Machine Gun Kelly no Lollapalooza

Créditos da imagem: Divulgação

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Machine Gun Kelly faz show empolgante para o público brasileiro no Lollapalooza

Músico norte americano mostrou que sabe misturar bem o saudosismo millenial e a energia gen z

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3 min de leitura
25.03.2022, às 21H06.
Atualizada em 26.03.2022, ÀS 00H47

Para muitos fãs de música, existem comparações que são feitas naturalmente ao ter contato com o som de Machine Gun Kelly.

Paramore, My Chemical Romance e Blink 182, possivelmente sejam os nomes que surgem mais fortes nessa dinâmica. Depois que tiramos isso da frente, pode-se dizer que o músico norte-americano é de uma safra de artistas que entendeu como aproveitar o saudosismo millenial em conjunto com a empolgação da geração Z.

MGK navega por um terreno bem conhecido, principalmente, para quem tem mais de 30 anos e cresceu com a intensa influência das sonoridades radiofônicas criadas pelos e para os jovens dos Estados Unidos, mas que sempre chegam com força em outras partes do mundo.

O show no Lollapalooza começou antes mesmo do artista subir ao palco. Ainda com tudo apagado, pontualmente às 19h, o público foi dominado por uma das faixas mais potentes do My Chemical Romance ("Welcome to the Black Parade" ) e daí pra frente todos estavam na mesma frequência.

Assim que as luzes se acenderam, Machine Gun Kelly, abriu o caminho do show com "Ticket to My Downfall", seguido pelo clássico "Te amo, Brasil", mais fogo e fogos como cartão de visita.

Confessou estar impressionado com o público -- "Nunca vi tanta gente assim em um show, em toda minha vida" -- e seguiu, fumando e conversando em quase todos os intervalos possíveis, exalando uma rebeldia clássica, quase caricata, mas ainda assim interessante.

Desde as primeiras faixas de seu setlist era possível ver que a plateia estava curtindo bastante. Ali estavam jovens — que cantavam as faixas com toda a força — casais, famílias e até os fãs do Strokes. Uma mistura que poucos artistas são capazes de conquistar.

À medida que a frequência subia, aproveitou para reforçar que seu novo disco, Mainstream Sellout tinha sido lançado nesta sexta-feira (25). Sem dúvida, um daqueles momentos em que músico e público podem se conectar e lembrar onde estavam. Não é sempre que um dia como este acontece, e MGK parecia estar empolgado para fazer as pessoas ficarem com a mesma energia que ele mostrava no palco

"Hoje é dia do lançamento do meu disco e eu estou com os meus amigos de 10, 14 anos. A gente esperou a vida toda para ter um momento como esse e ser headliner de um festival como este", reforçou.

Na música, não dá para negar que seus momentos mais brilhantes e intensos acontecem quando ele alterna entre o flow rapper e as guitarras do emo ou ainda quando emula vocais à lá Mark Hoppus. Isso ficou ainda mais nítido quando MGK prestou reverência a "todos os grandes nomes" que vieram antes dele na indústria e soltou a cover de "Misery Business", do Paramore.

Por fim, depois de pouco mais de uma hora em um trajeto que compreendeu o que seu público buscava, falando sobre a paz, subindo nas tendas de som, elogiando a plateia, ele iniciou uma contagem regressiva de três faixas para fechar a noite e saiu do palco com "Party Valentine", deixando um gosto muito bom de "quero mais".

Assim, com um caminho seguro, sabendo muito bem o que queria apresentar e como se conectar com seu público, Machine Gun Kelly entregou uma apresentação empolgada e empolgante para seus fãs e também para os não iniciados.

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