Desenvolvido pela Rebellion, Atomfall se passa em uma zona de quarentena 5 anos após um desastre nuclear. Ambientado na década de 60 em uma zona rural da Inglaterra, o título é principalmente um jogo de ação com alguns elementos de sobrevivência. Tivemos a oportunidade de testar o jogo em um evento online via Parsec, o que implicou em algumas dificuldades técnicas de conexão e lag, mas ainda assim foi possível aproveitar mais de uma hora e meia de gameplay de um jogo aparentemente bem polido.
Atomfall se baseia na exploração e combate em primeira pessoa, e seu personagem é um dos sobreviventes do desastre em uma área fechada que sucumbiu ao caos. Você está, então, à procura de respostas e de uma forma de escapar. Monstros se escondem em túneis, cultistas apareceram e criaram acampamentos e tudo isso deixa muitas perguntas. Esse mistério vai guiar muito a linha narrativa enquanto você estiver jogando e explorando diversos locais do mapa semi-aberto.
Os elementos de sobrevivência vem em segundo plano. Não é preciso comer ou tomar água e os alimentos servem apenas para recuperar vida. Há um sistema de crafting e é necessário procurar por recursos — seja para fazer receitas ou obter munição, que é escassa e difícil de encontrar. A princípio, o manejamento de inventário pode parecer um problema, mas a sua mochila só é ocupada por equipamentos - como armas, itens de cura, bombas e afins - enquanto munição e outros materiais ficam separados, deixando o formato um pouco menos engessado.
Falando do preview em si, começamos em um lugar no meio do nada com algumas anotações no inventário para seguir em uma direção. No inventário havia uma variedade de itens, incluindo diversas armas a distância e corpo a corpo, itens de cura e bombas. É possível ter até quatro itens nos atalhos do teclado e você pode usar um detector de metais para encontrar objetos enterrados no chão.
O jogo é totalmente single-player e não tem outras mecânicas de sobrevivência como, por exemplo, construir uma base. O objetivo é conversar com os diversos NPCs e encontrar notas enquanto recebe telefonemas misteriosos de alguém desconhecido. A promessa da narrativa é que você pode seguir por diversos caminhos que podem trazer inúmeras informações, dependendo de quanto explorar. É importante juntar as peças desse quebra-cabeças para chegar nas respostas que procura, e entender o que realmente está acontecendo. Para tornar essa tarefa mais leve, o mapa é bem interessante e tem diversos locais escondidos para explorar, rendendo boas recompensas.
Os inimigos podem ser abordados de duas maneiras diferentes: na furtividade ou no combate direto. Parece ser bem difícil evitar todos os combates e não muito necessário - depois de explorar algumas instalações militares, foi possível encontrar munição suficiente para enfrentar todos os cultistas que apareceram a partir dali. O jogo também possui um sistema de habilidades interessante que permite que o jogador foque nas habilidades que mais usa, dando uma certa versatilidade.
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Um dos grandes atrativos do jogo é com certeza a narrativa com os diversos mistérios para descobrir e a possibilidade de vários caminhos que se interconectam. A exploração é agradável e acontece de forma natural, com áreas bem interessantes que podem prender a atenção do jogador por bastante tempo. Inclusive, parece haver uma quantidade considerável de horas de conteúdo já que é quase impossível seguir de um ponto ao outro em linha reta, sem ter que desviar de inimigos poderosos ou se distrair com uma área secreta. O título indica ter um grande potencial e ser bem intrincado, com uma narrativa refinada e cenários bem polidos. Se essa promessa for cumprida no lançamento, Atomfall pode ser um dos grandes jogos de 2025.
