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31 Melhores filmes de terror do Século - e onde assisti-los

Equipe do Omelete aproveita 2025 para eleger os melhores do horror até agora

Omelete
2 min de leitura
AC
31.10.2025, às 09H10.
Os 31 melhores filmes de terror do século XXI (Giovanna Mota/Omelete)

Créditos da imagem: Os 31 melhores filmes de terror do século XXI (Giovanna Mota/Omelete)

Estamos no mês do terror, meus amigos! No espírito de outubro, exatamente como fizemos nos últimos anos, o Omelete resolveu alimentar o aficcionado por horror que existe em você com alguns dos filmes do gênero favoritos da nossa redação.

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Mas 2025 também é um ano especial - afinal, chegamos à marca de um quarto do século XXI, e que era incrível que estes 25 anos foram para o terror! Da reinvenção como queridinho indie pelas mãos da A24 a um retorno à popularidade global com as produções da Blumhouse, passando por fenômenos não-hollywoodianos e a ascensão de um cinema de horror brasileiro que não era forte dessa forma há tempos, os fãs de horror não passaram fome nesses anos pós-2000.

Por isso, reunimos nossa equipe e tentamos entender quais foram os 31 melhores filmes de horror do século XXI (até agora). Após muita votação e muita deliberação, a lista que você encontra aqui foi o resultado - e a gente sabe que você não vai concordar com ela, mas o cinema tem dessas. É impossível abraçar o gênero inteiro em uma lista, qualquer que seja o tamanho dela, mas a nossa melhor tentativa segue abaixo.

31. Pecadores (2025)

Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.

Pecadores é com sobras um dos melhores filmes de 2025. Ryan Coogler amarra um thriller sobrenatural com críticas sociais sem deixar de lado sua paixão pelo cinema de horror. Com subtextos importantes para referenciar o racismo e tudo que o envolve, o longa é um prato cheio de alegorias que só fica ainda mais sedutor com as performances pulsantes de astros como Michael B. Jordan. Tudo isso embalado por uma excelente trilha sonora que explora o misticismo do blues e a sua importância para a cultura afro-americana nos Estados Unidos. - André Zuliani.

30. Desejo e Obsessão (2001)

Onde assistir: Disponível para streaming na MUBI.

Claire Denis capturou um sentimento de virada de século quando realizou em 2001 este melancólico filme bilíngue de horror, em que Vincent Gallo interpreta um cientista americano em viagem por Paris, no que parece ser sua lua-de-mel. Os diálogos são poucos, assim como a exposição, como é recorrente no cinema de fluxo da diretora, mais interessada em localizar trajetos do desejo em corpos e espaços sociais. Aqui, Denis adere ao cinema de gênero para renovar a tradicional associação entre vampirismo e sexo, numa chave carregada de culpa e perdição que tem tudo a ver com as descrenças na ciência e no futuro que se firmariam neste princípio de século XXI. Desejo e Obsessão abriu o caminho e deu o tema para outros filmes de horror trabalharem no mesmo registro, de Grave a Sob a Pele e Corrente do Mal. - Marcelo Hessel 

29. Cloverfield: Monstro (2008)

Onde assistir: Disponível para streaming gratuito no Mercado Play.

Se, no final do século passado, A Bruxa de Blair foi responsável por assombrar a mente do mundo todo com o found footage, poucos foram os exemplares que conseguiram de fato dar continuidade ao seu legado. Cloverfield: Monstro bebeu de fonte parecida, usando o marketing a seu favor, sendo produzido sem muito alarde e encontrando no nome de J.J. Abrams - em ascensão na época - o produtor perfeito para essa história de um ataque de monstro, contado do ponto de vista da rua, com as imagens vindas diretamente de uma pessoa que filmava uma simples festa de despedida. Matt Reeves comanda o show que mistura grandes momentos de tensão nas ruas e outros mais claustrofóbicos, com ataques de parasitas em túneis do metrô. O filme ainda rendeu mais dois “spin-off” - um ótimo, com Mary Elizabeth Winstead e John Goodman, e outro bem duvidoso para a Netflix. - Alexandre Almeida

28. As Boas Maneiras (2017)

Onde assistir: Disponível para streaming na Reserva Imovision.

