Icone Chippu

Alguém disse desconto? Com o Chippu você tem ofertas imperdíveis de streamings e Gift cards! Corre!

Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Icone Conheça Chippu Ver ofertas
Icone Fechar
Filmes
Artigo

Tron: Ares | Virtual vai se apaixonar pelo real, conta produtor em visita ao set

Passamos um dia acompanhando as filmagens do novo filme estrelado por Jared Leto

Omelete
8 min de leitura
08.10.2025, às 08H30.
Atualizada em 09.10.2025, ÀS 21H18
Tron: Ares | Virtual vai se apaixonar pelo real, conta produtor em visita ao set

 [Primeira parte da série de artigos sobre a visita ao set de Tron: Ares]

O inverno ainda estava na metade quando saí de casa para encontrar um grupo de jornalistas, em fevereiro de 2024, para fazermos uma visita ao set de Tron: Ares, terceiro filme da série e o segundo a ser filmado em Vancouver, no Canadá. Depois de uns 40 minutos na van, chegamos ao Mammoth Studios, um grande complexo que fica na cidade vizinha, Burnaby, e já recebeu produções como Xógum, a última trilogia Planeta dos Macacos, Deadpool, O Regresso, Homem de Aço, Percy Jackson - filmes e série -, Crepúsculo e muitas outras. Era a primeira vez que estava visitando o set de uma produção tão grande como a do novo filme da Disney.

Omelete Recomenda

Photo by Leah Gallo. © 2025 Disney Enterprises, Inc. All Rights Reserved.

A primeira impressão já era de um filme gigante e maior que o anterior, Tron: O Legado. A sala de reuniões, com uma grande mesa ao centro, era coberta por storyboards que mostravam em detalhes as novas criações de Ares. As principais eram dois Grids, como são chamados os mundos virtuais de Tron, um todo preto, vermelho e laranja e outro cinza claro, azul e branco. Seguindo pelas paredes, uma grande revelação até aquele momento: Tron: Ares teria momentos importantes da trama passados no mundo real, com os personagens virtuais se misturando com o nosso. As imagens mostravam prédios famosos de Vancouver entrelaçados com as fitas luminosas deixadas pelos veículos da série, carros de polícia cortados no meio e uma escala grande de invasão ao mundo real.

Divulgação/Disney

O primeiro Tron começou há mais de 40 anos como uma exploração de mundos virtuais complexos e dos programas que o habitavam, um olhar para dentro de um mundo que as pessoas estavam apenas começando a entender no início dos anos 1980 e poucos tinham seus próprios computadores pessoais. Em 2025, as coisas são completamente diferentes e a popularização de tecnologias de inteligência artificial toma conta do nosso dia-a-dia. “Este filme é realmente sobre emergência”, afirmou o produtor Justin Springer ao se juntar a nós, acompanhado do designer de produção Darren Gilford. ”É sobre quando as linhas entre o mundo virtual e o mundo real começam a se confundir. O que está muito em sintonia com o que está acontecendo em nosso próprio mundo agora. Então, é muito sobre o que Tron era no início, é uma espécie de evolução natural em direção a isso, mas também acontece de ser sobre onde eu acho que estamos socialmente. É realmente sobre o que acontece quando esses sistemas complexos se tornam tão sofisticados que podem começar a entrar em nosso próprio mundo, e o que acontece quando essa tecnologia começa a se tornar indistinguível de nossa realidade e do mundo natural.” 

As artes mostram os dois grids principais da história, um controlado pela ENCOM, empresa fundada por Kevin Flynn, personagem de Jeff Bridges, representada no novo filme por Eve, interpretada por Greta Lee. Se no filme da década de 1980 o grande barato era entrar no game criado por Flynn, em Tron: Ares, Eve busca um mundo melhor, com mudanças para sistema de saúde, alimentação ou sistemas de energia. Já do outro lado está a Dillinger Corporation, que é dirigida por Julian Dillinger, personagem de Evan Peters, neto de Ed Dillinger (David Warner) do filme de 1982. O grande conflito entre as duas empresas é um código, chamado por Springer de “Santo Graal”, que tornará possível que sistemas digitais complexos existam permanentemente em nosso mundo. “Podemos fazer isso em uma base pequena ou impressão 3D simples, mas quando você começa a falar sobre sistemas complexos ou programas, em nossa história, eles podem vir para o nosso mundo, mas são bastante instáveis. E o que eles estão procurando é uma solução que tornará possível que eles existam em nosso mundo. E isso está no cerne da questão”, afirmou o produtor.

A grid da Dillinger se chama Infinity, e a empresa quer usar essa nova tecnologia para aplicações militares. É aí que Ares, personagem de Jared Leto, entra na história. Ares é um programa enviado ao nosso mundo para tentar roubar o código de Eve, entretanto, os dois acabam fugindo juntos, em uma corrida por dois mundos, trabalhando juntos em busca desse código de permanência. “Eve meio que redescobre sua conexão com a humanidade através de um relacionamento com um ser não humano, e Ares meio que encontra seu amor por nosso mundo e pela humanidade e emerge da grade de programação”, contou Springer.

Tron: Ares é reboot ou continuação?

Alexandre Almeida/Omelete

As filmagens no Mammoth Studios foram apenas parte da produção de Tron: Ares, em Vancouver. Quando visitamos o set, o processo estava em seu 25º dia, de mais ou menos 80 dias no total. Tron: Ares, então, deixaria as grandes paredes do estúdio e começaria uma jornada de 30 dias de filmagens no centro da cidade, explorando o centro financeiro, o porto e algumas das ruas mais movimentadas da região. Em O Legado, a história tinha apenas 20 minutos no mundo real, os primeiros e últimos momentos da história. Com Ares, a ideia é que o personagem de Leto explore o mundo real.

