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Games
Crítica

Kirby Air Riders faz tudo de novo, e mais um pouco

Sugar nunca foi tão rápido

Omelete
5 min de leitura
Sods
19.11.2025, às 08H00.
Atualizada em 19.11.2025, ÀS 13H51

Apesar de mais de duas décadas terem se passado, parece que nada mudou para a mente por trás da bolinha rosa, Masahiro Sakurai. Kirby Air Riders é, em sua maioria, o jogo original feito de novo, com mais sabor e estilo, que só o Nintendo Switch 2 consegue entregar, mas ao que me parece, faltou um pouco de sustância nessa mistura.

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Quem não ama o Kirby é maluco, ponto. Sendo um fã da Nintendo ou não, ninguém pode negar que a bolinha rosa que suga tudo é uma das maiores preciosidades dos games. Mais uma vez, o personagem se encontra nas pistas de corrida em Kirby Air Riders, depois de mais de 20 anos do lançamento do seu antecessor no GameCube.

Assim como o original, Air Riders é dividido em alguns modos de jogo: Rali Rasante, Prova Urbana, Vista Aérea e Pé na Estrada — o último sendo novidade para a franquia. Todos os modos que retornam são praticamente iguais aos que eram antes, e o Pé na Estrada é uma amálgama deles. Uma ideia que tinha potencial, mas sua execução falhou como um carro velho.

O Rali Rasante é o clássico modo de corrida. Poucas voltas pelas lindas pistas do jogo, com a opção de correr contra o cronômetro. A Vista Aérea é quase a mesma coisa, mas com uma mudança: ele é composto por várias pistas simples, que são vistas de cima, como um pequeno autorama.

A Prova Urbana é a mais complexa dos três. Nela, os pilotos são jogados em um mapa aberto de cidade, em uma espécie de mata-mata. São dados alguns minutos para acharem uma máquina que gostem e juntar melhorias para ela, todas espalhadas pelo ambiente. Isso tudo ao mesmo tempo em que sofrem ataques dos outros competidores. Essa corrida armamentista serve para os pilotos se prepararem para competir em diversos minigames, que são bastante divertidos, e corridas normais.

Kirby Air Riders
Divulgação/Nintendo

A junção de todos os modos de jogo, com a adição de um pequeno enredo e poucas cutscenes, tornam Pé na Estrada o modo história de Kirby Air Riders. Ao escolher um corredor somos levados a uma sequência de onze diferentes fases, com biomas distintos, onde repetimos como um dia da marmota todas as variações que o jogo tem nos outros modos. Isso segue até perdermos a conta se é o 15º Rali Rasante que acabamos de concluir, ou se é o 20⁰.

A aventura dura em média duas horas, e se fosse além poderia ser facilmente categorizada como um novo tipo de tortura. Entenda, cada uma das onze fases são compostas por treze segmentos de gameplay dos modos citados anteriormente, com a adição que cada um dura de 30 segundos a um minuto, resultando numa progressão que cai na mesmice muito antes da metade.

Kirby Air Riders
Divulgação/Nintendo

A facilidade de dez das onze fases também não faz muito para prender a atenção do jogador. Se esse modo de jogo fosse mais como um roguelike, com runs de 30 minutos, em vez de duas horas, acredito que Pé na Estrada seria muito mais agradável, mas não é o caso.

Excluindo alguns encontros diferenciados com chefões, o modo história de Kirby Air Riders é uma repetição infinita de si mesmo, que mais faz um desserviço a todas as qualidades que o jogo traz. A história, que é muito simples, tem momentos bons, mas ela também cai na armadilha do contexto em que está inserida. Ver uma cutscene de um minuto depois de repetir o evento “Derrote o Rival” pela nona vez, não agrega em nada na mente exaurida do jogador.

O modo online traz mais variedade. Além de uma fila ranqueada, a criação de lobby também traz elementos fofos de socialização e competições em time, que são muito legais. E é claro, temos a clássica tela dividida do coop local, que sai um pouco por baixo devido a poluição visual que a alta velocidade do jogo proporciona.

Kirby Air Riders
Divulgação/Nintendo

No meio de todos esses modos, estão as recompensas de cada um deles. Sempre que uma conquista é recebida, o jogo abre um mosaico que é preenchido com mais uma peça, e algo novo é liberado, assim como seu antecessor. Há muitos personagens, pranchas e outros cacarecos para liberar, e seguindo a proposta estética, a sensação de desbloquear um novo piloto é a mesma de conseguir um lutador em Super Smash Bros. Ultimate, o jogo anterior de Sakurai.

Tudo aqui é velocidade, seja os segmentos do Pé na Estrada, até mesmo a contagem da largada. Saí com um sentimento de que o jogo quer prender sua atenção no momento a momento, e não nas longas horas de gameplay.

De uma forma um tanto estranha, parecia que eu estava me punindo por jogar demais o jogo, já que a experiência ficava extremamente cansativa em diversos momentos. Provavelmente falta uma cadência melhor de desafios e conteúdos mais robustos, para balancear com a pressa que o jogo tem.

Kirby Air Riders
Divulgação/Nintendo

Kirby Air Riders vence na sua simplicidade superficial, mas possui uma enorme profundidade, seja nos veículos, nas pistas e em cada corredor com seus poderes únicos, mostrando um potencial escondido. Com suas qualidades e tropeços, tem algo que o jogo não erra, o seu visual. Tudo é lindo, principalmente as pistas, que rodam perfeitamente no Switch 2.

A trilha sonora também não deixa barato. A adição do narrador em Português do Brasil, e todos os textos localizados, trazem o toque final para imergir o jogador no mundo da sugada veloz.

Kirby Air Riders
Divulgação/Nintendo

Kirby Air Riders acerta em todos os pontos do seu antecessor, porém peca nas partes que tenta inovar. O jogo possui desafios supérfluos no seu modo história, e uma menor evolução de seus demais sistemas, fazendo suas qualidades se perderem. Um marasmo de modos de jogo que são legais em primeira instância, mas que não perduram, diminuem a potência que um jogo da bolinha mais fofa da Nintendo poderia ter.

Nota do Crítico

Kirby Air Riders

Kirby Air Riders

20.11.2025
Corrida
Desenvolvedora: Nintendo
Publicadora: Nintendo
Classificação: LIVRE
Plataformas: Nintendo Switch 2
Testado em: Nintendo Switch 2

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