Filmes de lobisomem são, logicamente, filmes de transformação - mas nenhum encarnou isso com mais integralidade do que o brasileiro As Boas Maneiras, de Marco Dutra e Juliana Rojas. Drama social de conflito de classes que vira romance lésbico, romance lésbico que vira musical melancólico, musical melancólico que vira thriller de criatura, thriller de criatura que vira tragédia shakespeariana. Em pouco mais do que duas horas, As Boas Maneiras transporta o espectador para um universo de referências e emoções que não é exatamente igual ao de nenhum filme antes dele, e nenhum filme desde então. A obra de Dutra e Rojas é de apertar o coração e arrepiar a espinha, e tão universal quanto é inextricavelmente brasileira. - Caio Coletti

27. Deixe Ela Entrar (2008)

Onde assistir: Indisponível para streaming no Brasil.

Vampiros não são as únicas criaturas que habitam nas sombras. Procure pelos cantos da existência, e você vai se deparar com pessoas abandonadas, excluídas e vulneráveis. O primoroso drama sueco Deixe Ela Entrar reconhece que isso nunca é mais verdade do que com crianças, e consequentemente, encontra nelas o ambiente perfeito para discutir a necessidade por companhia e amizade. Quando Oscar (Kåre Hedebrant) e Eli (Lina Leandersson) se unem, o filme de Tomas Alfredson ganha uma qualidade agridoce, que define e altera todos os movimentos da história a seguir, culminando no momento em que a diferença entre os dois é pontuada de maneira sangrenta, triunfante e assustadora. A cena da piscina seria inesquecível de qualquer forma, mas a construção do relacionamento que leva os dois até aquele lugar a torna imperativa. O filme está todo ali. - Guilherme Jacobs

26. O Albergue (2005)

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

A longevidade de Jogos Mortais pode ter eclipsado a trilogia de Eli Roth em matéria de torture porn, mas O Albergue atravessa muito bem o teste do tempo até hoje, especialmente se considerarmos que antecipou, com muita sangueira e muito vigor, toda a tendência contemporânea de filmes de vingança contra os podres de rico. Os melhores filmes de Roth são aqueles que harmonizam uma certa ironia distanciada com o gosto inconfundível por se lambuzar nos códigos do gore, e nesse sentido O Albergue serve até hoje, com seu prazer no sadismo, como antídoto ao que se convencionou chamar de horror elevado nessa última década. - Marcelo Hessel

25. O Chamado (2002)

Onde assistir: Disponível para streaming no Paramount+ Mercado Play

Remake de um longa japonês, O Chamado é certamente um dos filmes que definiu o cinema de horror norte-americano nos anos 2000. Em sua releitura, Gore Verbinski (Piratas da Cabine) mistura terror e suspense em uma das produções mais tensas de sua década, uma que ganhou força o bastante para dar início a uma franquia que, mesmo que nunca tenha repetido o charme do original, ainda é lembrada pelos amantes do gênero. Naomi Watts ganhou uma espécie de final girl para chamar de sua, e a entidade demoníaca Samara entrou para o hall de grandes vilãs do cinema de horror. - André Zuliani

24. A Visita (2015)

Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.

Um critério da nossa lista define que só pode haver um longa-metragem por diretor, então dos três ou quatro filmes de M. Night Shyamalan que poderiam, com justiça, aparecer por aqui, que se fique com este found footage de 2015, que jogou a última pá de cal sobre este breve e lucrativo subgênero do horror. A Visita antecipa (e faz melhor, pode-se argumentar) a mistura de farsa e drama que Hereditário e os terrores da A24 consagrariam nos anos seguintes, ao mesmo tempo em que marca uma virada na carreira de Shyamalan: ele se emancipa da necessidade das sacadas de plot twist (em A Visita a virada final surge mais como punchline) e, liberto, visivelmente passa a jogar com prazer com os códigos do terror. - Marcelo Hessel

23. Cisne Negro (2010)

Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+Mercado Play.

