Cena de A Menina Que Matou os Pais

Créditos da imagem: Amazon Prime Video/Divulgação

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Carla Diaz exalta importância de ensaio em cenas de filmes sobre Caso Richthofen

Segundo a atriz, muitos dos momentos do filme foram repensados em ensaios

Omelete
3 min de leitura
27.09.2021, às 16H08.
Atualizada em 28.02.2024, ÀS 00H47

O coração de tanto A Menina Que Matou os Pais quanto O Menino Que Matou Meus Pais é a relação conturbada de Suzane von Richthofen (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt), em cenas espelhadas que ilustram as diferenças entre as versões de cada um sobre os assassinatos de Manfred e Marisia, pais da garota. Em entrevista concedida ao Omelete, Diaz revelou que algumas dessas passagens do filme tomaram forma definitiva só nos ensaios para as cenas, indo além do que estava no roteiro escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes.

"Foi muito importante o processo de construção de personagem junto com ao nosso diretor, Mauricio Eça, e à Larissa Bracher, nossa preparadora de atores", explicou a atriz. "Muitas das cenas que você vê no filme partiram dos ensaios, e talvez não estivessem até roteirizadas exatamente daquela forma. Então, isso [a preparação como os personagens] foi essencial para a gente como [ferramenta no] trabalho artístico".

Diaz ainda falou mais sobre os desafios da produção, destacando a passagem de tempo nos filmes. Suzane e Daniel namoraram por três anos até os crimes acontecerem, e o julgamento só foi encerrado quatro anos depois das mortes de Manfred e Marisia. "Foi muito desafiador construir esses personagens, principalmente por conta da passagem de tempo. O tribunal, por exemplo, tem um distanciamento de época que é muito grande, por isso que eu digo que a gente acaba interpretando três personagens. Não são só as personalidades que mudam [de versão para versão], mas há também esse amadurecimento", concluiu.

A atriz já havia falando anteriormente sobre as "três versões" de Suzane que interpreta em A Menina e O Menino. "Foi como se eu interpretasse três versões dela, porque nós temos dois filmes que contam o mesmo caso, sob dois olhares diferentes, fora que em um deles, nós temos a personagem narrando em tribunal. Ou seja, o tribunal são anos depois, com uma outra perspectiva, então eu acho que essa personagem também acaba tendo uma abordagem diferente", adicionou.

Focados exclusivamente nas versões de Daniel Cravinhos e Suzane von Richthofen, cada longa tem aproximadamente 80 minutos de duração e conta um ponto de vista diferente da história do casal de namorados. Os roteiros têm como base informações contidas nos autos do processo que terminou com a condenação dos dois pela morte dos pais de Suzane.

Segundo a equipe criativa do filme, a decisão de lançar duas produções foi a solução encontrada para que o material seja fiel ao que é narrado nos documentos. O plano inicial era que ambos os filmes fossem exibidos em sessões alternadas nas mesmas salas de cinema, o que foi descartado com a pandemia da covid-19.

A produção dos filmes não têm nenhuma relação com Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos e se baseia inteiramente nos depoimentos que estão nos autos do processo. Com isso, eles não receberam dinheiro da produção e não receberão nada após o lançamento.

A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais têm direção de (Apneia e Carrossel) e roteiro assinado por Ilana Casoy, criminóloga, escritora e maior especialista em serial killers do Brasil, juntamente com Raphael Montes, escritor brasileiro de literatura policial.

O elenco traz ainda Allan Souza LimaKauan CeglioLeonardo MedeirosVera ZimmermannAugusto Madeira, Debora DubocMarcelo VárzeaFernanda ViacavaGabi Lopes e Taiguara Nazareth. Para o papel de Suzane, Carla Diaz afirmou que se inspirou em produções como Laranja Mecânica e O Silêncio dos Inocentes.

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