Ana Clara Benevides, a estudante universitária que faleceu após passar mal durante o inaugural show de Taylor Swift no Brasil, no Rio de Janeiro, foi vítima de exaustão térmica provocada pelo calor. Conforme detalhado no laudo de necropsia divulgado pelo g1, a fã da cantora enfrentou condições de calor extremo, com a temperatura ultrapassando os 40ºC, durante o espetáculo.
Ana Clara sofreu uma parada cardiorrespiratória e, apesar de ter sido levada ao hospital, não resistiu. A morte aconteceu durante o show do dia de 17 de novembro no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, que reuniu mais de 60 mil espectadores. O perito concluiu que a jovem estava exposta ao calor difuso, indicando condições extremas no ambiente, de maneira indireta.
O laudo também detalhou que a causa da morte foi hemorragia alveolar, indicando o rompimento dos vasos sanguíneos nos pulmões, e congestão polivisceral, que representa a paralisação de vários órgãos devido à exposição difusa ao calor.
Dias após a morte da fã, a T4F, a produtora responsável pela organização do evento, se manifestou sobre a tragédia. Em vídeo publicado nas redes sociais, o CEO Serafim Abreu fez um breve depoimento lamentando a tragédia e afirmou que a empresa está tomando medidas para não cometer novos erros.
O CEO disse estar ciente das mudanças climáticas no mundo e afirmou que repensar toda a atuação do setor é necessária para evitar novas tragédias em shows. Ele ainda se desculpou pela demora em se manifestar e justifica dizendo que seus esforços estavam em incorporar os aprendizados após o caso no show de Swift.
Ana Clara Benevides Machado morava em Mato Grosso do Sul e cursava psicologia na Universidade Federal e Rondonópolis. Ela morreu no Hospital Salgado Filho, para onde foi transferida após o atendimento da equipe de paramédicos do local.