Darren Aronofsky vive beirando o terror psicológico em seus filmes. Do arco de Jennifer Connelly em Réquiem para um Sonho aos violentos ataques de mãe!, o diretor parece sempre tentar chocar graficamente seus espectadores - o que muitas vezes soa apenas gratuito. Aronofsky conseguiu o balanço perfeito em seu - até hoje - melhor filme, Cisne Negro, ao trazer uma bailarina (Natalie Portman) consumida pela perfeição e a inveja, quando seu status é ameaçado com a chegada de outra sedutora artista (Mila Kunis). A atuação perfeita de Portman é a cereja do bolo para uma história que vai afinando cada vez mais a linha entre realidade e ficção, jogando a protagonista em um pesadelo que termina de forma catártica - Alexandre Almeida

22. O Grito (2002)

Onde assistir: Indisponível para streaming no Brasil.

Um filme absolutamente japonês na medida em que o diretor Takashi Shimizu oferece um catálogo de questões domésticas que marcam a cultura do país, do etarismo ao isolamento, passando por uma variedade de terrores noturnos que fazem dos quartos e banheiros dos cubículos de Tóquio ambientes ideais para o susto claustrofóbico. Não é de espantar que Shimizu tenha estudado cinema com Kiyoshi Kurosawa (que depois ajudou a viabilizar a realização de O Grito), porque antes de tudo trata-se de pensar a ambientação e não necessariamente as situações como fonte do terror; as assombrações só se justificam a posteriori, na investigação e nos flashbacks, e o franqueamento de O Grito ajudou a consolidar uma tendência dos filmes de horror do período em que a exposição se desenrola principalmente como uma trama forense de “whydunit” - Marcelo Hessel  

21. It - A Coisa (2017)

Onde assistir: Disponível para streaming na HBO Max.

Financeiramente, essas são as maiores adaptações de Stephen King. Talvez tenha sido o timing (o lançamento pós-Stranger Things significou que o público tinha apetite por histórias como It, um livro que, claro, inspirou a série da Netflix). Talvez tenha sido o conhecimento geral sobre Pennywise, trazido à vida de maneira memorável por Bill Skarsgard, ou talvez tenha sido o ótimo trabalho de elenco, seja com os personagens na idade adulta ou ainda crianças. De qualquer forma, Andy Muschietti e seus colaboradores acertaram em cheio em praticamente todos os quesitos de King. Do clima de cidade meio esquecida e assombrada à brutalidade das mortes, da força da amizade ao desespero das perdas, os filmes de It são um sucesso. Se por um lado eles podem ser acusados de talvez diluir demais a acidez da obra (além de assustadores, eles, de fato, são divertidos) os filmes representam a maior prova da durabilidade e apelo comercial do escritor, e o primeiro – irrepreensível – é, das duas partes, o que menos sofreu com a divisão. - Guilherme Jacobs

20. Pulse (2001)

Onde assistir: Indisponível para streaming no Brasil.

Um triunfo de ambientação. No ano de 2001, Kiyoshi Kurosawa já sacava que a Internet não se tornaria a fonte de congregação e conhecimento infinito que se prometia, mas um ambiente que inclina à alienação, e o diretor realiza a partir disso um filme de slasher sem maníaco, em que o contato com imagens da web serve de estopim para misteriosos desaparecimentos. Existe uma filiação clara aos temas do j-horror da época (em Ringu não era a Internet e sim a famosa fita do poço) mas numa chave melancólica e menos espetaculosa. Toda luz transversal que corta os espaços do filme - a estufa, o galpão, a sala de estudo, o apartamento, seis ou sete ambientes muito bem pensados pela variedade de deterioração, texturas e informação visual - projeta consigo suas sombras, e cada uma dessas sombras funciona no filme como um convite ao apagamento. Se um filme pode ser completo e plenamente autocontido no seu retrato de uma urbanidade em ruína, onde o convívio se extingue sem mal perceber, este filme é Pulse. - Marcelo Hessel.

