Após Mosqueteiros e Monte Cristo, diretor não pensa em continuar adaptando Dumas

O sucesso da dupla de cineastas Matthieu Delaporte e Alexandre de la Patellière com suas adaptações de Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo, lançadas nos cinemas entre 2023 e 2024, é inegável. Juntos, os filmes venderam quase 10 milhões de ingressos só na França, e arrecadaram mais de US$ 100 milhões nas bilheterias internacionais. Mesmo com essa recepção calorosa, no entanto, parece que não teremos outras adaptações de Alexandre Dumas pelas mãos da dupla num futuro próximo.

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“Nós passamos cinco anos com Dumas, entre as produções Mosqueteiros e Monte Cristo, então acho que vamos mudar um pouco de ritmo para o próximo projeto”, comenta Delaporte em entrevista ao Omelete. “Daqui a muitos anos, quem sabe? Eu só não sei qual livro faríamos, porque adoro A Rainha Margot, por exemplo, mas acho que já temos uma excelente adaptação [o filme de 1994, estrelado por Isabelle Adjani]. Nesse caso em específico, ficaria hesitante em mexer na história de novo”.

É uma mudança de tom considerável em relação ao que Delaporte nos fala do próprio O Conde de Monte Cristo, negando que sentiu a pressão de trazer um clássico da literatura frances para os cinemas novamente: “Me parece que Monte Cristo é um monumento tão forte, tão sólido, que era impossível quebrá-lo. Eu sei que a nossa adaptação é só mais uma entre as que já vieram e que ainda vão vir. Tentamos manter isso em mente quando começamos a escrever o roteiro, que éramos só mais um capítulo nesse contínuo, para nos sentirmos mais livres para criar a nossa própria versão. Quanto mais única fosse nossa adaptação, mais interessante ficaria para o público”.

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Em O Conde de Monte Cristo, Edmond Dantés (Pierre Niney) é traído por aqueles em quem mais confia, dado como morto e preso em uma localização remota. Anos depois, ele escapa e retorna para Paris, ricaço, buscando vingança. O filme jáestá em exibição nos cinemas brasileiros.