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Um dos Nossos - Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Drama sobre infertilidade tem boa premissa, mas execução ruim

21.10.2007, às 00H00.
Atualizada em 06.12.2016, ÀS 07H00

Partindo de uma excelente e irônica idéia, aqui desperdiçada, o drama Um dos Nossos (One of Our Own) tem uma premissa que supera em muito as habilidades dos envolvidos na sua produção, especialmente as do diretor Abe Levy.

A trama, cheia de reviravoltas, começa com um casal desesperado por filhos sofrendo com a informação de que sua barriga de aluguel perdeu o bebê. Mas o contrato prevê seu alto pagamento mesmo nesse caso - assim, Diane e Stellan ficam sem dinheiro para uma nova tentativa. Mas ela, enfermeira, conhece uma mulher que leva a vida sendo barriga de aluguel para casais sem advogados ou contratos, portanto, por muito menos dinheiro.

Segue-se uma série de acontecimentos que provam os porquês da necessidade de uma certa burocracia no processo. O filme explora os sentimentos de todos os envolvidos e o roteiro, fora uma "saída pela direita" ao finalzinho (o excesso de conflitos abertos forçou uma saída fácil), é muito bem contruído. O problema é a execução.

A produção é totalmente novelesca, com uma fotografia sem qualquer atrativo ou textura. Fica limpa demais, feito um telefilme. Tudo muito óbvio e desinteressante. O elenco, formado por Matthew Lillard (sim, o Salsicha de Scooby-Doo), Josh Randall, Kate Beahan e Claire Rankin, também não ajuda. Falta força nas atuações (especialmente Randall, que faz a mesma cara o filme todo...). Curiosamente, Lillard não é o problema. Ele está bom como o chefe panaca de Stellan.

Se passar na TV é um programa decente... mas no cinema, dispense.