19. A Entidade (2012)

Onde assistir: Disponível para streaming no Lionsgate+.

Além de ter um dos maiores sustos do Século 21, a primeira parceria do trio Ethan Hawke, Scott Derrickson e C. Robert Cargill é também a mais assustadora. A história batida de uma família que se muda para uma casa assombrada ganha novas camadas em A Entidade, onde a atmosfera sufocante do cenário familiar criado por Derrickson faz com que luz e sombra - e as imagens foscas de uma câmera antiga - coloquem a família Oswalt dentro do terror absoluto. Há sustos, há mistério e há uma história macabra pulsante, deliciosamente capitaneada por Ethan Hawke, que nos mostra que o horror pode estar mais perto do que imaginamos. - André Zuliani

18. A Substância (2024)

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

É discutível se um bom filme de terror precisa assustar - no decorrer da história do cinema, a mistura do gênero com a comédia, a ação, o blockbuster, o filme policial, e tantos outros arcabouços de referência diluiu esse dogma. O que um bom filme de terror ainda precisa fazer, me parece, é inquietar. A Substância merece o lugar nessa lista não só porque usa e abusa do horror corporal para contar a sua história, mas principalmente porque nos provoca, nos cutuca, nos diverte sem nunca parar de questionar por que estamos nos divertindo. Em seu épico desgovernado sobre as pressões do feminino e as contradições da maternidade, Coralie Fargeat usa o cânone do horror para provocar, inflamar, cutucar uma ferida ainda longe de cicatrizar. O resultado é nojento, mas também irresistível. - Caio Coletti

17. O Homem Invisível (2020)

Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.

Os Monstros Clássicos da Universal quase ganharam um universo expandido nos moldes da Marvel. O fracasso de A Múmia, estrelado por Tom Cruise, jogou no limbo o projeto e a já clássica foto com o elenco dos futuros projetos - que teria Javier Bardem, Johnny Depp, Russell Crowe e Sofia Boutella. Com o fracasso da ideia, os monstros acabaram em outra casa, a Blumhouse. O estúdio de Jason Blum logo fez o que sabe de melhor: transformar o terror em histórias menores, produções modestas e apostar no sucesso. Foi assim que O Homem Invisível, estrelado pela sempre ótima Elisabeth Moss ganhou vida, se baseando muito de longe na história de H.G. Wells e se inspirando em histórias como Dormindo com o Inimigo para contar a trama do relacionamento abusivo, operado pelo “monstro” do título. Um dos melhores títulos da Blumhouse nos últimos anos e o filme que deu um dos primeiros passos da Universal em sua política de lançamentos em VoD com datas próximas ao dos cinemas - impulsionado pela pandemia da Covid. - Alexandre Almeida

16. O Hospedeiro (2006)

Onde assistir: Atualmente insdisponível em streaming no Brasil.

Como tudo que Bong Joon-ho faz em seu cinema, O Hospedeiro não é simples, mas nem por isso requer uma bagagem absurda para que seja desfrutado. Seu filme de monstro de gigante, O Hospedeiro está carregado de temas que vão da destruição do ambiente ao relacionamento de pais fracassados e filhas, passando – claro – pela luta de classes na Coreia do Sul, o que faz deste suspense espetacular um bom precursor de Parasita. Mas, antes de tudo isso, o mestre sul-coreano entrega uma potente experiência visceral, que parte pelo design assustador e bizarro da criatura e chega ao ápice com as violentas interações da mesma com os habitantes do país. Como um bom Hospedeiro, esse filme nos recebe com uma ótima primeira impressão, mas revela mais e mais qualidades conforme o conhecemos. - Guilherme Jacobs

