Nós, filme de terror de Jordan Peele

Créditos da imagem: Nós/Universal Pictures/Divulgação

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Os melhores filmes de terror de 2019

O Farol, Midsommar, Nós e muito mais

27.12.2019, às 12H56.
Atualizada em 27.03.2020, ÀS 10H15

A década foi excelente para filmes de terror, que ganharam nova importância no cinema - seja no lado artístico ou no mainstream. O ano de 2019 dá uma desacelerada na quantidade de grandes lançamentos de peso, mas não decepciona com todo tipo de horror possível. Abaixo, listamos alguns dos melhores filmes de terror do ano!

Vale ressaltar que a lista considera tanto lançamentos internacionais quanto produções que só chegaram ao Brasil em 2019. Viu algo que não está na lista? Então deixe a sua recomendação nos comentários abaixo!

Nós

Com Corra! o diretor Jordan Peele demonstrou potencial, mas é em Nós que ele se estabeleceu como um dos principais nomes do terror moderno. Inspirado em contos bizarros de Twilight Zone e de Alfred Hitchcock, a trama acompanha uma família sendo confrontada por sósias violentos, passando então a descobrir todo um mundo de injustiças.

Climax

Chegando aos cinemas brasileiros (e a Netflix) só este ano, o suspense do polêmico Gaspar Noé pode fugir um pouco da definição clássica de terror, mas isso não faz menos traumatizante: ver um grupo de dançarinos lentamente abraçando o caos após tomarem um ponche festivo batizado é belo exércico em como criar tensão a partir de uma premissa tão simples.

Suspiria - A Dança do Medo

Assim como Climax, a reinvenção do clássico de Dario Argento pelas mãos de Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome) é do ano passado, mas só chegou ao Brasil em 2019. O remake foge do molde giallo do original e decide investir em uma estética mais surreal, narrando a chegada de uma dançarina americana à uma prestigiada academia de dança na Alemanha durante tempos caóticos - tanto pelo contexto político da época como também pela administração, composta inteiramente por bruxas poderosas em conflito interno.

Midsommar - O Mal Não Espera a Noite

Meramente um ano após sua estreia com Hereditário (2018), o diretor Ari Aster retorna para novamente traumatizar o público - dessa vez, a luz do dia. Inspirado por clássicos como O Homem de Palha O Massacre da Serra-ElétricaMidsommar é um filme de muitas facetas: é folk horrorslasher e trama sobre término de relacionamento. A combinação de tudo é um filme único, perturbador e que pede para ser assistido mais de uma vez.

Bliss

A produção independente, comandada por Joe Begos, é um dos filmes mais bizarros, violentos e degenerados do ano, seguindo o frenesi de sangue e drogas que a artista Dezzy (Dora Madinson) entra na esperaça de se livrar do bloqueio criativo. O longa tem sim vários problemas, como um roteiro truncado, mas esse não é o foco: sua estética de baixo orçamento, rodado inteiramente em 16mm, e a intensidade da sua ação criam uma experiência que fará você se sentir sujo quando os créditos começarem a subir.

Daniel Isn't Real

O segundo longa do diretor Adam Egypt Mortimer é uma trama de dissociação de personalidade, e narra o garoto Luke (Miles Robbins) sendo atormertando por Daniel, seu amigo imaginário de infância - vivido por Patrick Schwarzenegger. Além da ótima atuação do filho de Arnold Schwarzenegger, é um filme que gosta de levar as coisas para o lado esquisito, dando um toque sobrenatural à sua história sobre adolescência, identidade e masculinade tóxica.

Ready or Not

Talvez o mais próximo de um filme de terror da DisneyReady or Not é igualmente divertido e sanguinário. A premissa absurda mostra Grace (Samara Weaving) sendo forçada a passar por um jogo de esconde-esconde mortal para ser aceita na família de seu noivo. É uma produção que sabe não se levar a sério, mas que ainda se enquadra no tema de "diferenças entre classes" que marcou tantos outros filmes de 2019, como ParasitaAs GolpistasEntre Facas e Segredos e mais.

Morto Não Fala

O diretor Dennison Ramalho já havia comprovado seu potencial para traumatizar com os curtas Amor Só de Mãe Ninjas. Em 2019 ele conquistou os cinemas brasileiros - e o streaming norte-americano - com Morto Não Fala. Com forte identidade nacional, ambientado na periferia da zona leste de São Paulo, o conto sombrio segue Stênio (Daniel de Oliveira), um médico-legista com a capacidade de falar com os mortos - mas que eventualmente se revela como uma maldição. A década foi ótima para o terror brasileiro, e Morto Não Fala merece destaque não só por ser uma produção de peso, sem medo de chocar, mas por fazer tudo isso nas grandes redes de cinema ao invés do underground que filmes do tipo costumam circular.

Predadores Assassinos

Produzido por Sam Raimi (Evil Dead) e dirigido por Alexandre Aja (Viagem Maldita), Predadores Assassinos é um excelente exercício em concisão: poucos personagens, poucos cenários e uma premissa simples, de mostrar um pai e uma filha presos em uma casa infestada por crocodilos. O resultado é entretenimento de altíssima qualidade, em situações tensas e aterrorizantes. É um filme que não perde um minuto sequer com drama ou piadas fora de hora. Bônus para a atuação de Kaya Scodelario, que com certeza passou por maus bocados para garantir a autenticidade dessa produção que usou ao máximo efeitos práticos onde era possível.

A Noite Amarela

O terror de Ramon Porto Morta toma uma abordagem extremamente sensorial para narrar um grupo de jovens comemorando o fim da escola. A narrativa cede espaço para a criação de uma estética assombrosa, um medo surreal que evoca a forta inspiração do diretor no terror italiano, mas que também soa bastante como as obras de David Lynch. O filme não se preocupa em compensar a tensão ou dar respostas, e é isso que torna A Noite Amarela tão estranho e memorável.

O Farol

Enquanto o novo filme de Robert Eggers só chega oficialmente em 2 de janeiro de 2020O Farol teve sessões no Brasil durante a Mostra Internacional de Cinema. Eggers já provou seu potencial com o excelente A Bruxa, e agora retorna com um terror ainda mais anormal e excêntrico. O filme mostra dois marinheiros encarregados da manutenção de um farol, e logo demonstra como o pouco convívio humano em meio ao isolamento extremo pode levar a insanidade. Entre atuações exageradas e excelentes de Robert PattinsonWillem Dafoe, e o diálogo rebuscado que o cineasta tanto gosta, O Farol é uma experiência única de cinema, um terror cósmico para traumatizar ao invés de só assustar.

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