Carla Diaz e Leonardo Bittencourt em cena de A Menina Que Matou os Pais

Créditos da imagem: Amazon Prime Video/Divulgação

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Filmes sobre Caso Richthofen foram rodados em 33 dias, detalha Carla Diaz

Omelete conversou com a atriz e com co-protagonista dos filmes, Leonardo Bittencourt

Omelete
3 min de leitura
23.09.2021, às 21H22.
Atualizada em 28.02.2024, ÀS 00H47

É difícil de acreditar, mas as quase três horas somadas dos dois filmes sobre o Caso Von Richthofen que estreiam nesta sexta (24) no Amazon Prime Video foram rodadas em só 33 dias. Quem revelou isso foi a atriz Carla Diaz, em entrevista concedida ao Omelete ao lado do co-protagonista Leonardo Bittencourt, sobre o trabalho em A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais. Juntos, eles recriam em duas versões o romance entre Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, que resultou nos assassinatos do pai dela, em 2002.

"Foi uma experiência muito desafiadora, com certeza, ainda mais se tratando de um caso real, que chocou o Brasil, que é extremamente estarrecedor e muito marcante", afirmou Diaz sobre o processo de encarnar a ré confessa e assassina condenada. "Ele choca ainda até hoje a sociedade, todo mundo tem milhões de questionamentos sobre essa história, e eu acho que é um desafio não só para mim, como atriz, como para todo mundo da produção, ainda mais fazer dois filmes em um período de só 33 dias, com certeza foi algo bem diferente que eu já fiz na minha profissão", desenvolveu.

Segundo a atriz, o processo de filmar dois filmes em pouco mais de um mês foi um "intensivão", especialmente considerando que muitas das cenas eram sempre feitas obrigatoriamente mais de uma vez, alternando entre a perspectiva de Daniel a de Suzane sobre um mesmo fato. "A gente teve de ter muita concentração, pois não éramos só nós, atores, que mudávamos a chavinha para mudar a atuação, mas a equipe toda. A direção de arte mudava, até a fotografia de um filme para o outro acaba tendo muita diferença. São dois filmes sobre o mesmo caso, só que completamente diferentes", explicou.

Todo esse empenho valeu a pena para Bittencourt. "Para mim, desde o momento que surgiu a oportunidade de fazer o teste, eu sabia que seria um divisor de águas", lembrou o ator. "Porque, como a Carla falou, é um crime de dimensão nacional. Eu sou de Manaus, e lá o caso repercutiu tanto quanto no resto do Brasil, então eu sabia que seria uma grande responsabilidade, o tanto que seria desafiador. E, bom, para a minha carreira, eu sinto que era a oportunidade que eu precisava abraçar e separar meu julgamento, porque a gente precisava contar essa história, e para contar essa história, a gente tem que se atentar aos fatos".

Cada longa tem aproximadamente 80 minutos de duração e conta um ponto de vista diferente da história do casal de namorados. Os roteiros têm como base informações contidas nos autos do processo que terminou com a condenação dos dois pela morte dos pais de Suzane.

Segundo a equipe criativa do filme, a decisão de lançar duas produções foi a solução encontrada para que o material seja fiel ao que é narrado nos documentos. O plano inicial era que ambos os filmes fossem exibidos em sessões alternadas nas mesmas salas de cinema, o que foi descartado com a pandemia da covid-19.

A produção dos filmes não têm nenhuma relação com Suzane Von Richthofen Daniel Cravinhos e se baseia inteiramente nos depoimentos que estão nos autos do processo. Com isso, eles não receberam dinheiro da produção e não receberão nada após o lançamento.

A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais têm direção de Maurício Eça (Apneia e Carrossel) e roteiro assinado por Ilana Casoy, criminóloga, escritora e maior especialista em serial killers do Brasil, juntamente com Raphael Montes, escritor brasileiro de literatura policial.

O elenco traz ainda Allan Souza Lima, Kauan CeglioLeonardo MedeirosVera ZimmermannAugusto MadeiraDebora DubocMarcelo VárzeaFernanda Viacava, Gabi Lopes e Taiguara Nazareth. Para o papel de Suzane, Carla Diaz afirmou que se inspirou em produções como Laranja Mecânica e O Silêncio dos Inocentes.

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