Gorillaz, Pabllo Vittar e Paramore (Reprodução)

Créditos da imagem: Gorillaz, Pabllo Vittar e Paramore (Reprodução)

Música

Lista

Paramore, Pabllo, Gorillaz e mais lançamentos musicais imperdíveis de fevereiro

Shania Twain, Adam Lambert e Jason Mraz também entraram na lista

Omelete
1 min de leitura
28.02.2023, às 06H00.

Fevereiro veio e passou, e se você não saiu dos bloquinhos de Carnaval nem para ouvir os principais lançamentos musicais do mês, o Omelete ajuda: a lista da vez inclui canções imperdíveis de Paramore, Pabllo Vittar, Gorillaz (feat. MC Bin Laden!), Shania Twain, Jason Mraz, Rebecca Black e (representando o k-pop) StayC, KEY e WOODZ. Vem desfilar com o Unidos do Headphone!

“Too Much Music” - Jake Shears

O hiato do Scissor Sisters pode ter deixado muita gente órfã da marca específica da canção dançante que a banda americana fazia, mas o vocalista Jake Shears já está a caminho de seu segundo álbum solo realizando… bom, canções que poderiam muito bem ser do Scissor Sisters - e isso é um elogio! “Too Much Music” tem um gancho melódico irresistível, sintetizadores/cordas inspirados na disco e uma bridge calcada no gospel, mistura criativa que não deixa nada a dever para “Only the Horses” ou “I Don’t Feel Like Dancin”. Anota aí: o novo disco de Shears, Last Man Dancing, sai em 2 de junho.

“Blue Clue” - VIVIZ

Desde que surgiu como uma espécie de spin-off do finado GFriend, o trio VIVIZ tem lançado canções sofisticadas com ideias melódicas interessantes, mas produções que nem sempre deixavam o ouvinte plenamente satisfeito como apreciador de pop. O álbum VarioUS é certamente um passo adiante nessa questão, com o single “Pull Up” mostrando que as moças têm potencial para empolgar e as b-sides completando o trabalho com louvor, especialmente o jazz-eletrônico “Blue Clue”, com sua batida marcante e sua sessão de sopro abafada por filtros espertamente colocados. É k-pop sensual, adulto e irretocável.

“Out Yonder” - Elle King

Lá na minha lista de novembro, destacamos um dos singles de Elle King em antecipação do seu novo álbum - bom, o Come Get Your Wife saiu este mês, e nenhuma faixa o representa melhor do que “Out Yonder”. Autêntica em sua exploração do country, completa com banjos em destaque na produção, a canção é também acena para o passado da cantora no soul com uma melodia que explora bem a sua voz elástica e o seu jeito único de imprimir fúria, força e melancolia no mesmo verso. Isso sem contar, é claro, que “Out Yonder” vai te deixar morrendo de vontade de bater a bota no chão de madeira de algum saloon do Velho Oeste.

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“Say My Name” - 8TURN

Uma das estreias mais promissoras do k-pop em 2023 até agora, o 8TURN chegou deixando uma impressão forte com o balançado single “Tic Tac”, mas a melhor canção do grupo em seu primeiro álbum é outra: “Say My Name”. O refrão viciante em compasso de R&B, em junção com a produção que parte de um toque de teclado fofo e pesa sabiamente nos sintetizadores, nos coloca sob aquele tipo de feitiço pop que tem feito boy bands decolar as paradas de sucesso mundiais desde que o mundo é mundo. Fiquem de olho neles!

“The Hardest Stone” - Shania Twain

Quem diria que a combinação da rainha do country Shania Twain com o queridinho indie Tyler Joseph, do Twenty One Pilots, renderia a melhor canção de todo o novo álbum da cantora? “The Hardest Stone” fecha o Queen of Me com uma bem-vinda injeção de estilo e uma produção brilhantemente precisa assinada por Joseph e Paul Meany (do Mutemath) - teclados e corais recortados por cima do tom anasalado de Twain, pontuados por entradas discretas de sintetizadores e sopros. Esta é a exploração de gênero mais bem-sucedida do Queen of Me, que faz um esforço supremo - e pouco frutífero - para vender a hitmaker de “You’re Still the One” como diva pop eclética.

