Na semana passada, o Smashing Pumpkins anunciou seus planos de lançar um novo álbum, chamado Oceania. A banda pretende também relançar os álbuns Gish (1991), Siamese Dream (1993), e o disco de B-sides Pisces Iscariot (1994), todos remasterizados e com faixas extras.
Billy Corgan
Em entrevista à Rolling Stone estadunidense, o vocalista Billy Corgan garantiu que há ainda muito material inédito que não chegou aos ouvidos dos fãs.
"Eu entrei em alguns foruns na Internet para ver o que os fãs estão dizendo e eles acham que já ouviram tudo, mas estão enganados. Temos muito material que ninguém nunca ouviu. Só no primeiro álbum, temos umas 30 músicas demo de antes das gravações. Muito desse material precisa ser remixado e tem umas versões bem legais que nunca foram ouvidas. O segundo álbum já não tem tanto material assim, então eu provavelmente vou ter que procurar um pouco mais. A EMI gostaria de lançar um disco inteiro de material extra. Acho que será um equilíbrio dos melhores B-sides que as pessoas que originalmente compraram Gish não conhecem. Quero que seja uma documentação daquilo que cercou os álbuns. Se você é um fã daquele disco, então você vai ganhar mais do disco. Mas quero ser muito seletivo e não lançar qualquer coisa. Quero que seja quase como uma mixtape. Se você é fã de Gish, o disco bônus teria muitas coisas legais para ouvir que são daquele período", explicou.
Ainda falando sobre o passado, Corgan foi questionado se gostaria de voltar a gravar com Butch Vig, produtor dos álbuns Gish e Siamese Dream, que voltou aos holofotes com Wasting Light, novo disco do Foo Fighters. "Com certeza. Adoro Butch e nos damos muito bem. Eu adoraria trabalhar com ele. Butch provavelmente é uma das únicas pessoas com quem eu entraria em um estúdio novamente. [risos] Butch é ótimo de se trabalhar - ele é um baterista, o que sempre lhe deu uma ótima vantagem como produtor. A maioria dos álbuns começam com a bateria", contou Corgan.
O líder do Smashing Pumpkins também comentou a sonoridade de Oceania, que promete retomar algumas características clássicas da banda. "Meus amigos disseram que o álbum remete ao que eles sempre gostaram no Smashing Pumpkins, mas soa novo. Ao mesmo tempo que tem uma familiaridade que é difícil de definir, não soa como o mesmo material que já tínhamos", comentou.
A entrevista terminou com um assunto sobre o qual todo fã gostaria de saber: será que - algum dia - teremos uma reunião da formação original do Smashing Pumpkins?
"Não. Isso é uma daquelas coisas que nunca vai acontecer. Dizem que você não vê alguém por muito tempo, fica com saudade. Bem, nós não ficamos distantes. As coisas que aconteceram entre nós nesse tempo não foram boas. Tivemos processos e coisas do tipo, e tudo isso só piorou. Se era ruim no começo, está pior agora. Jimmy [Chamberlin] e eu não somos inimigos, ele apenas está fazendo aquilo que quer fazer, como deve ser. Não é como se nós nunca mais fossemos subir num palco novamente. Mas eu não consigo, forma alguma, imaginar James [Iha], D'arcy [Wretzky] e eu em um palco, tocando juntos. Eu não vejo uma situação onde isso seria possível", finalizou Corgan.
O novo álbum da banda, agora com Jeff Schroeder, Nicole Fiorentino e Mike Byrne, deve sair ainda este ano. Gish, Siamese Dream e Pisces Iscariot serão relançados pela EMI na época do Natal.
Nesta semana, a banda lançou uma nova música de seu projeto Teargarden by Kaleidyscope. Ouça "Owata", nova do Smashing Pumpkins, na coluna Música Grátis.