Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Veja as ofertas
Termos e Condições Política de Privacidade
Filmes
Lista

25 Melhores Filmes de 2025 (Até Agora) e Onde Assistir

De blockbusters a sucessos de festivais, o que 2025 tem de melhor no cinema e streaming

17 min de leitura
AC
28.11.2025, às 18H19.

Créditos da imagem: Divulgação/Montagem Omelete

O ano de 2025 veio com muita expectativa para o cinema e streaming, e após o fim do primeiro semestre, já podemos dizer que ele vem entregando. Entre grandes filmes nacionais, blockbusters de todos os tipos e sucessos em festivais, há um pouco de tudo.

Confira outras listas:

A lista abaixo contém, em ordem alfabética, os melhores filmes do ano que o Omelete já assistiu. Alguns ainda serão lançados, mas colocamos aqui para que você já anote no calendário. Outros já estão disponíveis, e é só correr pra conferir. Essa lista será atualizada regularmente, então volte sempre!

Lista em ordem alfabética, atualizada em 28 de novembro.

O Agente Secreto

Vitrine Filmes

Onde assistir: Em cartaz nos cinemas.

Em muitos sentidos, espionagem é a arte do apagamento. Uma pessoa apaga seu nome, esconde sua história e ofusca suas intenções e parte para o território desconhecido buscando não deixar rastros. Não é à toa que Kleber Mendonça Filho tenha escolhido este gênero, ou ao menos seus ossos, para pautar seu misterioso, grandioso e triste O Agente Secreto, um exame de como uma borracha é passada por cima de pessoas e lugares no Brasil que existe em inevitável conversa com Ainda Estou Aqui Retratos Fantasmas, filme anterior do diretor recifense, e conta com uma grande atuação de Wagner Moura. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Bolero, A Melodia Eterna

Mares Filmes

Onde assistir: Disponível para compra e aluguel no YouTube e Apple TV.

Em uma cena logo no começo de Bolero: A Melodia Eterna, o maestro Maurice Ravel (Raphaël Personnaz) interrompe o ensaio de uma de suas novas composições para dar uma bronca nos músicos: “Vocês não sabem que a valsa exige precisão extrema? O ritmo precisa ser mantido a todo custo”. Na missão de contar a história de vida do compositor, e da criação da obra-prima que batiza o seu filme, a cineasta francesa Anne Fontaine parece ter levado essa instrução muito a sério. A Melodia Eterna é um filme de rigor inquebrantável. Composto por encenações econômicas e tão preocupado com estender seus silêncios quanto em mostrar a música do seu biografado, a cinebiografia se apoia no estoicismo do protagonista para comunicar emoções mudas, por vezes até irrealizadas. - Caio Coletti (Leia a crítica).

Cloud - Núvem de Vingança

O2 Play

Onde assistir: Disponível para compra e aluguel no YouTube, Goolge Play e Apple TV.

Nenhuma experiência é individual mas algumas são mais coletivas que outras. É o que aprende o jovem Ryosuke Yoshii (Masaki Suda) quando decide abandonar seu emprego numa fábrica em Tóquio para ser empreendedor em tempo integral, revendendo online com valores inflacionados os produtos que ele compra no atacado, de bolsas finas a bonecos colecionáveis. Não é uma atividade segura e exige cautela, mas Cloud - Nuvem de Vingança vai de suspense de paranoia a filme de ação sem que Yoshii se dê conta disso. À primeira vista, o diretor Kiyoshi Kurosawa parece estar se filiando a um tema recorrente do capitalismo tardio, uma trama de perseguição que permite nos vingar dos novos ricos e dos aproveitadores que nos exploram, em chave sádica próxima de filmes como O Menu e séries como The White Lotus. As facilidades do discurso moralizante não parecem interessar ao cineasta, porém, e Cloud se afiança ao ponto de vista de Yoshii para desenvolver uma narrativa mais preocupada com os efeitos da alienação. - Marcelo Hessel (Leia a crítica).