“Like a Saviour” - Ellie Goulding

Após algum tempo sem me impressionar com seus lançamentos, Ellie Goulding parece estar de volta aos trilhos - e ainda bem, porque ela é uma das vozes pop mais interessantes e distintas de sua geração. Na lista de julho do ano passado destaquei o single “Easy Lover”, e o novo “Like a Saviour” segue na mesma direção de resgatar o estilo dos épicos pop expressivos compostos por Ellie para seu primeiro álbum, o insuperável Lights. A melodia é a cara da britânica, caindo como uma luva para a sua voz entre esganiçada e rouca (mistura que só ela faz funcionar!), enquanto a produção evoca as experiências de Ellie com o mainstream eletrônico sem descambar totalmente para o descartável. O novo álbum, Higher Than Heaven, chega em 24 de março.

“Killer” - KEY

KEY realmente se colocou em uma posição difícil quando lançou a espetacular “Bad Love”, em 2021 - viver na sombra de uma grande canção pode não ser confortável, mas empurra a criatividade de um artista para extremos interessantes. “Killer” é a encarnação mais pura do new wave ressuscitado pelo qual o integrante do SHINee é tão fascinado: a bravata machucada da letra, os sintetizadores rasantes sobre os quais ele canta com senso dramático impecável, o refrão apoteótico. Tudo está no lugar certo, e “Killer” é obviamente muito melhor do que aquilo que os colegas de KEY no pop (com ou sem k-) estão fazendo. O fato de ela ainda ser uma criação menor do que “Bad Love” depõe mais sobre a genialidade de “Bad Love” do que sobre qualquer outra coisa.

“Misery Loves Company” - Rebecca Black

Que eu amei muito os singles lançados por Rebecca Black antes da liberação do álbum Let Her Burn não é novidade - eles apareceram nas minhas listas de músicas imperdíveis de janeiro e dezembro, afinal de contas. Acontece que o próprio disco também é brilhante, levando o som da ex-cantora teen na direção de um hyperpop sofisticado e viciante, representado perfeitamente por “Misery Loves Company”, com seus sintetizadores etéreos, seus vocais filtrados e sua melodia de refrão ágil. Mesmo com menos de 3 minutos de duração, Black consegue comunicar uma identidade musical indelével e insuspeita para quem ainda acha que ela é só a menina de “Friday”.

“Teddy Bear” - StayC

Já faz quase três anos que o StayC está aperfeiçoando a fórmula de fofura + produção e composição pop esmerada que faz “Teddy Bear” funcionar tão bem - e a forma como a canção se infiltrou inexoravelmente pela cultura pop coreana desde o seu lançamento mostra que elas estão ficando cada vez melhor nisso. O refrão em levada de bubblegum pop impecável se choca caprichosamente contra os versos carregados por um sintetizador etéreo, atingindo aquele equilíbrio almejadíssimo entre o grudento e o sofisticado. Mais teen do que “Run2U” e mais completa do que “Beautiful Monster” - e indo melhor do que ambas nos números de YouTube -, ela é a canção que solidifica a posição privilegiada do StayC na atual geração do k-pop.

“You First” - Paramore

Claro que eu não deixaria passar o lançamento do álbum This is Why na lista desse mês - aliás, já leu a minha crítica do ótimo novo disco do Paramore? Como inclusive citei por lá, “You First” é minha preferida da tracklist, tanto pelo veneno satisfatório da letra (Karma vai vir pegar todos nós/ Eu só espero que ela venha te pegar primeiro”) quanto pela mistura delicada de indie pop e dance punk da produção, ditada por guitarras dedilhadas graves e uma batida tão propulsiva quanto a dos maiores clássicos da banda. Se você quer saber o que é o This is Why em só uma música, “You First” é a pedida perfeita.

"Cadeado" - Pabllo Vittar

Impulsionado por um conjunto inicial de ótimas canções calcadas na experimentação eletrônica, o novo álbum de Pabllo Vittar, Noitada, perde um pouco da força na segunda metade - mas “Cadeado” segue sendo uma pérola, resgatando influências regionais que potencializaram o brilhante Batidão Tropical e misturando-as perfeitamente ao impulso mais recortado da produção do novo álbum. Com 2:48, é também uma das canções mais integrais dessa segunda metade do Noitada, encadeando (trocadilho proposital!) versos, refrões e bridges sem nenhum tropeço melódico. Mais disso, por favor, Pabllo!

