Top 25 Melhores Filmes de Super-Heróis do Século

25. Batman vs. Superman: A Origem da Justiça (2016)

Memes à parte, o envolvimento de Zack Snyder com a DC aconteceu em um dos momentos mais culturalmente interessantes para o cinema de herói - passada a euforia dos primeiros anos de sucesso astronômico do Marvel Studios, levantaram-se contestações sobre a validade artística do gênero, e a liberdade dada a diretores que se envolviam com ele, versus os mandatos corporativos de gente como Kevin Feige. Goste dele ou não, impossível negar que Snyder fez filmes exatamente como quis, e que sua visão para o mundo dos heróis é distinta… nunca mais do que em Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, um épico inchado até o limite, hiperviolento e excessivamente niilista - mas, também, absolutamente inconfundível. - Caio Coletti

24. Coringa (2019)

Todd Phillips surpreendeu o mundo ao fazer um filme sobre a história de Arthur Fleck, a persona por trás do Coringa - ou, talvez, alguém que inspirou a criação do maior vilão do Batman. Entre críticas e elogios, o longa explica a psique do personagem enquanto vítima da sociedade e como tais circunstâncias o levaram a se tornar um agente do caos. Para muitos, Coringa foge do gênero de super-heróis ao tentar inseri-lo em um contexto social mais próximo da realidade, e é isso que o teria tornado brilhante e digno dos prêmios no Oscar, incluindo de Melhor Ator para Joaquin Phoenix. Um filme divisivo, mas igualmente histórico. - André Zuliani

23. Mulher-Maravilha (2017)

Na empreitada do antigo DC Films em criar o seu próprio universo compartilhado nos anos 2010, os primeiros filmes foram grandiosos, mas tiveram sua parcela de críticas sofridas. O Homem de Aço foi bom por apresentar o Superman de Henry Cavill, mas não foi todo mundo que amou Batman vs. Superman três anos depois. E foram ainda menos pessoas que gostaram do Esquadrão Suicida de 2016. A DC finalmente mostrou o seu potencial, pra valer, com o lançamento de Mulher-Maravilha. É o papel que Gal Gadot estava destinada a interpretar, mostrando uma origem sólida para a heroína, com o ótimo olhar feminino de Patty Jenkins. Aqui, a Mulher-Maravilha é uma guerreira e cada detalhe do filme endossa isso –dos figurinos, às cenas de luta e até à sua moral e seus princípios em meio à Primeira Guerra Mundial. - Bruna Nobrega

22. X-Men: O Filme (2000)

A segunda metade da década de 1990 não foi generosa com adaptações de heróis. Aço, com Shaquille O’Neal, Batman & Robin, de Joel Schumacher, Fantasma, estrelado por Billy Zane… parecia que esse “gênero” não tinha espaço fora das páginas das HQs. O mundo olhava para um novo herói, que usava um sobretudo como capa e que lutava contra máquinas que dominavam a Terra. Neo, de Matrix, era o retrato perfeito do que aquela geração queria assistir e torcer. Bryan Singer abraçou essa aura que pairava sobre a cultura pop e levou para o cinema uma das equipes mais conhecidas e amadas: os X-Men. Ao invés de colocar os heróis em roupas coloridas, populares pela animação de 1996, o diretor os vestiu com couro preto à la Trinity e trouxe nomes de peso para liderar os dois lados: Patrick Stewart e Ian McKellen. De quebra, lançou para o mundo um dos maiores nomes do gênero e do cinema nas últimas décadas: Hugh Jackman. Ao olharmos o filme agora, 25 anos depois, e compararmos com o cinema de heróis de hoje em dia, X-Men parece muito simples. Mas ver os mutantes em carne e osso, ganhando um tratamento digno da obra de Stan Lee e Jack Kirby, representou um avanço hercúleo para o gênero e abriu portas para todos que estão nesta lista. - Alexandre Almeida

21. Blade II (2002)

Você foi ver Deadpool & Wolverine (2024) e não entendeu nada que tinha um cara todo de preto, com uma roupa de couro e óculos de sol em uma caverna? Bom, o nome dele é Blade. Na verdade, o nome dele é Eric Brooks, interpretado por Wesley Snipes. Foi em 1998 que vimos pela primeira vez Snipes, um dos grandes nomes do cinema de ação dos anos 1990, no papel do caçador de vampiros que saiu das catacumbas da Marvel para os cinemas. Mas foi em 2002 que vimos sua melhor forma até aqui. E o “culpado” por isso tem nome e sobrenome: Guillermo Del Toro,em sua segunda película em Hollywood - a primeira foi Mimic (1997). O mexicano, fã assumido de filmes de terror e anime, encheu a tela com seu estilo - compensando a falta de profundidade do roteiro de David S. Goyer. - Marcelo Forlani

20. Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2021)

Difícil colocar um alfinete, dentro da timeline dos filmes de super-heróis, exatamente na última vez que uma produção do gênero foi tão absolutamente desavergonhada de suas origens quanto Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. Inspiradas pela performance irrepreensível de Margot Robbie como a personagem título, a roteirista Christina Hodson e a diretora Cathy Yan realizaram um filme cartunesco e estourado, entregue aos ritmos de um feminismo pop descontraído e uma trama de leveza extraordinária. Lançado poucas semanas antes do estouro da pandemia de covid-19, Aves foi uma das últimas vezes que fomos felizes desde então. - Caio Coletti

19. Capitão América: Soldado Invernal (2014)

Considerado por muitos como o melhor filme do Marvel Studios, Capitão América: Soldado Invernal é um retrato do que consolidou o sucesso do MCU. A militarização dos heróis ganha contornos de suspense de espionagem da Guerra Fria com a entrada de Robert Redford na S.H.I.E.L.D. e o roteiro envolvendo uma conspiração que tira Nick Fury do poder e contesta a lealdade do herói que carrega o símbolo e as cores da América (do Norte) no uniforme. O filme estabelece os Irmãos Russo como peça fundamental para o futuro da Marvel e o estilo de ação como um dos mais amados pelos fãs. De quebra, ainda temos um excelente visual do Soldado Invernal e um dos melhores vilões do MCU com Alexander Pierce (Redford) - Alexandre Almeida

18. Logan (2017)

Os X-Men foram centrais na renascença dos filmes de super-heróis e sua ebulição, e o personagem que mais personifica esse movimento (ao lado do Tony Stark de Robert Downey Jr.) é o Wolverine de Hugh Jackman. Em Logan, filme que marcaria a despedida do ator no papel - até o lançamento de Deadpool & Wolverine sete anos depois -, Jackman entrega a versão mais brutal e mais próxima dos quadrinhos que já vimos de Wolverine no cinema. Em sua releitura da HQ O Velho Logan, James Mangold reverencia o herói em um filme cujo desenrolar é igualmente gratificante e agridoce, mas que serviu como o adeus que um ícone como o mutante canadense merecia. - André Zuliani

17. Hulk (2003)

Lá em 2003, o mundo tinha acabado de descobrir o que filmes de super-heróis poderiam ser - e ainda não tinha ideia do que não queria que eles fossem. Talvez por isso o Hulk de Ang Lee tenha sido tão rejeitado: pegando uma deixa que também existe nos quadrinhos, o diretor que em breve faria filmes como O Segredo de Brokeback Mountain e As Aventuras de Pi transformou o Gigante Esmeralda em uma manifestação cartunesca da raiva profundamente enraizada de Bruce Banner, interpretado de maneira torturada por Eric Bana. Cheio de ideias subversivas sobre transportar a linguagem cinética dos quadrinhos para o cinema, Hulk talvez fosse abraçado na época da fadiga dos super-heróis. Mas, fora da sua época como foi feito, ele não tinha muita esperança. - Caio Coletti

16. Superman (2025)

Superman pode ser um alien mais forte do que uma locomotiva e mais rápido que uma bala, mas ele é mais parecido com eu e você do que um bilionário igualmente brilhante em solucionar crimes e em artes marciais. A diferença entre Clark e nós é que, um dia, ele descobriu que podia derrubar paredes. Superman de James Gunn entende isso, e por mais imperfeito que ele seja, essa compreensão – aliada ao quão aberto é seu abraço dos elementos de fantasia e ficção-científica dos gibis da DC – faz dele o início de uma nova era do cinema de heróis. - Guilherme Jacobs

15. Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023)

Apesar do primeiro Guardiões da Galáxia ser um dos filmes mais importantes da história do Marvel Studios, o momento em que James Gunn aperfeiçoou sua fórmula com esses personagens é em Guardiões da Galáxia Vol. 3. Menos inovador? Talvez. Mas este é o mais emocionante, mais memorável e mais empolgante filme da trilogia, um que se beneficia vastamente de finalmente passar o bastão de protagonista para Rocket Raccoon, o personagem que Gunn sempre descreveu como o principal desta saga. - Guilherme Jacobs

