O Agente Secreto | Atriz comenta final: “incômodo proposital”
O filme de Kleber Mendonça Filho está em cartaz desde quinta-feira (6)
Apesar de aclamado pela crítica mundial e pelo público, O Agente Secreto está levantando debates entre seus espectadores por conta de um ponto específico: o final do filme.
Considerado por alguns anticlimático, o longa termina em uma freada brusca, trazendo a narrativa para os dias atuais e mostrando o filho do protagonista Marcelo (ambos interpretados por Wagner Moura) recebendo as fitas de depoimentos de seu pai gravadas nos anos 1970.
Ao receber as fitas, Fernando diz não se lembrar do pai e afirma que, talvez, nem venha a escutar os registros que lhe foram entregues por Flávia (Laura Lufési), pesquisadora de uma universidade que ficou responsável por transcrever os áudios das tais fitas.
O final simples e sem recompensas emocionais pode não ser satisfatório para o espectador que esperava um grande clímax, mas, para Lufési, é exatamente isso que faz do fim tão brilhante. "O final causa um incômodo proposital", disse a atriz ao JC PE. "É real, cru. 'Mas é assim que termina?' É. Acho que ele é sobre memória, mas talvez seja muito mais sobre o esquecimento. E isso é muito cruel, porque atinge não só a história do Marcelo, como de seu filho e das demais gerações que virão", explica.
A atriz revela que o diretor Kléber Mendonça Filho tinha como objetivo que a cena final não fosse grandiosa. "Ele pediu que não fosse melodramática, sem causar grande catarse. Quando vejo a reação ao filme, entendo que ele provocou o que queria", diz Lufési.
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