“Imposter Syndrome” - Girli

Já faz quase uma década que a britânica Girli está lutando por um lugar ao Sol no cenário pop, e o status de heroína underground que ela adquiriu durante esses anos, especialmente enquanto sua música se tornava mais sofisticada com cada lançamento, é mais do que merecido. O novo single “Imposter Syndrome” encarna bem o apelo de Girli, com sua melodia grudenta, letra confessional que cutuca fundo aquela ferida autodepreciativa que existe em toda uma geração de late millennials, vídeo criativo produzido por pouco mais do que alguns trocados, produção limpa e dançante que vai do synthpop ao pop rock de forma confortável. Em suma: a moça merece um hit.

“Abyss” - WOODZ

A habilidade de ser um artista pop camaleônico e, ao mesmo tempo, nunca perder a identidade com a qual o seu público se identifica é uma que poucos dominam hoje ou já dominaram na história da música - mas talvez esteja na hora de admitir que WOODZ é um desses artigos raros. Só nos últimos dois anos, o cantor sul-coreano fez (brilhantemente!) pop rock sensual, synthpop machucado e emocore raivoso - agora, a aposta é no folk rock confessional idílico à la Baek Yerin com “Abyss”, primeiro single de um álbum que deve chegar nos próximos meses. Com este videoclipe hipnotizante e a voz aveludada de WOODZ liderando o caminho, pode apostar que estamos ansiosos para o disco.

“I Feel Like Dancing” - Jason Mraz

Sempre me entristeceu o absoluto marasmo criativo em que Jason Mraz entrou depois do sucesso colossal da adorável “I’m Yours” - com exceção de uma ou duas composições de beleza discutível, o americano parecia preso em tentativas débeis de repetir a mágica do seu hit. Pois olhem só: demorou 15 anos, mas o novo single “I Feel Like Dancing” parece trazer o mojo de Mraz de volta, trocando declarações de amor folk melosinhas por um épico de pista de dança ditado por sopros bem produzidos e até toques de sintetizador divertidos. A mistura de hip hop e pop nos versos segue a mesma, mas o cantor parece mais a vontade - inclusive, para expressar sua bissexualidade - em uma das canções mais contagiantes do ano.

“Hidden Side” - Hwang Min Hyun

Desde o fim do NU’EST, em 2022 (após uma década de sucesso no k-pop), o vocalista Hwang Min Hyun tem se provado o integrante mais naturalmente afeito à carreira solo. O sucesso como ator em Alquimia das Almas, hit da Netflix, desaguou no lançamento do primeiro álbum do cantor, encabeçado pela sofisticada e contagiante “Hidden Side” - dos sintetizadores rítmicos que dão o tom da canção desde o começo ao refrão explosivo, tudo aqui é ditado a favor do timbre granulado e agradavelmente agudo do cantor, um dos mais cristalinos e belos da indústria coreana. É o nascimento de um astro.

“Getting Older” - Adam Lambert

Se você tinha Adam Lambert gravando um excelente cover de Billie Eilish no seu bingo para 2023… primeiramente, parabéns. Segundamente, de onde você tirou isso? “Getting Older” aparece ao lado de canções de Duran Duran, Sia, Kings of Leon e Lana Del Rey na tracklist do High Drama, mas a versão do vocalista do Queen para a faixa que abre o álbum Happier Than Ever ainda se destaca pela forma como distorce e amplia a composição soul tímida de Eilish para transformá-la em um épico de guitarras e melismas indeléveis. Complete isso com um clipe ligeiramente bizarro em que Lambert aparece envelhecido por maquiagem, e pronto: um clássico instantâneo.

“Controllah” - Gorillaz feat. MC Bin Laden

O Cracker Island é meu disco pop favorito de 2023 até o momento - para uma exploração melhor dos motivos, clique aqui e leia minha crítica! -, mas nada na versão inicial do álbum se compara à genialidade de “Controllah”, parceria do projeto de Damon Albarn com o funkeiro MC Bin Laden. Por cima de uma uma levada irresistível criada por bateria eletrônica e baixo, o gancho melódico entoado pelo líder da banda e os versos precisos como um laser do cantor paulista fazem os 2:30 da canção passarem voando e deixarem aquele gostinho inconfundível de “quero mais”. Tragam o Damon de volta ao Brasil para produzir o álbum do rapaz!

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