Coração de Lutador: The Smashing Machine

A24/Diamond Films

Onde assistir: Em cartaz nos cinemas.

Coração de Lutador não tem uma grande luta, no melhor estilo Rocky vs. Apollo. O filme brilha nos momentos mais íntimos, na ajuda de Kerr ao treinador que sofre com dores que ele pode ter no futuro, ou quando o lutador questiona um funcionário do parque de diversões sobre um dos brinquedos, já que ele fica enjoado ao girar muito. Tudo isso funciona pela autenticidade que Dwayne Johnson demonstra ao abraçar essa história. É a prova que ele precisa para ser reconhecido e ela é feita de forma merecida e respeitosa. Ao final, se você chegou até Coração de Lutador para ver o The Rock em um filme sério, vai sair conhecendo Mark Kerr, aquele ex-lutador, que foi interpretado por Dwayne Johnson em seu grande papel até aqui. - Alexandre Almeida (Leia a crítica).

Corra Que a Polícia Vem Aí

Paramount Pictures

Onde assistir: Disponível para compra e aluguel no YouTubeApple TVGoogle Play Prime Video.

Se os filmes originais miravam a política da época, com o governo George Bush e a Guerra do Golfo, o novo Corra que a Polícia Vem Aí coloca o alvo nas costas dos bilionários, das Big Techs e da falta de reciclagem das instituições norte-americanas. O esquadrão da polícia de Drebin é antiquado e não é à toa que algumas das melhores piadas do filme envolvam diretamente esse aspecto, a violência policial e, claro, a seriedade leviana com que os agentes vestem seus distintivos. É aí que a escolha de Liam Neeson para o papel deixa de ser apenas um acerto para se tornar algo genial. Transformar a imagem do ator, mais famoso atualmente como um homem com habilidades especiais, que usa o próprio corpo como uma máquina de destruir gangues, sequestradores e outros criminosos, em um policial trapalhão, mas que sempre mantém o semblante e a atitude de “eu vou te achar e eu vou te matar” é fantástico. - Alexandre Almeida (Leia a crítica).

Dreams (Sex Love)

Imovision

Onde assistir: Disponível para streaming no Reserva Imovision.

Meio estudo da perda de inocência, meio filme de amadurecimento, meio documento sobre o poder da arte para nos ajudar a entender os outros (e a nós mesmos), Dreams – parte de uma trilogia que Dag Johan Haugerud compôs com Sex Love – vê no desejo o combustível para muitas coisas. Ele pode partir nosso coração, atiçar nossa criatividade e nos motivar a cometer loucuras. Apesar disso tudo, porém, talvez nada no longa seja tão especial quanto sua franca análise do que acontece quando o desejo passa. Quem somos, depois de passar por seu crivo? Quem somos quando o sonho acaba? - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Extermínio: A Evolução

Sony Pictures

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

Extermínio: A Evolução não se apoia em metáforas baratas do aqui e agora. Não há representantes de políticos e bilionários do momento atual. O uso de uma infeção trará o covid-19 à mente, assim como a separação do Reino Unido – em quarentena do resto do mundo – fala do Brexit, mas o contraste que Danny Boyle encontra (ou cria) em todos os aspectos do filme fala em alto e bom som do ruído no centro da vida moderna sem precisar literalizar nada. O filme transborda com a sensação de que há perigos mil à nossa volta, e a escolha de um pré-adolescente como protagonista da história – construída de ponta a ponta por Boyle e Alex Garland como um conto sobre a perda da inocência – reforça a triste verdade de que até os mais jovens estão vulneráveis a essas ameaças. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

F1 - O Filme

Apple

Onde assistir: Disponível para compra e aluguel no YouTubeApple TVGoogle Play Prime Video.

