Desenvolvido pelo estúdio independente Solar Drift Studios, Star Overdrive chega com a proposta de misturar o senso de descoberta e liberdade de The Legend of Zelda: Breath of the Wild com as manobras de Tony Hawk’s Pro Skater. O resultado é um jogo de aventura em mundo aberto que bebe fortemente de fontes conhecidas, mas encontra sua diversão na forma como o jogador se movimenta e interage com o cenário.
Na pele de Bios, um personagem preso em um planeta desconhecido, o jogador inicia a jornada com apenas uma espada e um hoverboard. A narrativa é simples, servindo mais como um pano de fundo para a verdadeira estrela do jogo: a exploração. E é aqui que Star Overdrive tenta brilhar.
Divulgação/Dear Villagers
A estrutura do mundo e dos desafios evoca imediatamente Breath of the Wild, com shrines, puzzles e exploração livre. Tudo funciona bem, é polido, divertido, mas também carrega um certo peso de familiaridade. Em muitos momentos, a sensação é de já ter visto aquilo antes, o que tira parte da surpresa que um título original poderia oferecer. Ainda assim, o diferencial é claro: a exploração com o hoverboard.
O sistema de movimentação com a prancha é o grande destaque. Ela transforma terrenos comuns em pistas criativas, onde o jogador pode realizar manobras radicais enquanto enfrenta monstros ou tenta alcançar áreas secretas. É uma mecânica que injeta frescor e velocidade a um gênero que costuma ser mais contemplativo.
Mas isso também agrega a combates, principalmente em chefões que precisam ser enfrentados em cima do seu hoverboard, tornando tudo mais divertido e dinâmico.
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Visualmente, o jogo é bonito. A direção de arte torna até os ambientes mais áridos, como desertos, em cenários belos e cheios de personalidade. As cores, iluminação e estilo gráfico trabalham em harmonia para criar uma ambientação coesa e agradável de explorar.
A trilha sonora também merece destaque. Com transições bem pensadas entre momentos calmos e sequências intensas, a música acompanha perfeitamente o ritmo da ação. Do instrumental atmosférico aos batidões eletrônicos nos combates.
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No Switch 2, plataforma onde foi testado, Star Overdrive rodou de forma impecável, mesmo sem um patch dedicado. Nenhum travamento, queda de frame ou glitch comprometeu a experiência.
No fim das contas, Star Overdrive não é uma revolução. É uma aventura divertida e simples, que pega elementos que já funcionam e adiciona um tempero próprio na forma de movimento. Mas esse pode ser seu ponto fraco, também. Tudo é estranhamente parecido com outros jogos, o que pode torná-lo cansativo.
Mesmo que a sensação de deslizar pelo mundo fazendo combos insanos seja única, o jogo como um todo não tem essa singularidade. Para quem busca uma experiência leve, criativa e com bom ritmo de exploração, ele vale cada minuto.