15. Garota Infernal (2009)

Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+

Pouco ou nenhum crédito se dá a Diablo Cody por ter seguido seu Oscar de melhor roteiro original em 2008, por Juno, com o filme que melhor poderia desarmar qualquer expectativa decorrente da estatueta: o horror barato que coloca Amanda Seyfried para combater uma Megan Fox possuída pelo demônio. Garota Infernal não apenas oferece a Megan Fox o melhor papel de sua carreira (dois anos depois de o primeiro Transformers fazer dela símbolo sexual) como subverte a fórmula da final girl - um tropo sádico masculino consagrado nos filmes de slasher americanos, que tem aqui seu sexismo desnudado. Longe de ser uma comédia de horror jovem meramente irônica como a A24 produz hoje sazonalmente, o filme de Karyn Kusama escrito por Cody respeita os códigos do horror (pode-se dizer até que os venera) e se os desconstrói é de dentro para fora. - Marcelo Hessel

14. Extermínio (2002)

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

Mais de 20 anos separam Extermínio de Extermínio - A Evolução, o ótimo recomeço da série, também dirigido por Danny Boyle. Durante esse tempo, a fórmula do filme de 2002 foi reprisada em várias outras produções, como filmes, séries e videogames, acelerando as histórias de zumbi e dando um perigo ainda maior para as já clássicas histórias de dominação de mortos-vivos. O filme estrelado pelo jovem Cillian Murphy é um retrato da época. O jeito meio videoclipe, o rock da trilha, as cores saturadas, a luz superexposta em alguns momentos, tudo isso remete ao início dos anos 2000. Extermínio ainda foi diretamente influenciado pela paranoia do 11 de setembro, que ocorreu no meio do período de suas filmagens e a ideia de “pessoas desaparecidas”, militarização e o medo do desconhecido, ficaram ainda mais fortes. Um clássico moderno que, felizmente, retornou 23 anos depois da melhor forma. - Alexandre Almeida

13. O Mal que nos Habita (2023)

Onde assistir: Disponível para streaming no Netflix.

Incômodo, agoniante e fascinante, O Mal Que Nos Habita faz uso criativo e eficaz de efeitos práticos dos mais nojentos possíveis para ajudar a encenar um espetáculo de brutalidades. Essa violência, quando assola os personagens, se torna ainda mais poderosa porque o diretor Demián Lugna não tenta glorificar ou enfeitar as mortes. Pelo contrário, ele as apresenta com indiferença; um afastamento estético que permite a aproximação emocional. Rugna quer nos deixar como aqueles personagens. Indefesos diante do mal que povoa a Terra pós-apocalíptica deste grande filme. - Guilherme Jacobs

12. Noites Brutais (2022)

Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+

Assustador, divertido, genuinamente imprevisível. Noites Brutais se recusa constantemente a ser o que você acha que é, e mesmo quando você passa a não confiar em nada, ainda sim lhe surpreende. Tal é o feito do roteiro meticulosamente construído pelo diretor Zach Cregger, e a encenação desse texto se mostra um sucesso desde a direção de elenco – que escala papéis perfeitos para Bill Skarsgard, Justin Long e Georgina Campbell – até a execução de uma das várias sequências arrepiantes do longa (a primeira descida ao porão é coisa de maluco). Mas o melhor é que, quando todas as reviravoltas acabam, há uma emoção ali. Cregger não busca choque por choque. Cada uma de suas curvas nos leva a um lugar. - Guilherme Jacobs

11. REC (2007)

Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video

Espetacular indie espanhol de 2007, o visceral filme de Jaume Balagueró e Paco Plaza é um grande clássico do cinema baseado na ideia de “assistir sem saber de nada.” Uma fonte constante de surpresas, REC acompanha uma reportagem sobre bombeiros que atuam à noite numa missão que rapidamente dobra a esquina da loucura e do medo. Genuinamente assustador, ele é pura intensidade. Caso, milagrosamente, você de fato não conheça os detalhes desse roteiro cheio de reviravoltas, evite até o trailer acima e só vá assistir. - Guilherme Jacobs

10. Sob a Pele (2013)

Onde assistir: Indisponível para streaming no Brasil.

