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Split Fiction é a prova de que o GOTY 2024 ficou em boas mãos

Mais um título para amantes dos games se agiganta perto de projetos ambiciosos

Omelete
3 min de leitura
17.03.2025, às 14H52.

Escolher o Jogo do Ano nunca é fácil. Em nossa redação, os votos são decididos em uma reunião que dura horas e envolve discussões, votações internas e eventuais xingamentos pessoais. É quase impossível ter unanimidade quando Geoff Keighley anuncia o vencedor do principal troféu do The Game Awards, ano após ano — Baldur’s Gate 3 e Elden Ring, talvez, sejam as maiores exceções. Em 2024, a comoção com o prêmio de Astro Bot foi diversa: boa parte da internet discordou fervorosamente do prêmio, enquanto outros encontraram razão na escolha. Em 2025, Split Fiction provou que o GOTY do ano passado ficou em boas mãos.

O jogo de Josef Fares passou das duas milhões de cópias vendidas em uma semana, dando sobrevida a uma EA que passa por sérias dificuldades quando se fala de grandes marcas: EA FC 25 não foi um sucesso comercial; Dragon Age: The Veilguard muito menos. Com muito menos orçamento e escopo, a Hazelight Studios produziu outro game digno de concorrer entre os gigantes, e nem é a primeira vez que ela faz isso.

Em 2021, It Takes Two levou para casa o troféu mais importante do ano contra uma concorrência que não era tão hostil quanto será a de Split Fiction em 2025. Ainda assim, isso não diminui o sucesso da aventura cooperativa, que foi uma das primeiras a se destacarem com a proposta de homenagear os videogames como instituição.

Com outra ambientação e enredo, a Hazelight incrementou a receita e entregou outro sucesso absoluto com Split Fiction. A narrativa de um game pequeno com homenagens a outros clássicos da indústria, que se destaca em uma empresa conhecida por projetos grandes, é bem familiar, não é?

Astro Bot
Divulgação/Sony

Astro Bot foi revelado em um dos piores State of Play da memória recente, abrindo a temporada de anúncios de 2024 no final de maio. Sem muito alarde, o jogo já seria lançado em setembro do mesmo ano, com a própria Sony fazendo pouco caso — afinal, a empresa disse que não teria grandes projetos first party para serem lançados em 2024.

Poucos meses depois, os responsáveis por Astro Bot subiram ao palco para encerrar uma edição histórica do The Game Awards, e não deixaram de agradecer… à Nintendo, que inspirou o game com sua influência indiscutível no gênero de plataforma.

As mensagens de ódio foram quase imediatas. Como a proeza gráfica de Black Myth: Wukong não era suficiente para vencer um simples robôzinho? Por que projetos de altíssima escala como Final Fantasy VII Rebirth e Metaphor ReFantazio não saíram vencedores? Porque a indústria precisa, cada vez mais, de pessoas que gostam de jogar videogame, e Astro Bot é feito para elas.

Chegamos a um ponto em que é impossível opinar sobre qualquer título sem escutar algo sobre cultura woke, representatividade forçada ou qualquer outra maluquice que tem tanta validade quanto a existência do Papai Noel. Josef Fares, por sinal, sempre teve homens protagonizando seus jogos, e ao colocar duas personagens que representam suas filhas em Split Fiction, foi chamado de lacrador e afins.

O novo título da Hazelight, assim como Astro Bot, é um jogo para quem gosta de jogar videogame. É indiscutível que a maluquice pirotécnica encontrada em Split Fiction é feita com maestria, como diria o próprio Fares, e qualquer pessoa que sentar para jogá-lo sem deixar pré-conceitos embaçarem sua visão irá se divertir bastante.

Split Fiction não deve vencer o troféu de GOTY em um ano que promete entregar GTA 6 e já teve Monster Hunter Wilds, mas tem qualidade de sobra para ao menos assustar a concorrência na temporada de premiações. Astro Bot, por outro lado, provou que em um ano sem muitas unanimidades, canalizar a essência dos videogames é suficiente para vencer, de forma merecida, o troféu mais importante do ano.

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