Especial X-Men | 25 anos do filme que reinventou o gênero de heróis
Em 18 de agosto de 2000, os mutantes chegavam aos cinemas do Brasil. Relembre X-Men: O Filme
Créditos da imagem: 20th Century Studios
O Omelete completa 25 anos agora em 2025, assim como o gênero dos filmes de heróis. Tudo bem, sabemos que X-Men: O Filme (2000), de Bryan Singer não foi o primeiro, e muito menos o melhor, exemplo de uma adaptação, mas ele inaugurou um momento em que as HQs passaram a ser uma matéria-prima importantíssima e constante para Hollywood. X-Men, no mínimo, abriu a era moderna desse tipo de cinema.
Até aquele momento, víamos um Superman com Christopher Reeve aqui, ou um Batman com Michael Keaton ali, mas mais comum era ver muitas oportunidades desperdiçadas em produções que não faziam jus às aventuras que buscávamos semanalmente nas bancas de revistas. X-Men chegou, em 2000, pouco depois de projetos amaldiçoados como o Capitão América ou o Quarteto Fantástico dos anos 1990.
Falando naquela década, alguém pode argumentar que MIB - Homens de Preto (1997) ou Blade (1998) foram os reais pioneiros deste momento, mas sejamos sinceros: quase ninguém sabia que os agentes secretos que monitoram aliens ou o caçador de vampiros de Wesley Snipes vinham de histórias em quadrinhos. O que mudou o status quo foram mesmo os mutantes. A partir de X-Men, essa página foi virada. Os filmes viraram trilogias e, depois, grandes franquias e até universos cinematográcios.
Roupa de couro, elenco de primeira
Uma das mudanças necessárias para que os filmes baseados em HQs deixassem de ser "coisa de criança" e fossem consumidos por públicos cada vez maiores começou um ano antes, em Matrix (1999). Desavergonhadamente inspirado em conteúdos nerds como os animes e ficções-científicas, o filme das Wachowskis colocava seus heróis em roupas de couro ou vinil. Bryan Singer fez igual e trocou os collants amarelos dos quadrinhos por algo muito parecido com macacões de motociclistas. E funcionou!
Outra decisão importante tomada por Singer na época foi a de começar... do começo! Deixando de lado que X-Men #1, com capa do Jim Lee, vendeu 8,5 milhões de cópias em 1991, o cineasta conta sua história como se ninguém tivesse a obrigação de saber quem eram Wolverine, Ciclope, Jean Grey e cia. E realmente, ninguém tinha! Logo no começo, ele explica o que são as mutações e vai apresentando seus personagens e seus dilemas.
E aqui entra outro acerto: o elenco. Apesar de um Wolverine alto e bonito interpretado por um então desconhecido Hugh Jackman, os dois principais líderes, Professor Charles Xavier (Patrick Stewart) e Erik "Magneto" Lehnsherr (Ian McKellen), eram interpretados por atores respeitados e conhecidos. Stewart vinha de sete temporadas de Jornada Nas Estrelas: A Nova Geração (Star Trek: The Next Generation, 1987 - 1994) e McKellen tinha acabado de fazer O Aprendiz (Apt Pupil, 1998), com o próprio Singer, sido indicado ao Oscar por Deuses e Monstros (Gods and Monsters, 1999) e estava prestes a ser Gandalf na trilogia O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings, 2001-2003). Como disse: eram nomes conhecidos, mas foi a partir de X-Men, que os dois mudaram de patamar.
Onde você estava em 18 de agosto de 2000?
Foi nesta data, há exatos 25 anos, que X-Men chegou às salas de cinema do Brasil. Eu me lembro onde vi o filme, um cinema de rua perto de onde hoje é a sede do Omelete. Lembro de sair do cinema feliz. Feliz demais!
X-Men não era um filme perfeito, mas acertava muito mais do que errava. Era um produto daquele momento, mas que respeitava de onde vinha e para quem era feito. Era uma aventura que se levava a sério - na medida do possível - e por isso fez sucesso. E fez história.
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