Não espere ver os Daniels envolvidos com uma adaptação de quadrinhos tão cedo. Em entrevista ao Omelete, os cineastas Daniel Scheinert e Daniel Kwan contaram porque “fogem de adaptações”, mas também apontaram quais projetos ousados estariam dispostos a abraçar neste formato.
“Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é um filme de super-heróis, de certa forma. Mas, quando já existem fãs de um material, sentimos que existe a possibilidade de desapontá-los”, diz Scheinert, em tom bem humorado. “Gostamos mais de roubar ideias de outras pessoas e mudar os nomes, ao invés de adaptar coisas que já existem”.
“As coisas que tentamos fazer nos nossos filmes são muito complicadas, então não queremos ficar presos a trabalhos anteriores, a expectativas de fãs, a mitologias precedentes”, explica Kwan. “Há mais flexibilidade quando trabalhamos com ideias originais e orçamentos menores. Às vezes é melhor ter menos dinheiro e mais controle”.
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Isso não impede Scheinert de soltar uma ideia que provavelmente deixaria os executivos do Marvel Studios de cabelos em pé: “Eu adoraria fazer um filme dos X-Men para maiores, que pegasse aquela metáfora sobre entender a própria sexualidade e a explicitasse. Seria o filme mais LGBTQIA+, mais exploratório possível”.
“Eu visualizo um diálogo entre alguns mutantes: ‘Como podemos transar? Sou feito de lama, você tem o corpo coberto de pelos, e ele tem superforça!’. Seria um filme cheio de positividade corporal”, completa.
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Outra coisa que não escapa ao diretor é a semelhança entre um personagem de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo e um membro dos Guardiões da Galáxia. “Eu acho que Rocket Raccoon e Raccaccoonie se dariam bem. Bradley Cooper e Randy Newman em um filme sobre amizade, mas um deles é CGI e o outro um boneco de taxidermia”, brinca.
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo está em cartaz nos cinemas brasileiros.
