Roma

Créditos da imagem: Netflix/Divulgação

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Roma | Entenda o motivo de Cuarón fazer tudo por trás das câmeras

Longa venceu dois Globos de Ouro

07.01.2019, às 13H17.
Atualizada em 07.01.2019, ÀS 16H33

Roma é um dos grandes filmes do ano. O longa dirigido, escrito, fotografado, editado, roteirizado e produzido por Alfonso Cuarón é uma obra muito mais pessoal do que o público imagina e, por isso, o cineasta precisou garantir que tudo saísse da maneira que sonhava. Afinal, esse longa é praticamente a história de sua infância.

Depois de fazer grandes sucessos do cinema como Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban e Gravidade, o cineasta decidiu voltar para base e fazer um filme menor. Com isso, começou a nascer a urgência de criar uma obra autobiográfica baseada nas lembranças de sua infância na Cidade do México. Foi assim que nasceu Roma – que é o nome do bairro onde cresceu.

Apesar de ser biográfico, Cuarón decidiu fazer o filme sob a perspectiva de sua empregada doméstica infância – Libo, a quem ele dedica o filme. Por conta disso, encontrar a protagonista perfeita era essencial e o diretor passou um ano procurando alguém que pudesse interpretar Cleo, o nome ficiticio que criou para personagem. Por coincidência, a pessoa que ele encontrou nunca havia atuado na vida: Yalitza Aparicio.

“Ela nunca havia atuado e tive muita sorte de encontrá-la. Na época, ela estava fazendo algum teste para ser professora e o resultado iria demorar de seis a nove meses. Então ela disse: ‘não tenho nada melhor pra fazer’”, contou durante uma mesa redonda do THR.  

Com isso, Roma começou a tomar vida. Cuarón deu o máximo de autenticidade para produção e ela virou uma das grandes obras de 2018. Isso fez com que a Netflix adquirisse os direitos de distribuição e o filme, que está disponível no serviço de streaming, garantiu dois Globos de Ouro e é favorito nas principais premiações do ano. Tudo isso pois Cuarón conseguiu fazer o longa como sonhava.

90% das cenas que você vê no filme saíram da minha memória. Não estou dizendo que tudo é linear, mas o que fiz foi reduzir três anos de memória em uma narrativa de dez meses. Mas basicamente cada cena é algo que me lembro complementado com algo que a verdadeira Cleo lembrava em nossas conversas", disse ao Deadline

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