14. V de Vingança (2005)

Poucos filmes desta lista saíram de uma posição tão nichada para entrar na cultura pop como V de Vingança. Pode ver, se você tem amigos cinéfilos e que curtem filmes de quadrinhos, algum deles vai postar a famosa frase em 5 de novembro. A obra de Alan Moore foi publicada entre 1982 e 1985, mas em 2005 foi adaptada para o cinema com produção das Irmãs Wachowski e grande elenco, com Hugo Weaving vindo da trilogia Matrix e O Senhor dos Anéis e Natalie Portman, que havia acabado de estrelar a trilogia prequel de Star Wars. A história do vigilante que luta contra um sistema fascista que domina a Inglaterra, chegou aos cinemas no meio da Era George W. Bush e após atentados terroristas ocorrerem na capital do Reino Unido, o que contribuiu para o engajamento nas questões revolucionárias da história. Mesmo excluindo os fatores externos, V de Vingança ainda se mantém sólido, instigante e divertido - na medida do possível -, abrindo portas para uma outra adaptação da obra de Alan Moore: Watchmen, de Zack Snyder. - Alexandre Almeida

13. Hellboy II: O Exército Dourado (2008)

Antes mesmo da estreia de Blade II (2002), Guillermo del Toro já estava com sede de sangue para levar aos cinemas uma de suas HQs favoritas: Hellboy, criada, escrita e desenhada por Mike Mignola. Embora tenha chegado a conversar com Vin Diesel para assumir o papel, o seu trabalho ao lado de Ron Perlman em Blade II o fez mudar de ideia. E Perlman personificou o demônio vermelho de chifres cortados como ninguém. Em Hellboy (2004), os dois apresentaram o personagem e sua ambientação fantástica ao público. Mas foi em Hellboy II: O Exército Dourado (2008) que Del Toro pôde mostrar sua mão - às vezes tão pesada e estilosa quanto o Braço Direito do Destino - se distanciando um pouco da matéria-prima original, bastante nichada, para tentar alcançar um público maior. Conseguiu aumentar seu faturamento global, passando de 99 millhões de dólares para 168 milhões. Porém, o balanço comercial continuou vermelho como a pele do nosso herói, que não ganhou um terceiro filme nas mãos do mexicano. - Marcelo Forlani

12. Homem de Ferro (2008)

Homem de Ferro se tornou um filme histórico não apenas entre as produções de super-heróis, mas também para o cinema em si. Foi o ponto de partida do MCU, o primeiro capítulo de uma saga de mais de 10 anos que culminou no ápice do gênero com o duo Guerra Infinita e Ultimato. Colocou Robert Downey Jr. no primeiro escalão de astros de Hollywood e marcou o início de uma nova era para os heróis de quadrinhos. Mesmo que, ao revisitá-lo, não tenha o mesmo impacto de outrora, Homem de Ferro certamente manterá a sua importância para a indústria cinematográfica por muitas e muitas décadas. - André Zuliani

11. Corpo Fechado (2000)

A missão de M. Night Shyamalan com Corpo Fechado era tão grande quanto a de um Capitão América enfrentando Thanos, em Vingadores: Ultimato, por exemplo. Como dar o passo adiante depois de um dos grandes fenômenos do cinema moderno que foi O Sexto Sentido? O diretor se reúne mais uma vez com o astro Bruce Willis para contar a trajetória de David Dunn, o único sobrevivente de um desastre de trem que matou todos os 131 passageiros. A vida de Dunn muda quando ele conhece Elijah (Samuel L. Jackson), um frágil homem, que lhe apresenta a ideia de que super-heróis são reais e que David é um deles. Shyamalan passa a estudar a vida de um morador do subúrbio, que a partir desse momento tem sua vida - e de sua família - modificada para sempre. Sim, como toda boa jornada de herói, no entanto, o diretor está mais preocupado com o lado psicológico de Dunn e nunca se perde nas grandiloquentes convenções de ação do gênero.  - Alexandre Almeida

10. Batman (2022)

Uma crítica comum aos filmes do Batman é que eles têm mais interesse nos vilões do que no herói. Isso certamente não é verdade no Batman de Matt Reeves, um épico que escancara a necessidade do personagem de ser algo mais do que um símbolo para colocar medo nos inimigos, e, portanto, a necessidade de suas adaptações de encontrarem novas facetas em Bruce Wayne. Aqui vivido por Robert Pattinson como uma pessoa que se distanciou completamente do mundo, Batman é desafiado a evoluir, e o filme de Reeves acompanha essa evolução dando um passo significativo na dramatização do Homem-Morcego nas telonas. - Guilherme Jacobs

