Escolher entre vencer a Argentina no Oscar ou no campo de futebol é fácil para o diretor alemão Edward Berger. Mesmo tendo acabado de receber uma estatueta dourada por Nada de Novo no Front, eleito o Melhor Filme Internacional, ele foi categórico na entrevista coletiva, na noite de domingo (12): “é melhor ganhar da Argentina na Copa do Mundo”.
A declaração foi dada entre risos, já que o próprio cineasta admitiu que isso não é lá muito comum para a seleção alemã. Mas, para além da paixão pelo esporte, Berger revelou que nunca encarou a disputa pelo Oscar como uma rivalidade.
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“Estar na mesma sala que o Santiago [Mitre, diretor de Argentina, 1985], assistir a seu filme e vê-lo falar sobre ele não parecia competitivo. Fico muito mais pilhado em uma partida de futebol. Talvez soe sentimental, mas eu sentia algo bastante fraternal. Estávamos sentados lá e sabíamos que tínhamos feito o nosso melhor. No final, está nas mãos dos Deuses decidir quem ganha o que. E eu conheço o Santiago, adoro seu filme”, disse, sem antes voltar à rivalidade futebolística. “Estou ansioso para a próxima partida entre Argentina e Alemanha. Espero que a Alemanha leve essa!”.
Nada de Novo no Front levou a melhor na disputa de Melhor Filme Internacional, derrotando não só Argentina, 1985, como também Close (Bélgica), EO (Polônia) e The Quiet Girl (Irlanda). Anteriormente, a equipe do filme já havia falado sobre os desafios de recriar a Primeira Guerra Mundial para o longa.
O maior premiado do Oscar 2023 foi Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que venceu em 7 categorias, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção (Daniel Kwan & Daniel Scheinert) e Melhor Atriz (Michelle Yeoh). Atrás, vieram o alemão Nada de Novo no Front, com 4 vitórias, e A Baleia, com 2 – entre elas, a de Melhor Ator para Brendan Fraser.
A noite teve apresentação de Jimmy Kimmel, que fez piadas com a falta de representatividade entre os indicados e com o infame tapa de Will Smith em Chris Rock no ano passado.