A Piada Mortal, Capuz Vermelho e mais: As várias origens do Coringa

Créditos da imagem: Divulgação/DC Comics;Warner Bros;Divulgação/DC Comics

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A Piada Mortal, Capuz Vermelho e mais: As várias origens do Coringa

Filme solo cria uma nova história para o Palhaço do Crime

03.10.2019, às 09H33.
Atualizada em 12.04.2021, ÀS 22H21

Embora o diretor Todd Phillips tenha confirmado que Coringa não segue nenhuma HQ, a produção continua a tradição de mostrar os primórdios do Palhaço do Crime, conhecido por não ter uma história oficial definida. Em quase 80 anos de existência, o maior oponente do Cavaleiro das Trevas já ganhou várias origens tanto nos quadrinhos quanto em outras mídias como cinema e animações. Confira abaixo 8 dos mais importantes pontos de partida do Arlequim do Ódio:

O Homem Que Ri

Divulgação/Universal Pictures;Reprodução dc cOMICS

O Coringa surgiu na primeira edição da HQ do Batman como um lunático criminoso vestido de Palhaço que matava com um soro que deixava suas vítimas com um macabro sorriso. A aparência do vilão foi fortemente inspirada em O Homem Que Ri, filme baseado no romance de Victor Hugo. A produção trouxe o ator Conrad Veidt como Gwynplaine, um garoto que após ser condenado pela corte inglesa por uma traição cometida por seu pai passa por um procedimento cirúrgico que mutila seu rosto, obrigando-o a "sorrir para sempre". O visual de Veidt unido à direção do expressionista alemão Paul Leni conferiram um visual assustador ao personagem, que acabou servindo de base para os quadrinistas Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson.

O Homem do Capuz Vermelho

Divulgação/DC Comics

Mais de uma década após surgir nas HQs, o Coringa ganhou sua primeira origem na história O Homem do Capuz Vermelho, de 1951. Na trama, o Batman é convidado para dar aulas de criminologia em uma faculdade e passa para seus alunos um caso que ele mesmo não conseguiu resolver. Durante meses, o herói perseguiu um assaltante vestindo um capuz vermelho, que durante um roubo a uma fábrica de baralhos, acaba caindo em um tonel de produtos químicos e some sem deixar rastros. O misterioso paradeiro do bandido passa a ser investigado pelos estudantes que conseguem capturar-lo e revelam que se trata de ninguém menos do que o Coringa.

O Palhaço explica ao Batman e a seus alunos que era um capanga da máfia que realizava roubos com o capuz até seu fatídico encontro com o Cavaleiro das Trevas, pois o contato com os produtos químicos afetou sua pele e seus cabelos, tornando-o um palhaço de forma permanente. Aceita como a origem oficial do vilão, essa trama foi incorporada décadas depois por Alan Moore na icônica HQ A Piada Mortal.

Vítima de seu bisavô

Reprodução/DC Comics

Surfando na popularidade adquirida através de sua participação na série de TV dos anos 1960, o Coringa ganhou uma HQ própria em 1975. A revista consistia em aventuras do Palhaço do Crime dando golpes em heróis do Universo DC como Arqueiro Verde e outros vilões da galeria do Batman, como o Duas-Caras. Na quinta edição, o palhaço se declara bisneto de um grande pintor para recuperar “O Homem Risonho”, sua mais valiosa obra de arte. Durante a trama, ele conta uma triste história sobre anos de abuso sofrido de seu bisavô que pregava pegadinhas que constantemente passavam dos limites. De acordo com sua história, seu visual é resultado de uma dessas “travessuras”, após seu antepassado aplicar uma tinta experimental em sua pele. No fim, ele revela a seus capangas que tudo não passava de encenação para ter acesso as pinturas em exposição. Embora descartada na própria publicação, essa história trouxe uma introdução ao conceito de o Coringa não ter uma origem definitiva.

Vale notar que em sua história fictícia, o vilão afirma se chamar Arthur, nome do personagem de Joaquin Phoenix no filme solo.

