Após Veneza, Colin Farrell e Cate Blanchett saem na frente na corrida pelo Oscar
Apesar de vitória surpreendente do Leão de Ouro, festival segue indicando fortes candidatos para a premiação
Créditos da imagem: TÁR/Focus Features/Reprodução
A 79ª edição do Festival de Veneza por ter surpreendido com a escolha do grande vencedor do Leão de Ouro. Entre tantas produções elogiadas, poucos apostaram no documentário All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras, sobre a vida, a obra e o ativismo da fotógrafa Nan Goldin, que lutou para que o nome da família Sackler fosse retirado de alas e placas de museus. Mesmo assim, é inegável que a premiação e a recepção dos filmes no evento seguem apontando os títulos que ainda devem fazer barulho até o Oscar, e o próprio filme de Poitras tem chances na categoria documentário no prêmio mais famoso do cinema mundial.
Aproveitando o encerramento do Festival de Veneza, confira a seguir quais outros filmes selecionados pelo evento devem cavar uma vaga no Oscar 2022:
Bones and All
Bones and All, que ganhou o Leão de Prata de direção para Luca Guadagnino e o Marcello Mastroianni de melhor ator ou atriz jovem para Taylor Russell, certamente conquistou visibilidade com os prêmios. Não é exatamente um filme que costuma agradar à Academia, mas pode abocanhar alguma indicação.
The Banshees of Inisherin
Já The Banshees of Inisherin, de Martin McDonagh, dificilmente fica de fora da lista. Depois do prêmio em Veneza, uma indicação de Melhor Roteiro Original é certa. Colin Farrell, que ganhou a Coppa Volpi de ator, praticamente garantiu seu lugar entre os cinco indicados. Brendan Gleeson também deve figurar entre os coadjuvantes.
Tár
Cate Blanchett, que levou a Coppa Volpi de atriz por Tár, já tem uma mão na estatueta dourada — seria seu terceiro Oscar. Ela, que é sempre ótima, aqui faz um dos melhores, senão o melhor, trabalhos de sua carreira como uma maestrina da Filarmônica de Berlim.
The Whale
Mas não são só os premiados que têm chances. Apesar de ter saído sem troféus de Veneza, The Whale é o tipo de filme que agrada à Academia. E a narrativa de volta por cima de Brendan Fraser é irresistível. Ele merece, mas seria muito bom ver Hong Chau na lista de coadjuvantes. Ela arrasa como a amiga que cuida, mima, ama e por vezes odeia Charlie, o homem obeso que tenta se redimir de um erro.
The Son
Outro que ainda tem boas chances apesar da falta de prêmios é Hugh Jackman por The Son, de Florian Zeller. O filme dividiu opiniões e foi considerado muito pornô de tragédia por muitos, mas depende um pouco do que vem pela frente.
Blonde
E Ana de Armas? Também é o tipo de história que a Academia ama: ícone do cinema, caracterização perfeita, atriz jovem em ascensão. Mas depende um pouco da força de Blonde até lá. Não é uma biografia tradicional.
Ruído Branco
Já Ruído Branco, de Noah Baumbach, não empolgou. Se fosse um filme mais acessível, poderia ter chances.
Não se Preocupe, Querida
No caso de Não se Preocupe, Querida, periga o drama fora da tela engolir o drama da tela. É uma pena, porque Florence Pugh merece muito ser indicada. O filme, porém, não empolga e pode carregar a atriz com ele.