Na hora de criar uma adaptação, algumas partes do livro tem de ser cortadas ou fundidas umas nas outra para que a história fique mais coesa e se encaixe melhor na nova mídia. No caso de Barba Ensopada de Sangue, o diretor Aly Muritiba decidiu juntar algumas personagens diferentes e criar a própria versão. Em entrevista ao Omelete, durante o Festival de Gramado 2024, ele explicou a decisão:
"Durante o livro, o personagem principal, ele se envolve afetivamente com algumas mulheres, e aí eu achava que era importante que isso fosse preservado, até para ele ter alguém com quem trocar afeto e alguém com quem ele pudesse conversar. Mas eu não queria que fossem muitas mulheres, porque o personagem não está ali para isso. E para mim ele não é um personagem que, sei lá, tem muitas parceiras, ou que fica trocando de mulher, não é um mulherengo. Aí eu peguei o que me interessava de duas personagens que estão no livro para compor essa menina, essa Jasmine, que é essa mulher muito forte, que tem um desejo muito grande de sair, um desejo muito grande de ir, mas que está presa naquele lugar, e que, por conta de todos os acontecimentos ao longo da história, decide que é hora de partir, que é hora de ir buscar seu próprio destino. Então, foi a fusão de duas personagens, mas também uma criação de uma personagem nova".
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