A adaptação de The Last of Us nunca teve medo de alterar o material original para melhor explorar o formato episódico da série da HBO. A história foi remodelada de diversas formas para construir camadas em volta de personagens, dar contextos dramáticos a alguns eventos e estender arcos que, assim como no episódio três do primeiro ano - focado em Bill e Frank -, fizeram com que fãs se afeiçoassem ainda mais à produção. No quinto episódio da segunda temporada, exibido neste domingo (11), contudo, esta fórmula não surtiu o mesmo efeito.
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Veja bem, não é que nada deu certo neste episódio. As liberdades criativas usadas pelo showrunner Craig Mazin nos deram mais detalhes do passado de Dina (Isabela Merced), algo que os fãs nunca viram no jogo da Naughty Dog. Ao abrir mão de grande parte da ação do gameplay de Seattle, onde Ellie (Bella Ramsey) e Dina encaram vários membros da W.L.F, a série explora mais a relação entre as duas e segue a aposta no drama.
Sem grande parte do gameplay, os arcos envolvendo Jessie (Young Mazino) e, principalmente, Tommy (Gabriel Luna) foram sufocados, para não dizer escanteados. A falta de participação do irmão de Joel (Pedro Pascal) nesta segunda temporada é uma das principais críticas dos fãs dos jogos, e o peso de sua ausência é ainda mais sentida neste episódio, onde o encontro entre estes personagens precisa ser acelerado para abrir o caminho para o grande plot twist da reta final.
Sem muito espaço para enrolação, o roteiro recorre ao deus ex machina para fazer com que Ellie encontre o famigerado hospital que é palco de uma das principais cenas de The Last of Us Part 2. O encontro com Nora (Tati Gabrielle) não só expõe o lado mais sombrio da protagonista, como também serve como uma correção de rota ao revelar pela primeira vez o poder dos esporos, que nos jogos já são conhecidos desde a Parte 1.
Por mais que o duelo entre Ellie e Nora tenha o impactado necessário e salve o quinto episódio de ser um tiro que saiu pela culatra, parece pouco para uma série que pode se gabar de ter poucos pontos negativos desde a sua estreia. Esta, certamente, será uma das passagens mais controversas desta segunda temporada de The Last of Us.
A série da HBO conta com roteiro e direção de Craig Mazin (Chernobyl) e do diretor dos games da Naughty Dog, Neil Druckmann. A segunda temporada vai começar a contar a história de The Last of Us Parte II, o segundo game da franquia. Este, diferente do primeiro jogo que ocupou a primeira temporada inteira, vai ser adaptado em mais de uma temporada.
Como novidades do elenco, a segunda temporada tem Kaitlyn Dever como Abby, uma soldado em busca de vingança por aqueles que ama, Isabela Merced como Dina, interesse amoroso de Ellie, e Young Mazino como Jesse, com quem Dina tem um passado. Os três personagens importantíssimos para a história do jogo, e devem ser essenciais para a série também.
Danny Ramirez (Top Gun: Maverick), Tati Gabrielle (Uncharted: Fora do Mapa), Ariela Barer (How to Blow Up a Pipeline) e Spencer Lord (Riverdale) também foram escalados para o novo ano da série. Eles viverão os amigos de Abby na história. Ramirez será o otimista Manny, enquanto Gabrielle fará Nora, uma médica assombrada pelo seu passado. Barer fará Mel, uma jovem médica que lida com a realidade do tribalismo, e Lord será Owen, um homem gentil no corpo de guerreiro.
Por fim, a segunda temporada contará com Jeffrey Wright (Ficção Americana) como Isaac, mesmo personagem que ele deu vida no jogo.
The Last of Us exibe novos episódios em todos os domingos. Faltam apenas dois para o fim da segunda temporada.
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