“Nosso primeiro conceito foi: ‘e se você pudesse ver as luzes de uma moto de luz em uma perseguição de moto pela cidade com o rastro de luz atrás dela?’”, disse Justin Springer. “[Tron] foi um filme, depois um videogame, e filmes, e tem um passeio de parque temático e todas essas coisas. Acho que se você olhar ao redor, todo mundo saberia que está em uma sala de Tron agora, porque há uma estética que é diferente de qualquer outro grande filme de super-herói ou grande franquia de estúdio. Ainda dá sua própria identidade.”

O produtor deixa claro que a história funciona sim como um soft-reboot, mas que é uma sequência da história. “Para nós, definitivamente é um novo capítulo. Um ‘soft-reboot’ provavelmente seria o que todos prefeririam dizer, mas acho que há definitivamente uma intenção de levar adiante parte da mitologia, pelo menos, enquanto contamos uma história totalmente nova. Então, sim, soft-reboot”, afirmou, mas percebendo que poderia estar indo longe demais nas informações.

Em desenvolvimento há mais de 10 anos, Tron: Ares vai utilizar todas as tecnologias ao alcance da Disney para dar um novo passo na franquia. Pudemos ver no set desde grandes cenários práticos, com gigantes telas de led, o uso do Volume, até a construção de veículos reais, roupas que se integravam a iluminação e imensos cenários com telas azuis. Em um desses espaços, pudemos acompanhar a gravação de uma cena de ação com vários figurantes/dublês vestidos com as roupas da ENCOM e da Dillinger em uma luta - o golpe principal da cena pode, inclusive, ser visto neste trailer

A cena em si mostra um ataque liderado por Ares - Jared Leto não estava lá no dia para a pirueta - e sua força contra o exército da empresa rival. O processo para filmar o golpe acrobático de Ares foi repetido mais de 10 vezes enquanto estávamos por lá, sempre buscando uma perfeição na coreografia. Quem aguardava ansiosamente atrás das câmeras era Cameron Monaghan, conhecido dos fãs de Star Wars, pelos games Fallen Order e Jedi: Survivor, que estará no filme como parte do exército de Ares.

Novo contextos, novos designs, mas paixões antigas em Tron

Quinze anos separam Tron: O Legado de Tron: Ares e a produção pretende deixar isso claro em vários aspectos. A cidade de San Vancouver, criada desde o segundo filme como uma mistura de San Francisco e Vancouver, por exemplo, terá grandes prédios e arranha-céus que usarão extensões digitais para os prédios reais da cidade. Muito do visual será novo, mas Spinger deixa claro que, quem assistiu aos outros dois filmes, identificará muitos elementos e easter eggs na história.

“Há muitas coisas que trouxemos do mundo de Tron e encontramos um novo contexto para isso e, obviamente, um novo design. Darren [Gilford] foi o designer de produção em Tron: O Legado e ele é o designer de produção neste filme. Compartilhamos um amor pelo filme original. E há muitas pessoas nesta equipe que estiveram no último filme”, contou Springer. “Tron é apenas um filme... a razão pela qual ele sempre volta é porque sempre há um grupo de artistas, tecnólogos e pessoas, certamente pessoas que fazem filmes, que foram inspiradas por ele quando eram jovens e agora querem uma chance de trabalhar nele novamente.”

O produtor garante que o diretor Joachim Rønning e a equipe preparam uma nova experiência para os antigos e novos espectadores de Tron, para fazer com que a ida ao cinema seja uma prioridade na hora de assistir ao filme. “Acho que você tem uma obrigação com Tron de lançá-lo de uma forma que possa ser exibido nas maiores telas possíveis, na mais alta resolução, usando algumas das tecnologias mais interessantes disponíveis para nós, desde a câmera, som, sabe, para todos os aspectos. Então, é realmente feito para ser uma experiência gigante, cinematográfica, ‘precisa ver no cinema’”, contou, confirmando os lançamentos em IMAX e 3D como prioritários. Vale lembrar que o grande atrativo de O Legado foi o lançamento em 3D, marcante na época. Com o avanço e a popularização do IMAX, é inevitável que a tecnologia de grande formato seja aproveitada para a ação da nova história.

O som também recebeu atenção especial e o produtor fez mistério, na época, sobre os responsáveis pela trilha sonora. “Igualmente importante. Há um legado de Wendy Carlos para Daft Punk para o que faremos a seguir, que ainda não foi anunciado, mas e eu não vou dizer agora”, afirmou. Hoje, já sabemos que a trilha sonora foi composta pelo Nine Inch Nails e a primeira música já foi divulgada junto com o trailer. “E eu sinto uma enorme obrigação de tentar entregar e fazer algo, sabe, Daft foi muito diferente do que Wendy Carlos fez. E acho que o que faremos será diferente, mas com sorte, parecerá tão interessante e tão importante para o filme em si. Então, estamos definitivamente... tem sido uma conversa para sempre, sabe? Daft Punk se aposentou como uma banda.”

O material da visita ao set de Tron: Ares continua nos próximos textos onde abordaremos um novo grid, a criação dos novos Lightcycles e o retorno de Jeff Bridges. Fique ligado!

Webstories

Comentários (0)

Os comentários são moderados e caso viole nossos Termos e Condições de uso, o comentário será excluído. A persistência na violação acarretará em um banimento da sua conta.

Sucesso

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.