9. Vingadores: Ultimato (2019)

É possível descrever Vingadores: Ultimato como o fan service supremo dos filmes de super-herói. O longa representa o capítulo final de uma saga construída ao longo de uma década pelo Marvel Studios e entregou um dos momentos mais icônicos da história do cinema, mesmo que muitos considerem sua narrativa abaixo de seu coirmão, Guerra Infinita. Em tempos de filmes-eventos, Ultimato é o suprassumo deste conceito - elevou tanto a barra que marcou o início de uma inesperada derrocada do MCU nas telonas e obrigou uma verdadeira correção de rota promovida pelo chefão Kevin Feige. - André Zuliani

8. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (2023)

Através do Aranhaverso saiu depois de dez filmes, sendo nove live-actions, do Homem-Aranha. Este personagem, então, já havia sido explorado de tantas maneiras – incluindo pelo viés do multiverso – que faz sentido que essa animação, uma obra genuinamente revolucionária em tecnologia e direção artística, tenha como fundamento a quebra do cânone. A história de Miles Morales aqui é sobre a possibilidade, ou até mesmo a necessidade, de sair do mesmo. Visualmente e na narrativa, Através do Aranhaverso se abastece desse poder para fazer algo tão impressionante que, mesmo com o gancho não resolvido do final, é impossível não terminar o filme satisfeito. - Guilherme Jacobs

7. Pantera Negra (2017)

A época da primazia técnica e monetária do Marvel Studios pode ter atingido o ápice na dobradinha Guerra Infinita/Ultimato, mas há um caso a ser feito para Pantera Negra na mesma posição. Nas mãos de um diretor com propósito, como Ryan Coogler, os recursos da Disney vieram a calhar na construção artesanal de uma Wakanda táctil, pesquisada, e épica. Não à toa, Pantera venceu estatuetas de Melhor Figurino, Melhor Direção de Artee Melhor Trilha Sonora no Oscar, um feito inédito para o cinema de herói - o seu apuro artístico era o seu chamariz, a sua criação de um país afrofuturista no meio da maior franquia comercial de Hollywood era o que ele (e o gênero) tinha de mais subversivo para oferecer. Com uma discussão contundente de ancestralidade e isolacionismo como pano de fundo, Pantera provou que se fazia cinema até mesmo na Marvel. - Caio Coletti

6. Os Incríveis (2004)

Um filme sobre uma família de heróis - e não estamos falando do Quarteto Fantástico! Enquanto a Constantin Filme e a Fox enrolavam (e se enrolavam) para lançar um longa-metragem baseado nos quadrinhos da Marvel, Brad Bird foi lá e fez a sua animação para a Pixar. O projeto era antigo em sua cabeça e foi inspirado em sua própria experiência de tentar equilibrar o lado profissional e a família. Depois que a Warner Animation falhou na sua tarefa de promover o ótimo Gigante de Ferro (Iron Giant, 1999), Bird finalmente aceitou os chamados de seu colega de faculdade, John Lesseter, e foi para a Pixar, trocando a animação tradicional pela feita com computação gráfica. O resultado - com humor, aventura e dilemas pessoais - é apenas perfeito. - Marcelo Forlani

5. X-Men 2 (2003)

Se o primeiro X-Men provou que os mutantes eram material cinematográfico, X-Men 2 foi a hora de provar que eles tinham uma boa história para contar. Entra em cena o roteirista Michael Dougherty, um dos mais talentosos escritores de gênero das últimas décadas em Hollywood, para moldar essa segunda aventura dos personagens em uma exploração honesta das reações à opressão, que usa e abusa de paralelos pop para posicionar os X-Men como eles sempre foram: uma gigante e excitante metáfora para quando as minorias adolescentes hormonizadas se tornam os heróis da história. Com diálogos afiados, e cenas de ação que esbanjam inteligência na montagem e fotografia, X2 elevou o que se espera de um filme de super-heróis - e foi superado poucas vezes desde então. - Caio Coletti