Dá pra dizer que existem três filmes dentro de F1: O Filme. O primeiro é a história tradicional do herói (Brad Pitt) que retorna após ser desacreditado por todos; o segundo é a versão ficcional de um reality show dentro (de um carro) da Fórmula 1; e o terceiro é uma aventura do cinema tradicional americano, que une os dois primeiros longas nas mesmas receitas da ação de Top Gun: Maverick, agora com uma intensidade mais palpável, já que os carros e desafios da modalidade criam um senso de perigo e impacto ainda maior. Este último é, de longe, o melhor dos três, e por isso F1 é um triunfo do novo cinema de ação que Joseph Kosinski começou a desenhar em Maverick. Além do sublime trabalho de som, que torna a experiência no cinema algo simplesmente irreplicável em qualquer outra mídia, o diretor fez uma mistura de elementos práticos com computação gráfica que torna impossível distinguir onde um começa e o outro termina. - Thiago Romariz (Leia a crítica).

Foi Apenas um Acidente

MUBI

Onde assistir: Em breve na MUBI.

O filme de Jafar Panahi não se trata de uma comédia comum, mas encontra no humor desconfortável que surge das discussões e decisões arriscadas dos personagens – como a dos noivos de fazer tudo isso já vestidos para o casamento – um fio condutor nos ligando diretamente ao coração da narrativa, já que cada riso é acompanhado por um momento de conscientização acontecendo simultaneamente com os protagonistas e o público. São respiros que deixam claro não só o absurdo da situação, como sublinham a disposição de pessoas injustiçadas a cometer absurdos em nome de justiça, ou menos de algo que exorcize seus demônios. E o que exatamente é isso? Esta é a pergunta que anima o drama de Foi Apenas um Acidente. Enquanto uns acreditam em olho por olho, outros consideram agir com misericórdia. Tortura e morte são, afinal, as armas do inimigo. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Guerreiras do K-Pop

Netflix

Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.

Todos esses números e recordes não substituem uma coisa: Guerreiras do K-Pop é um ótimo filme e um produto raro hoje em dia. Não tardou para que a animação fosse chamada de “o Frozen da Netflix” e isso não é de todo errado. Frozen - Uma Aventura Congelante também foi um acerto em ambas as esferas. A história da princesa que não se sente bem no corpo e no local onde vive até que se liberta, se entende com seus poderes e descobre no amor da irmã - e não de um príncipe encantado - sua grande força, era perfeita para o momento que foi lançada. Ninguém acreditava mais em príncipes encantados. - Alexandre Almeida (Leia a crítica).

Hamnet

Focus Features

Onde assistir: Exibido no Festival do Rio. A partir de 29 de janeiro nos cinemas.

Hamnet se torna um conto que transforma em realidade os ecos da peça de Shakespeare, sem nunca precisar de metáforas baratas sobre o talento do autor ou momentos de sua vida replicados na peça. No espetáculo visual de Chloé Zhao e no talento de Jessie BuckleyPaul Mescal, são as palavras, os sentimentos, a universalidade da dor e o nosso medo da finitude que fazem da história de Agnes e da família uma experiência tão dura. A eterna busca pelo sentido da vida, como o mítico 'Ser ou não ser'." - Alexandre Almeida (Leia a crítica).

A Hora do Mal

New Line

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

A Hora do Mal está visivelmente mais interessado em trabalhar a confusão, e trabalhar a partir dela, para nos situar no desconfortável, do que em simplesmente assustar de forma barata. Seu horror existe da comunicação de um desequilíbrio moral, e talvez espiritual, dentro dos lares aparentemente tranquilos destas ruas. É um toque Lynchiano (sem tanto surrealismo) que Zach Cregger aplica a ideias muito modernas sobre a desconfiança e o individualismo da vida na classe média ocidental do Século 21. Câmeras de segurança por toda parte. Adultos procurando culpados. Policiais com dedo no gatilho. Uma comunidade prestes a explodir. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

A Meia Irmã-Feia

Shudder

Onde assistir: Em breve nas plataformas digitais.