A Piada Mortal

Reprodução/DC Comics

Conhecida como a história definitiva do Coringa, A Piada Mortal apresenta a mais aceita origem do Palhaço do Crime. Na trama criada por Alan Moore e Brian Bolland, um comediante mal-sucedido é contratado pela máfia para realizar um roubo na Ace Chemicals, uma usina nuclear em que trabalhava como assistente de laboratório. Mesmo trajando um capuz vermelho para ocultar sua identidade, o crime dá errado graças à interferência do Batman e o bandido acaba caindo em um tonel de produtos químicos que acabam por modificar sua aparência - e destruir sua sanidade - para sempre.

O enredo parcialmente adapta os acontecimentos de O Homem do Capuz Vermelho, mas cria uma trágica origem que envolve o fracasso na comédia e a morte de sua esposa grávida. Porém, Moore deixa em aberto a possibilidade de a história não ser exatamente essa, já que o vilão não tem certeza de que os eventos aconteceram dessa maneira, afirmando que se lembra dos acontecimentos de diversas formas diferentes e que se precisa ter um passado, prefere ter “múltipla escolha”, podendo escolher o que mais lhe agrada.

Jack Napier

Divulgação/Warner Bros.

O Batman chegou aos cinemas em 1989 no filme de Tim Burton. O grande antagonista do filme é o Coringa, interpretado por Jack Nicholson, que parcialmente adapta a clássica origem do personagem como um gângster que é perseguido pelo Homem Morcego e acaba caindo em um tanque de produtos químicos. Entretanto, a produção toma um rumo diferente e liga a identidade civil do vilão à origem do herói. No longa, ele se chama Jack Napier e foi responsável por assassinar Thomas e Marta Wayne, pais de um garoto chamado Bruce Wayne, que decide dedicar sua vida a combater o crime graças ao luto causado pela perda.

Essa origem foi incorporada em diversos quadrinhos, que passaram a tratar a identidade civil do Coringa pelo nome de Jack Napier.

O Coringa do Futuro

Divulgação/WB Animation

A animação Batman do Futuro imagina Gotham 40 anos após a aposentadoria de Bruce Wayne, em que o vigilante passa seu manto para o jovem Terry McGinnis. A série ganhou seu próprio filme animado, chamado O Retorno do Coringa, que surge nesse futuro inexplicavelmente sem ter envelhecido um dia sequer. Durante a trama, McGinnis descobre que Tim Drake, o terceiro Robin, foi sequestrado pelo Coringa e transformado em uma versão do Palhaço do Crime graças a um chip em seu cérebro.

Além de manter a tradição do Arlequim do Ódio de atingir o Batman através de seus Robins, a animação cria uma versão própria do antagonista.

"Sabe como eu consegui essas cicatrizes?"

Divulgação/Warner Bros.

Batman - O Cavaleiro das Trevas, o segundo filme da trilogia de Christopher Nolan, apresentou uma das mais celebradas versões do Coringa, interpretado por Heath Ledger, que incorpora a dinâmica de não definir uma origem correta para o vilão. No filme, o Palhaço do Crime conta diversas histórias a respeito de como conseguiu as cicatrizes em seu rosto que criam um falso sorriso.

Na primeira, ele afirma que seu pai abusivo chegou a em casa bêbado, assassinou sua mãe com uma faca e “abriu um sorriso” com a lâmina enquanto perguntava “por quê está tão sério?”. Já na segunda vez, ele conta que se auto-mutilou para inspirar sua esposa, que teve seu rosto retalhado por agiotas, a sorrir.

Fim de Jogo

Reprodução/DC Comics

Durante o arco Fim de Jogo, o Coringa cria uma nova origem que o estabelece como um mal ancestral. Na trama, os aliados do Batman encontra diversos registros de que um “Homem Pálido” esteve presente em diversos momentos de calamidade na história de Gotham. Essa figura misteriosa está presente em momentos como desastres, acidentes e cenas do crime, levando o Homem Morcego a acreditar que talvez seu arqui-inimigo seja uma espécie de personificação do mal que assola a cidade.

Em uma história paralela à trama principal, o Palhaço do Crime se disfarça como um médico do Asilo Arkham e apresenta diversas histórias sobre sua origem à outras pessoas. Para os pacientes ele se revela como demônio, robô, e até mesmo um agente criado para substituir o Batman.

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