4. O Cavaleiro das Trevas (2004)

Certas coisas já foram ditas tantas vezes, mas tantas vezes, que corre-se o risco delas deixarem de ser interessantes. Dizer que Christopher Nolan fez algo gigante com Batman: O Cavaleiro das Trevas não é nada inovador – o mesmo é pregado incessantemente desde que o Coringa de Heath Ledger tomou conta do cinema em 2008 – mas também não deixou de ser verdade. O Cavaleiro das Trevas não tem multiverso, não tem um dilema de fim de mundo e nem uma penca de heróis. Ainda assim, o confronto entre o Batman de Christian Bale e o Coringa de Ledger parece a coisa mais grandiosa já posta em tela, graças aos instintos cinematográficos do diretor. Este épico de crime inspirado por Fogo Contra Fogo e outros clássicos do gênero tem mais energia na virada de um caminhão do que todas as tempestades de CGI do mundo de heróis. - Guilherme Jacobs

3. Homem-Aranha no Aranhaverso

Que Homem-Aranha no Aranhaverso mudou o paradigma dos filmes de animação hollywoodianos, não é novidade. Se os grandes estúdios fazem hoje filmes animados com estilização de verdade, ao invés de sempre buscar o fotorrealismo, é culpa do trio de diretores Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman. Acima do espetáculo estético e cinético do filme, no entanto, existe também uma história que encarna e subverte, ao mesmo tempo, todo o discurso do cinema de herói dos últimos 25 anos. Aranhaverso é sobre histórias que se repetem, e como essa repetição pode nos inspirar - palavras como “comunhão” e “comunidade” vem do mesmo radical, afinal: comum. Que o filme seguinte na franquia tenha vindo para afirmar a importância de seguir o seu próprio caminho é igualmente genial. - Caio Coletti

2. Vingadores: Guerra Infinita

O segundo melhor filme de herói do século 21 é também o melhor e mais marcante título do Marvel Studios. Vingadores: Guerra Infinita ousou ao colocar a figura de Thanos (Josh Brolin), até então um vilão que se articulava apenas nas sombras, como protagonista em um filme que unia alguns dos principais heróis do estúdio, incluindo Homem de Ferro e Capitão América. Na era dos filmes-eventos, Guerra Infinita é sem dúvida um marco histórico, não apenas pela sua narrativa surpreendentemente bem amarrada mesmo com um inchaço de personagens, mas também por ter um dos finais mais surpreendentes desde Star Wars: O Império Contra-Ataca. No maior estilo quadrinesco, é a tempestade antes da tormenta no MCU, para que, finalmente, este grupo de heróis faça jus ao rótulo de “Vingadores”. - André Zuliani

1. Homem-Aranha 2

O filme perfeito de super-heróis existe e podemos provar. Lançado apenas dois anos depois de sua primeira aventura, em que descobre que “Com Grandes Poderes Vêm Grandes Responsabilidades.”™ Tio Ben, Peter Parker (Tobey Maguire) tenta levar sua vida combinando o lado pessoal e a do Amigão da Vizinhança. E falha miseravelmente. Ele perde seu emprego na pizzaria, vê MJ ficar com outro, está prestes a bombar na faculdade e sua falta de dinheiro pode custar seu apartamento e casa da Tia May. E com desgraça pouca na vida do Peter é besteira, ele também começa a duvidar de si mesmo, perde seus poderes e chega a descartar seu uniforme na lata do lixo. Tudo isso enquanto o cientista que era um de seus ídolos perde o controle de um de seus experimentos e acaba se tornando o vilão conhecido como Doutor Octopus (Alfred Molina), que chega a sequestrar a MJ. Mas ser herói não é só questão de querer ou não. É uma escolha, um destino, uma vida de sacrifícios. E lá vai ele salvar a cidade, os nova-iorquinos e até o seu inimigo. 

• Por que Homem-Aranha 2 é o melhor filme de super-herói do século?

Sim, a trama de Homem-Aranha 2 (Spider-Man 2) é perfeita! E não para por aí. Os efeitos visuais ganharam o Oscar. A trilha sonora criada por Danny Elfman é de fazer qualquer um querer se balançar pelos arranha-céus de Manhattan. E Sam Raimi consegue trazer o equilíbrio entre humor e terror que nem Luke conseguiu trazer para a Força. Sem Fórmula-Mavel. Sem Raio Azul. Sem esquema de pirâmide que te obriga a ver mil filmes. Apenas diversão e emoção. Vamos lembrar que depois de parar um trem desgovernado com unhas e teias, e salvar centenas de pessoas, Peter está com sua identidade pública exposta, e os cidadãos que estavam ali fazem um pacto silencioso para mantê-la assim, sem a magia do Doutor Estranho, apenas com respeito ao heroísmo. Até o J.J. Jameson deve ter chorado nessa cena (mas nunca vai admitir em público). - Marcelo Forlani