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Filmes
Crítica

Eagles of the Republic desperdiça grande premissa com filme previsível e cansado

Fares Fares não consegue escapar da direção pouco inspirada de Tarik Saleh

Omelete
3 min de leitura
22.05.2025, às 09H30.
Cena de Eagles of the Republic (Reprodução)

Créditos da imagem: Cena de Eagles of the Republic (Reprodução)

No papel, a premissa de Eagles of the Republic é irresistível. O maior astro do cinema no Egito, George Fahmy (Fares Fares como uma mistura de George Clooney e Bruce Willis) recebe uma oferta aparentemente incrível: a de interpretar o presidente do seu país. A questão é que o político está longe de ser um herói. Seu partido governa através de censura e derramamento de sangue, e Fahmy não tem interesse algum em se aliar com essas pessoas, quanto mais celebrá-las em sua arte. O problema, claro, é que ele não terá escolha.

Na prática, o diretor Tarik Saleh encena esse suspense político, um que une a tensão da arte suprimida com a carga política de uma nação em polvorosa, sem aproveitar quase nada do que o gênero tem a oferecer. Se o filme até consegue nos pegar em seus primeiros minutos, quando George é forçado – devido a uma ameaça de morte contra seu filho – a dançar com burocratas e generais e vamos descobrindo esse mundo secreto junto com ele, a progressão do roteiro, previsível e repetitivo, impede que todo esse preparo resulte em algo significativo.

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Esta condução – agravado pela presença de filmes superiores sobre a vida debaixo de regimes e ditaduras no Festival de Cannes 2025, como O Agente Secreto e It Was Just An Accident – é broxante, já que examinar o jogo de cadeiras de um governo que aparenta estabilidade mas está à beira do caos através dos bastidores do entretenimento é uma ideia pra lá de promissora, e as melhores cenas de Eagles of the Republic vêm justamente ao unir os dois lados dessa moeda.

Cena de Eagles of the Republic (Reprodução)
Cena de Eagles of the Republic (Reprodução)

Acima de sua integridade pessoal, George valoriza o que ele vê como uma carreira livre de filmes ruins, e por isso quer que a cinebiografia do presidente resulte, de alguma forma, em outro produto de qualidade. Quando ele esbarra no Dr. Manssour (Amr Waked), um agente de inteligência enviado para garantir a “factualidade” da produção, os adversários artísticos e políticos se tornam um só.

Fora disso, o filme sofre para gerar faíscas. Acompanhamos, por exemplo, o ator indo de mulher em mulher – escondendo sua disfunção erétil da jovem Donya (Lyna Khoudri); lutando para manter as aparências do casamento com a esposa de quem está separado; arriscado tudo num caso com Suzanne (Zineb Triki), esposa do secretário de defesa; tentando ajudar a colega de profissão Rula (Cherien Dabis) a evitar consequências por sua rebeldia. Em nenhum desses relacionamentos ou situações, porém, Eagles of the Republic demonstra o dinamismo, seja ele interior ou cinematográfico, necessário para nos engajar.

Pelo contrário, a direção de Saleh, que até dá alguns vislumbres de vida quando as balas começam a voar no terceiro ato, é cansada e inerte. O cineasta filma Eagles of the Republic de forma tão removida que até Fares, um ator que tipicamente transborda carisma e encarna facilmente o papel de uma superestrela, parece estar entediado com seus diálogos. Não ajuda que o texto, também escrito pelo diretor, tome sempre as decisões mais previsíveis. Olhe para o pôster de Eagles of the Republic logo abaixo deste texto, e você enxergará o tipo de filme que George Fahmy adoraria fazer: cheio de intriga e sensualidade. A realidade, infelizmente, é o oposto disso.

Nota do Crítico

Eagles of the Republic

Eagles of the Republic

2025
127 min
País: Suécia
Direção: Tarik Saleh
Roteiro: Tarik Saleh
Elenco: Zineb Triki, Fares Fares, Amr Waked, Lyna Khoudri
Onde assistir:
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