecessário. Tinha potencial para ser ótima mas, infelizmente, o produto final é esquecível no melhor dos casos. - Arthur Eloi
50 Tons de Preto
Resolvi dar uma chance ao novo filme de Marlon Wayans, porém encontrei no cinema um festival de clichês preconceituosos e piadas apelativas. Os filmes do produtor e roteirista geralmente possuem certa dosagem de absurdo, mas este ultrapassou os limites do engraçado e não funcionou. O que esperar da paródia de um filme que já é ruim? - Patricia Gomes
Haters Back Off!
A Netflix, que é sempre tão aclamada pela qualidade das suas produções, vacilou na série da YouTuber Miranda Sings. Com personagens que não trazem nenhum tipo de empatia, uma trama vazia e duvidosa, não há vontade nenhuma de conferir a temporada completa. Parabéns para você que conseguiu passar dos primeiros episódios. - Patricia Gomes