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Games
Crítica

Dead Take é imperfeito como um game sobre arte deve ser

Recheado de estrelas em seu elenco, o game abraça seus problemas de forma caótica

Omelete
3 min de leitura
06.08.2025, às 17H03.
Dead Take

Créditos da imagem: Divulgação/Pocketpair

Qualquer jogo que estampasse os nomes de Ben Starr, Neil Newbon e Sam Lake em seu elenco já seria suficiente para chamar minha atenção. Um terror baseado em puzzles, com narrativa confusa e muito mais perguntas do que respostas, então? Dead Take me conquistou já nos trailers, e não seria exagero dizer que, mesmo que eu soubesse sobre sua existência há pouco tempo, ele era um dos games que mais esperava no segundo semestre.

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Os nomes dos atores podem não ser conhecidos por todos, mas são eles quem dão vida a Verso em Clair Obscur, Astarion em Baldur's Gate 3 e Alex Casey em Alan Wake 2, respectivamente — neste último caso, Lake também é o criador de todo o universo compartilhado da Remedy.

Dead Take
Divulgação/Pocketpair

Um game que reúne tanto talento teatral não poderia seguir outro caminho senão a atuação propriamente dita. Dead Take é, sim, um jogo de terror, mas também acaba servindo como um ensaio sobre a profissão, guiado de forma muito tênue por um enredo sobre relações de poder nessa indústria.

O jogador controla Chase Lowry (Newbon) em uma busca por Vinny Monroe (Starr). O galã desapareceu após uma festa na mansão do lendário produtor Duke Cain, que celebrava o início das filmagens de The Last Voyage, seu novo longa com Monroe no papel principal.

Lowry encontra uma mansão vazia, e sua investigação silenciosa é ritmada pela trilha sonora arrepiante, assim como vários ruídos vindos de direções improváveis. A cada quebra-cabeça, o protagonista e o jogador se aprofundam mais nas histórias de Cain, Monroe e do próprio Chase, ainda que tudo seja contado de uma forma nada linear ou intuitiva.

Dead Take
Divulgação/Pocketpair

Dead Take não tem cutscenes. A narrativa se desenrola em um cinema, onde o jogador descobre, aos poucos, gravações live-action feitas pelos membros do elenco e outros profissionais envolvidos na produção de The Last Voyage. A aposta do jogo é na entrega dos atores em uma sala vazia, e em sua suficiência para nos convencer da autenticidade daquela narrativa.

O resultado nem sempre é incrível, ainda que Starr e Newbon, ambos excelentes e com visível liberdade criativa, travem uma batalha silenciosa pelo maior impacto causado. O restante do elenco tem seus pontos de brilho, mas também tem seus pontos medianos, desequilibrando a balança.

Esses deslizes passariam batido em um jogo com mais ambições em escopo. Dead Take, entretanto, é simples como um produto mecânico. Quase tudo é resolvido com cliques e caminhadas de um lado para o outro, em quebra-cabeças que ficam entre o raso e o satisfatório. O tempero do terror de jumpscares, vozes e barulhos ajuda a criar uma atmosfera mais densa, mas vai parecer gratuito para alguns jogadores.

Dead Take
Divulgação/Pocketpair

Ironicamente, o próprio game indica que sabe dessas fragilidades e abraça totalmente a ideia de que não vai funcionar para todos. A narrativa quebrada quase nunca entrega respostas concretas, e é o maior exemplo dessa autoconsciência.

Curto e marcante, Dead Take tem seu brilho na inconsistência e no não dito. Fugir do óbvio, ainda mais num jogo independente, vai inevitavelmente resultar em altos e baixos, mas faz todo sentido que um jogo com a arte como motor tenha suas imperfeições, não é mesmo?

Nota do Crítico

Dead Take

Dead Take

31.07.2025
Terror, Puzzle
Desenvolvedora: Surgent Studios
Publicadora: Pocketpair Publishing
Classificação: 14 anos
Plataformas: PC
Testado em: PC

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