Filme emblemático de um mal estar de começo de século, em que o mistério inexplicável de uma criatura alienígena consumidora de corpos concentra nossa crise de alteridade e desidentificação. Scarlett Johansson se move no longa de Jonathan Glazer com uma fleuma passiva de presa sexual que remete imediatamente à objetificação feminina na era dos esgotamentos de sentidos, mas aos poucos as imagens se expandem, via perplexidade, para um horror cósmico que urge devolver e renovar os sentidos das coisas. Uma narrativa de desolação que soa até otimista por esse lado, o labor de revigorar a imagem e o nosso olhar diante do desconcerto. Por isso, Sob a Pele é um filme que segue crescendo e se multiplicando - o que explica o fato de a A24 nunca ter conseguido realizar, à sombra deste, um horror “elevado” no mesmo patamar - Marcelo Hessel    

9. Labirinto do Fauno (2006)

Onde assistir: Disponível para streaming no Claro TV+

Empoleirado na linha difusa entre fantasia sombria e horror gótico - um território bem familiar para o diretor Guillermo Del Toro -, O Labirinto do Fauno vem enfeitiçando todo público que ousa lhe desbravar há quase duas décadas. É um filme que, como todos de Del Toro, se apóia no artesanato para impressionar: com talvez as criações cenográficas e efeitos de maquiagem mais assombrosos do cinema neste século, Fauno nos lembra do perigo e da ameaça que o mundo lusco-fusco da mitologia pode encerrar em si. Mas é também um exemplo inteligente de como fazer o “terror de mensagem” sem perder o encanto e o mistério do gênero, desenhando suas conexões históricas delicadamente e emaranhado essas linhas num tecido complexo ao invés de telegrafá-las para o público. - Caio Coletti

8. Os Outros (2001)

Onde assistir: Indisponível para streaming no Brasil.

Feito na imagem de clássicos do horror dos anos 1960 (pense Os Inocentes ou Desafio do Além), Os Outros coloca Nicole Kidman, um par de crianças e alguns criados numa mansão grande demais para todos eles, e a partir daí procede em se deliciar com as salas inexploradas que pode revelar, as tábuas rangentes, o pó que se acumula nos móveis e o isolamento absoluto do enorme descampado que cerca a construção. O cineasta chileno Alejandro Amenábar, aqui no começo de sua breve aventura hollywoodiana, cria uma obra-prima de atmosfera sinistra, mas também uma elegia marcante às famílias desamparadas pelas guerras do século XX. - Caio Coletti

7. Invocação do Mal (2013)

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

Um blockbuster perfeito de terror. Além de conceber imagens e composições horripilantes, James Wan estabelece em Ed e Lorraine Warren, vividos por Patrick Wilson e Vera Farmiga, personagens instantaneamente carismáticos. Mas não torcemos só por eles. Aqui temos o raro exemplo de um filme de terror onde nos importamos verdadeiramente com o bem-estar da família assombrada. Invocação do Mal alia o horror genuíno a uma excelente condução de narrativa. - Guilherme Jacobs

6. A Bruxa (2015)

Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+.

Um dos terrores primordiais da cultura ocidental é a sedução. O cânone católico coloca o diabo, representação de tudo que há de mal no mundo, como uma criatura engenhosa que entende os desejos mais profundos do coração humano, e se oferece para atendê-los. A Bruxa mantém sua fascinação com o público, mais de uma década depois do lançamento, porque resgata esse medo, e o reexamina sob lentes contemporâneas. Por mais “autêntico” que seja em seu retrato da vida rude levada pela família principal, são olhos modernos que enxergam a repressão que os leva à loucura, a amarga violência que eclode de cada um deles diante do desconhecido. Robert Eggers pode ter dado à luz a bobagem do “terror elevado”, mas poucos tiveram a eloquência dele desde então. - Caio Coletti

5. Atividade Paranormal (2007)

Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.

Atividade Paranormal
não está no top 5 desta relação à toa. Em uma época onde o cinema norte-americano começava a se apoiar em CGI extremamente caros, o diretor Oren Peli fez um filme com apenas US$ 15 mil e atores amadores se tornar um fenômeno de US$ 193 milhões em bilheteria. A trama brinca com a mística do mundano, onde uma janela batendo pode ser apenas uma janela batendo, mas também a marca de uma existência paranormal em casa. O uso da fórmula de “imagens encontradas”, que já tinha feito história em A Bruxa de Blair, voltou a funcionar com precisão, e o resultado foi o início de uma franquia milionária. - André Zuliani

4. O Babadook (2014)

Onde assistir: Disponível para streaming na MUBI.

