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Roger Waters exibe "Ele não" em telão antes da proibição legal

Músico acatou o horário limite para manifestação determinado pela justiça do Paraná; coligação de Bolsonaro pediu inelegibilidade de Haddad por turnê do músico britânico

27.10.2018, às 15H03.
Atualizada em 28.10.2018, ÀS 10H38

[Atualizado 28/10] Depois de receber uma notificação proibindo manifestações políticas a partir das 22h de sábado, véspera da eleição, Waters acatou a decisão do MPE, fazendo seu protesto 30 segundos antes do horário limite. No telão no palco, foram exibidas as frases "Essa é a nossa última chance de resistir ao fascismo antes de domingo. /Ele Não!/ São 10:00/ Obedeçam a lei" - veja o vídeo aqui. [Fim da atualização]

Divulgação

 A Justiça Eleitoral do Paraná mandou advertir as produções de grandes eventos, incluindo o show de Roger Waters, sobre sobre a restrição de manifestações políticas em Curitiba a partir das 22h deste sábado (27), dia que antecede as eleições. O músido se apresenta na capital  paraense a partir das 21h30 deste sábado (via G1/Folha de S.Paulo). 

A decisão assinada pelo juiz eleitoral Douglas Peres é baseada em um pedido do Ministério Público Eleitoral. No pedido, o MPE pede que todos os envolvidos no show, além de Waters, sejam notificados sobre a proibição de exibir "dístico, hashtag ou qualquer outra conduta que configure propaganda de apoio ou de repúdio". No documento, Peres explica que, conforme a legislação eleitoral brasileira, qualquer manifestação eleitoral é permitida até as 22h do dia que antecede o pleito. A notificação foi enviada à produtora do show que, procurada pelo G1, alegou que o show acontecerá normalmente. 

Waters tem se manifestado publicamente desde o seu primeiro show em São Paulo, colocando o candidato Jair Bolsonaro na sua lista de neo-fascistas - saiba como foi a apresentação em SP. O show segue a postura que a turnê Us + Them assumiu desde o o início, apresentando também duras críticas ao presidente dos EUA Donald Trump. Na apresentação em Salvador, Waters homenageou Moa do Katendê (veja aqui) e no Rio de Janeiro prestou homenagem à Marielle Franco (saiba mais).

O músico também é citado no pedido de inelegibilidade do adversário de Fernando Haddad (PT) feito pela coligação do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que alega propaganda irregular durantes os shows do ex-integrante do Pink Floyd no Brasil. "As imagens nas quais o candidato Jair Bolsonaro é comparado com um dos grandes ditadores do mundo são de extrema gravidade e demonstram a premeditação e o explícito propósito de denegrir sua imagem e causar nos telespectadores/fãs uma forma de repulsa, pela evidente campanha negativa, o que não condiz com a realidade", diz o documento. Segundo a equipe do candidato à presidência, além da exibição da hashtag #EleNão, as homenagens ao mestre Moa do Katendê e à Marielle Franco, associariam os crimes ao candidato - leia mais.

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