Os promotores no caso de Jonathan Majors, acusado de agressão após um suposto conflito doméstico com sua então namorada, revelaram nesta quarta-feira (24) mais detalhes do caso, e ainda um incidente previamente não informado que envolve a polícia de Londres e o ator. Eles acreditam que a informação é relevante para as alegações de violência doméstica. As informações são da Variety.
Segundo a publicação, o documento alega que a equipe jurídica de Majors vazou e distorceu evidências judiciais, além de ter tentado fazer com que a polícia criasse um cartaz de “procurada” com a foto de Grace Jabbari, então namorada de Majors.
Além disso, o registro traz novos detalhes sobre os eventos que levaram à prisão do ator. Em 25 de março, ele e Jabbari estavam usando um serviço de carro particular para irem de uma festa no Brooklyn para seu apartamento em Chelsea. Jabbari teria visto uma mensagem de texto no telefone de Majors que dizia: "Queria estar te beijando agora."
Em seguida, ela pegou o telefone das mãos dele para ver quem enviou a mensagem. Majors então "começou a agarrar o lado direito do corpo da Sra. Jabbari e puxou seu dedo médio do telefone, causando contusões, inchaço e dor substancial". O arquivo segue afirmando que Majors "pegou o braço e a mão direitos da Sra. Jabbari e começou a torcer seu antebraço, causando dor substancial. O réu então golpeou a orelha direita da Sra. Jabbari, causando uma laceração na parte de trás da orelha dela e dor substancial."
Após recuperar seu telefone, Majors saiu do veículo e Jabbari tentou seguir o ator. Foi quando "o réu a agarrou, a levantou e a jogou de volta para dentro... [e] causando dor substancial, além de um dedo fraturado, contusões pelo corpo, uma laceração atrás da orelha direita e uma protuberância na cabeça", de acordo com o arquivo.
O arquivo questiona várias informações vazadas pela mídia que retratam Jabbari como a agressora. Desde a prisão, a advogada de defesa criminal de Majors, Priya Chaudhry, alegou que foi Jabbari quem agrediu Majors. A advogada também chamou o caso de "caça às bruxas", uma que está "saturada de preconceito explícito e implícito".
A promotoria também revelou que está tentando obter acesso a um relatório da polícia de Londres, que faz referência a um incidente policial ocorrido em setembro de 2022 e a cuidados médicos que Jabbari teria solicitado. Na época, Majors estava na cidade para filmar a segunda temporada de Loki, atualmente em exibição pelo Disney+.
Nesta quarta-feira (25), o ator retornará retornar ao tribunal para uma nova audiência do caso de violência doméstica, adiado outras duas vezes. A sessão de amanhã deve ser uma das últimas antes do juiz decidir se prossegue ou arquiva o caso.
Relembre o caso
O ator foi preso em 25 de março, em Manhattan, por acusações de violência doméstica após uma briga com uma mulher de 30 anos, segundo o TMZ. A vítima alegou à polícia que a agressão ocorreu na noite anterior, após uma discussão. De acordo com fontes, ela apresentava ferimentos visíveis, incluindo marcas no rosto e lacerações atrás da orelha, e por isso foi levada ao hospital. Majors foi preso no local.
Um representante de Majors negou as acusações após sua liberação da custódia em 25 de março, e seu assessor contou à Variety: "Estamos ansiosos para limpar seu nome e esclarecer tudo isso". No mês seguinte, Majors perdeu seu agente e foi dispensado de estrelar dois longas e uma campanha publicitária.
Além disso, novas denúncias de violência foram feitas contra o ator. Segundo uma reportagem da Variety, várias supostas vítimas se apresentaram após a prisão dele em março e estão cooperando com a promotoria do distrito de Manhattan.
Antes do incidente, o ator estava em ascensão em Hollywood, tendo estrelado recentemente em Creed III e Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. Em 2021, ele recebeu uma indicação ao Emmy por seu papel em Lovecraft Country, da HBO. Recentemente, o ator fora bastante aclamado no Festival de Sundance por seu trabalho em Magazine Dreams, – seu nome já estava sendo cogitado como um possível candidato a Melhor Ator no Oscar de 2024.