Há muito para se elogiar no horripilante O Babadook de Jennifer Kent. Sua abordagem de uma filha em pedaços, sua representação de como crianças podem ser exaustivas para seus pais, seu design de criatura impecável. O que sempre ficará comigo, porém, é o som deste filme. O “ba-ba… dook, dook dook” da assombração. O ruído das madeiras. O silêncio da tensão. O Babadook é um grande filme em diversos quesitos, mas ele nos domina primariamente por nossos ouvidos. É por lá que somos desequilibrados, é assim que ficamos inquietos. O resto vem depois - Guilherme Jacobs

3. Hereditário (2018)

Onde ver: Disponível para streaming no Diamond Films+.

Ninguém vai disputar o status de Hereditário como assustador. A questão é que este filme chega a ser perversamente engraçado em meio às suas tenebrosas imagens. Dá para sentir o sorriso de Ari Aster construindo sua macabra odisseia de ansiedades familiares, decepção maternal e bad vibes. Contando com uma atuação de primeira de Toni Collette, o diretor ensaia uma jornada à loucura onde o parente é tão culpado quanto o demônio, e onde sempre há espaço para mais uma cabeça decepada. - Guilherme Jacobs

2. Corrente do Mal (2014)

Onde ver: Disponível para streaming no Telecine.

Dizer que Corrente do Mal é um terror sobre DSTs, ou uma variação contemporânea daquele moralismo sexual que criou o trope do “se transou, morreu” nos slashers dos anos 1980, é simplificar grosseiramente o filme de David Robert Mitchell. Aqui, o diretor sequestra os ritmos hipnotizantes do subúrbio estadunidense para contar uma história sufocante sobre crescer e ser deixado (ou deixar) para trás. Corrente do Mal transforma em filme de horror aquela sensação, que nos alcança no começo da vida adulta e nunca deixa de nos seguir por aí, de que o ar ao nosso redor está nos amassando aos poucos, distorcendo as belezas que conhecemos na infância até que elas se tornem irreconhecíveis. Quanto mais você sabe, menos você ama. E há sempre mais para saber, se aproximando passo a passo de você mesmo enquanto você caminha pela rua de mãos dadas com quem te ajuda a não desistir de vez. - Caio Coletti

 

1. Corra! (2017)

Onde ver: Disponível para streaming no Prime VideoNetflixGloboplay.

Quase uma unanimidade nas listas de votação da redação do Omelete, Corra!, o primeiro filme dirigido por Jordan Peele, figurou sempre nas primeiras posições das nossas escolhas. Não é pra menos. Enquanto o “terror de trauma” foi providencial para o crescimento de marcas como a A24 e dominou os grandes lançamentos do gênero, Peele abraçou seu lado cômico e crítico para levar para as telas o terror dos EUA que via supremacistas e a ultra-direita se aproximando cada vez mais do poder, dominando a mídia e perdendo a vergonha de tornar públicos seu ideais. Bebendo da fonte de Além da Imaginação, o diretor cria um conto original sobre racismo, escravidão e violência, que nunca perde a graça ou seu fator entretenimento em prol do discurso. Brilhante, assustador e mais real do que muito drama “sério”, Corra! é mais um dos grandes exemplos desta lista da importância do horror para o cinema. Com uma produção pequena e um elenco fantástico, encabeçado por Daniel Kaluuya, se tornou um fenômeno de bilheteria e gerou inúmeros debates quando exibido nos cinemas, e meses depois figurou entre os filmes mais premiados do seu ano, rendendo o Oscar de Melhor Roteiro Original para Jordan Peele. Corra! se tornou referência para outros tantos que vieram na sequência - bons ou ruins - e abriu o caminho para o diretor entregar dois grandes filmes (Nós e Não, Não Olhe!) representados aqui com esse marco para o cinema de horror. - Alexandre Almeida

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