O filme norueguês, dirigido por Emilie Blichfeldt, por vezes parece a consequência lógica do elogiado A Substância de Coralie Fargeat, muito embora provavelmente tenha sido concebido e filmado antes do longa da francesa ganhar projeção internacional. Eis aqui, afinal, mais um body horror sobre o calvário social pelo qual metemos o corpo feminino, dirigido por uma cineasta europeia, que aposta nas estratégias de choque e em um bom humor meio torto para conquistar e provocar o público ao mesmo tempo. Acontece que A Meia-Irmã Feia é um pouco mais do que "o novo A Substância", e ainda bem. No pouco menos de 2h de duração da sua releitura de Cinderela pelos olhos de uma das "irmãs feias" da Gata Borralheira, Blichfeldt mostra que tem ideias mais sofisticadas do que Fargeat (uma autora de impulso criativo imparável, mas que opera muito no instinto de quem é fluente na linguagem em que se expressa) sobre a própria natureza da beleza, e como ela captura a mente feminina em um ciclo de autodestruição. - Caio Coletti (Leia a crítica).

Oeste Outra Vez

O2 Play

Onde assistir: Disponível para streaming no Telecine.

Oeste Outra Vez passa muito tempo observando os ambientes onde vivem, sozinhos, os seus protagonistas. É até curioso notar, inclusive, que o design de produção do longa seja assinado por uma mulher (Carol Tanajura, veterana de filmes como Longe do Paraíso e A Cidade do Futuro). Em cada detalhe das casas de Totó (Ângelo Antônio), Durval (Babu Santana), Jerominho (Rodger Rogério) e Ermitão (Antonio Pitanga) fica evidente uma negligência que transborda em pias lotadas de louças sujas, fogões de porta quebrada, lixo amontoado pelos cantos… enfim, bagunças e desajustes estereotipadamente masculinos, que o filme usa para nos localizar firmemente em sua versão da masculinidade. São homens que nunca aprenderam a cuidar de si, do mundo ao seu redor, e muito menos dos outros. - Caio Coletti (Leia a crítica).

Pecadores

Warner Bros.

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

Como já é tradição em sua filmografia, Ryan Coogler volta a usar o prisma do entretenimento para contar histórias muito mais profundas do que aparentam ser (e volta a usar Michael B. Jordan). Pecadores é um drama histórico comovente e visceralmente bem pesquisado que apresenta o blues como a música do diabo, tal como o gênero era rotulado na época pela preconceituosa alta-sociedade estadunidense do início do século XX, antes de lutar para reformulá-lo à sua própria maneira, amarrando suas origens à mitologia presente em religiões de matriz africana enraizadas nas crenças dos descendentes de escravos. - André Zuliani (Leia a crítica).

Predador: Assassino dos Assassinos

Disney+

Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+

Divertido, empolgante e com uma escala de ação para deixar qualquer fã do gênero na ponta do sofá, Predador: Assassino de Assassinos prova o quão divertido o personagem criado por Jim e John Thomas, na já longínqua década de 1980, ainda pode ser. O que Dan Trachtenberg entende bem - mais do que qualquer um que veio depois do filme original - é que precisamos nos importar também com a parte humana da história. É nela que estão elementos que queremos que sobrevivam ao final e que nos surpreendem quando a força brutal do Predador arranca uma cabeça, um braço, uma perna ou tudo junto de uma só vez. Nisso, A Caçada e Assassino de Assassinos acertam em cheio.

Predators

MTV Documentary Films

Onde assitir: Em breve no Paramount+

Um tremendo trabalho de montagem com imagens de arquivo, bastidores e entrevistas, Predators consegue encontrar respostas para a primeira interrogação, mas é o vácuo deixado pela segunda que realmente potencializa o filme de David Osit. Se, após tantos episódios e imitadores, To Catch a Predator não levou a nenhum aprendizado que pudesse impedir o abuso infantil, ou que ao menos ajudasse a reabilitar aqueles que cometiam esses atos, para que serviu o programa? Entre análises psicológicas e testemunhos de ex-atores e policiais, Predators sugere que a humilhação pública era o alvo. O espetáculo, não a justiça, interessava. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Sorry, Baby

A24

Onde assistir: 11 de dezembro nos cinemas.

