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What If...? usa mistério instigante para imaginar mundo sem Vingadores

Viúva Negra e Nick Fury perseguem assassino misterioso no novo episódio, mas resolução decepciona

CC
25.08.2021, às 08H50.
Atualizada em 25.08.2021, ÀS 09H18

Créditos da imagem: Nick Fury e Clint Barton no terceiro episódio de What If...? (Reprodução)

Alguém está matando os Vingadores... antes mesmo de eles se tornarem Vingadores. A premissa do terceiro episódio de What If...? é um mistério instigante por si só, retornando à fase 1 do MCU para se perguntar a quem interessa a eliminação dos heróis mais poderosos da Terra, enquanto eles ainda estavam sendo recrutados por Nick Fury (Samuel L. Jackson).

Enquanto o diretor da S.H.I.E.L.D. e sua agente mais valiosa, a Viúva Negra (Lake Bell, ótima no papel), investigam esse caso, passeando por encontros com os personagens mais marcantes do MCU, o capítulo se desenrola como um bom livro de mistério, revelando cuidadosamente as menores pistas para o espectador. Os problemas só aparecem quando a solução se apresenta.

What If...?, ao que parece, não soube encontrar uma saída interessante para o beco narrativo em que se meteu, recorrendo, ao invés disso, a uma explicação convoluta e um vilão de motivações banais. É o oposto do que o episódio promete durante sua quase meia hora de duração (descontando os créditos), e do que os fãs do MCU, que entendem a significância dos Vingadores, esperam.

O dinamismo do episódio antes do seu terceiro ato se deve em grande parte à forma como ele revisita e reescreve não um, mas vários filmes da franquia Marvel. É diferente do que fez o primeiro capítulo de What If...?, por exemplo, que se perdeu em detalhes ao reimaginar a trama de Capitão América: O Primeiro Vingador.

Podendo revisitar cenários diversos e virá-los de cabeça para baixo rapidamente, sem gastar mais do que 5 ou 10 minutos em cada um, este terceiro capítulo encontra um ritmo envolvente, conduzido por dois protagonistas bem desenhados. Até as piadas funcionam, como o crush de Coulson (Clark Gregg) em Thor e Steve, e o "vamos começar um grupo de apoio" de Natasha para Nick quando ele se diz ocupado ao telefone.

Talvez até por essa qualidade da condução, o final desajeitado do mistério não incomoda tanto quanto poderia. E os minutos que fecham o capítulo, dedicados à maneira como Nick reconstrói a esperança em uma Terra sem a equipe original dos Vingadores, são um toque esperto. Como tributo à amplitude do MCU, e à solidez do seu conceito de heroísmo, este episódio de What If...? ainda funciona muito bem.