Garotos Perdidos, filme de vampiros de Joel Schumacher

Créditos da imagem: Os Garotos Perdidos/Divulgação

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Conheça 5 filmes essenciais de Joel Schumacher

Diretor teve carreira muito maior do que comandar as polêmicas obras do Homem-Morcego nos anos 1990

22.06.2020, às 17H49.
Atualizada em 22.06.2020, ÀS 18H03

Nesta segunda-feira (22), o cinema perdeu Joel Schumacher, vítima de um câncer aos 80 anos de idade. Embora seja lembrado por seus excêntricos filmes do Batman dos anos 1990, o diretor é muito maior do que isso. Abaixo, em homenagem ao falecido cineasta, listamos cinco filmes essenciais para conhecê-lo além das produções com o Homem-Morcego!

Os Garotos Perdidos (1987)

O primeiro clássico da carreira de Schumacher, Garotos Perdidos é um dos maiores representantes da energética e bem humorada virada que o gênero de horror deu na década de 1980. A trama segue uma família que acaba de se mudar para uma pequena cidade costal na Califórnia - sem saber que o local é infestado de gangues de vampiros.

Os Garotos Perdidos continua até hoje um exemplar da experimentação que o terror permite. Divertido, sangrento, estiloso e bastante sensual, é facilmente uma das melhores comédias de horror que existe.

8mm: Oito Milímetros (1999)

Não era apenas o horror sobrenatural que fascinava Joel Schumacher, mas o real também. No final dos anos 1990, o diretor explorou o sombrio mundo da pornografia em 8mm: Oito Milímetros. Na trama, um detetive (vivido por Nicolas Cage) é contratado para investigar a procedência de um “filme snuff” - termo usado para um gênero de filmes em que a violência mostrada nas telas é, supostamente, autêntica.

Schumacher conseguiu incorporar o fascínio do público com a ideia de um filme snuff, especialmente no ano em que Bruxa de Blair fazia sucesso com um suposto horror real. O thriller do cineasta merece ainda mais destaque por combinar no mesmo elenco nomes como Cage, Joaquin Phoenix (Coringa), James Gandolfini (Família Soprano), Peter Stormare (Fargo), entre outros.

Um Dia de Fúria (1993)

Alguns anos após Alan Moore declarar nas HQs do Batman que basta um dia ruim para qualquer um abraçar a insanidade, Joel Schumacher aplicou a mesma ideia nas telonas com Um Dia de Fúria. Estrelado por Michael Douglas, o cineasta mergulha a fundo no conceito de como as pequenas frustrações cotidianas podem ser o suficiente para desestabilizar alguém.

No papel de D-Fen, Douglas bota toda a sua raiva para fora, seja bem armado ou com um taco de baseball em mãos. Obviamente, não é todo mundo que cede ao desejo de violência quando tudo parece ficar injusto, mas é impossível não se identificar com uma ou outra decepção do personagem - mesmo que seja não conseguir pedir café da manhã em tempo.

Por Um Fio (2002)

Para marcar o começo de um novo século, Schumacher entregou um dos suspenses mais impactantes do cinema a partir de uma premissa bastante simples. Por Um Fio acompanha Stuart (Colin Farrell), um assessor que, caminhando pelas ruas de Nova York, atende uma ligação em um orelhão na rua. A voz no telefone, porém, não só o conhece como também o tem na mira de um rifle.

Na era dos blockbusters bombásticos, um filme como Por Um Fio parece inacreditável. Ainda que tenha bastante ação, o que carrega o longa é a tensão e o diálogo entre Stu e o atirador, vivido por Kiefer Sutherland (que, por sua vez, teve sua carreira lançada por Schumacher em Garotos Perdidos). É uma daquelas obras que extrai ao máximo de um mistério, uma locação e poucos personagens, fazendo o espectador questionar se o protagonista, por pior que seja a situação, não fez algo para merecer estar na mira de um atirador.

Ninguém é Perfeito (1999)

É visível que, ao longo de sua carreira, Schumacher desenvolveu um apreço por estudos de personagem. Nada deixa isso mais claro do que Ninguém é Perfeito, comédia dramática sobre a união de dois opostos.

Com elenco de peso, o longa acompanha um policial homofóbico (vivido por Robert De Niro) que, após sofrer um derrame, é colocado em um processo de reabilitação pelo seu vizinho, uma drag queen trans vivida por Philip Seymour Hoffman. Os dois são forçados a repensarem seus preconceitos e aprender um com o outro. Na era em que cada vez mais o diálogo deixa a desejar, Ninguém é Perfeito pode oferecer um aprendizado bastante valioso.

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