Sorry, Baby é primariamente sobre a vida de uma mulher. Uma pessoa. Um mundo em si mesma. Agnes (Eva Victor, que também é diretora e rotieirsta do filme) é uma mulher que se sente sozinha depois que a s melhor amiga e muda para Nova York, que se sente estranhamente leve na amizade com benefícios desenvolvida com o vizinho Gavin (Lucas Hedges), que é brilhante como professora, que encontra companheirismo numa gatinha, e que sofreu algo que ninguém deveria sofrer. O roteiro de Victor – um texto que na própria organização em quatro capítulos, sendo cada um para um ano diferente, e apresentação fora de ordem cronológica já busca subverter suas expectativas – não é sobre como Agnes passa a ser uma metáfora ambulante da luta gerada pelo que a traumatizou. A palavra trauma sequer surge. É claro que a noite horrível com Decker (Louis Cancelmi), informa e infecta seu cotidiano, mas Agnes jamais é reduzida a uma série de sintomas. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Superman (2025)

DC Studios

Onde assistir: Disponível para streaming no HBO Max.

As melhores versões do Superman são aquelas que entendem a essência de sua criação. O que o torna interessante não são as dúvidas sobre sua capacidade de vencer um inimigo — é claro que ele consegue – mas o quanto ele deseja não estar sozinho. Superman pode ser um alien mais forte do que uma locomotiva e mais rápido que uma bala, mas ele é mais parecido com eu e você do que um bilionário igualmente brilhante em solucionar crimes e em artes marciais. A diferença entre Clark e nós é que, um dia, ele descobriu que podia derrubar paredes. Superman de James Gunn entende isso, e por mais imperfeito que ele seja, essa compreensão – aliada ao quão aberto é seu abraço dos elementos de fantasia e ficção-científica dos gibis da DC – faz dele o início de uma nova era do cinema de heróis. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica)

Sonhos de Trem

Netflix

Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.

Não é só a narração de Will Patton, transbordando de sabedoria e calor, que faz Sonhos de Trem parecer um livro. Parece óbvio dizer isso, já que o filme é uma adaptação da obra homônima de Denis Johnson, mas há uma qualidade literária para o trabalho do diretor Clint Bentley. Cada corte é uma página virada. Sua direção parece capturar a passagem das coisas. Do tempo, das estações. Das vidas. Destas, a principal é a de Robert Grainier, interpretado por Joel Edgerton numa atuação que parece comunicar as facetas e emoções do personagem em cada ruga, olhar e gesto. A vida de Grainier acontece num período fascinante. Train Dreams acompanha seus 80 anos, do fim do Século 19 até a era das corridas espaciais, e encontra neles o recorte perfeito para examinar não só a natureza das mudanças, como também as mudanças na natureza, sejam elas orgânicas ou causadas por mãos humanas. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

O Último Azul

Vitrine Filmes

Onde assistir: Em cartaz nos cinemas. 

Se há uma constante na filmografia de Gabriel Mascaro é a criação de distopias para analisar com um olhar crítico o mundo em que vivemos. Em outras obras, o uso de elementos fantásticos servem como metáforas para releituras da nossa realidade, mas no caso de Mascaro, o diretor nunca se distancia tanto da verdade nunca e crua - o coronelismo habitual de Boi Neon, a hipocrisia religiosa de Divino Amor. Após revisionar tantas situações e personagens que mostram um Brasil pouco visto em obras mainstream, o cineasta atingiu uma evolução notória em seu estilo narrativo, e talvez seja por isso que O Último Azul pareça o seu filme mais maduro. - André Zuliani (Leia a crítica).

