Alaqua Cox em cena de Eco (Reprodução)

Créditos da imagem: Alaqua Cox em cena de Eco (Reprodução)

Séries e TV

Entrevista

Atriz de Eco celebra “momento importante” para filmes e séries nativo-americanos

Alaqua Cox comemora que “as pessoas certas” estejam contando essas histórias nas telas

Omelete
2 min de leitura
06.01.2024, às 06H00.

2023 foi um ano e tanto para a representatividade nativo-americana nas telas. De um dos filmes de maior prestígio do ano (Assassinos da Lua das Flores), passando pelo final elogiadíssimo de uma série de comédia premiada (Reservation Dogs) e pelo início de um novo hit de audiência (Dark Winds), o ano foi coroado pela expectativa em torno do lançamento de Eco, série da Marvel protagonizada pela atriz nativo-americana Alaqua Cox, que promete dominar as conversas sobre cultura pop em janeiro.

Em entrevista ao Omelete, Cox reconhece a significância desse momento: “Ter esses filmes e séries por aí, e ver as pessoas discutindo cada um deles, é muito importante. Até porque todos esses títulos que você mencionou contam com pessoas nativo-americanas na frente e atrás das câmeras. Ou seja, as histórias que eles querem narrar estão sendo narradas pelas pessoas certas.

Esse não era o caso enquanto Cox estava crescendo, na reserva indígena de Menominee, no estado de Wisconsin (EUA), durante os anos 1990 e 2000. “Quando eu era mais jovem, tudo o que via em termos de representatividade nativo-americana nas telas era desrespeitoso, e normalmente os personagens eram interpretados por atores que não eram nativo-americanos”, aponta ela.

Esse elemento da nossa série significa muito para mim. Estamos trabalhando com pessoas nativo-americanas - e, aliás, surdas - para representar de forma certa essas populações”, continua ela. Além de Cox no papel principal, Eco conta com a roteirista nativo-americana Rebecca Roanhorse, veterana das HQs da personagem, e com um elenco cravejado de astros e estrelas de ascendência indígena, como Chaske Spencer (Crepúsculo), Devery Jacobs (Reservation Dogs), Tantoo Cardinal Graham Greene (Dança com Lobos).

Tantoo Cardinal em cena de Eco (Reprodução)
Tantoo Cardinal em cena de Eco (Reprodução)

Eu sei que isso significa muito para a comunidade nativo-americana, principalmente porque ainda somos muito pouco representados na cultura pop”, define Cox. “A oportunidade de contar as suas próprias histórias, ver a si mesmos e à sua cultura na tela, é inestimável. Acho que ainda precisamos trabalhar para aumentar a quantidade de filmes e séries que contam essas histórias, mas fico feliz de dizer que estamos chegando lá!”.

Eco estreia no dia 9 de janeiro no Disney+ e no Star+, com todos os cinco episódios disponibilizados simultaneamente nas duas plataformas.

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