Uma Batalha Após a Outra

Rocket Science

Onde assistir: Disponível para compra e aluguel no Google Play, Apple TV e Youtube.

Todo crítico que estiver fazendo seu trabalho com atenção vai te dizer a mesma coisa sobre Uma Batalha Após a Outra. O épico furioso, hilário e ambicioso de Paul Thomas Anderson é o primeiro filme contemporâneo do cineasta, responsável por Sangue Negro O Mestre, entre outros, desde Embrigados de Amor lá trás em 2002. Ali, havia um longa-metragem movido por uma compreensão ímpar do ator escalado por PTA para sua versão de uma comédia romântica atemporal. Aqui, há algo anunciado com urgência. Um documento vivo e pulsante, com foco inconfundível no aqui e agora. O tipo de coisa capaz de definir um século. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Se Eu Tivesse Pernas, Eu te Chutaria

A24

Onde assistir: Exibido no Festival do Rio. A partir de 1º de janeiro de 2026 nos cinemas.

Se eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria não é exatamente um prato cheio para quem gosta do seu cinema com um adicional de otimismo - mas, ao menos, a sua crueldade tem propósito. Em seu segundo longa-metragem (o primeiro, Yeast, contou com uma Greta Gerwig pré-estrelato no elenco), Mary Bronstein pinta um retrato impiedoso do isolamento e da volatilidade do ser mãe, das pressões sociais que, por sua vez, criam ansiedades e medos inverbalizáveis. Pior: quando eles finalmente escapam, porque precisam escapar, pela boca amarga de quem está os reprimindo, esses medos são seguidos por olhares de desaprovação, movimentos de desvencilhamento, e portanto ainda mais isolamento. - Caio Coletti (Leia a crítica).

Valor Sentimental

MUBI

Onde assistir: 25 de dezembro nos cinemas.

Talvez a última vez que Nora (Renate Reinsve) tenha entrado num papel para se entender, não para se esconder, seja no texto que escreveu ainda na escola, quando foi encarregada de se imaginar como um objeto inanimado e imediatamente personificou a casa onde sua família mora há gerações. Vemos isso na abertura de Sentimental Valuee o maravilhoso filme de Joachim Trier encerra essa sequência mostrando Nora, já mais velha, relendo suas palavras mas desprezando-as, uma conclusão que é narrada enquanto a câmera mostra uma rachadura na parede. Se a garota havia virado a casa, aquela é a cicatriz que persiste em seu interior. Mas a ferida não é exclusiva dela. Conforme Sentimental Value avança, percebemos que seus pais, sua avó e outros antepassados experimentaram depressão, morte e perseguição dentro daquelas salas, uma realidade que se infiltrou na arte da família. Se Nora usa as personagens que interpreta no teatro e televisão para fugir de si mesma, como define sua irmã mais nova Agnes (Inga Ibsdotter Lilleaas), seu pai – o cineasta Gustav Borg (Stellan Skarsgard, no papel de uma vida) – tem usado a experiência pessoal na arte há anos. - Guilherme Jacobs (Leia a crítica).

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out

Netflix

Onde assistir: 12 de dezembro na Netflix.

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out é mais uma comprovação do talento de seu diretor e roteirista como um criador de histórias. A diversão é peça fundamental da franquia. As referências pop estão lá - a piada com Scooby-Doo é hilária - e temas atuais seguem pautando os personagens que rodeiam a trama. Tudo funciona perfeitamente dentro do que Rian Johnson se propõe a criar, como se cada um dos filmes de Benoit Blanc fosse uma peça de artesanato única, feita com o maior cuidado possível. Não é para qualquer um chegar ao terceiro filme com tanta qualidade assim. Esse grande mistério, Johnson, Daniel Craig e Josh O’Connor, agora, conseguiram desvendar. - Alexandre Almeida (Leia a crítica).

Webstories