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Festival de Toronto | 10 melhores filmes da edição de 2025

Hamnet, Dwayne Johnson, Entre Facas e Segredos 3 e mais!

8 min de leitura
16.09.2025, às 07H00.
Atualizada em 16.09.2025, ÀS 18H42

Créditos da imagem: Divulgação

Festival de Toronto 2025 marcou a 50ª edição do TIFF e muitas celebridades e grandes filmes passaram por lá. Foi o caso dos grandes elencos de Frankenstein e Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out, ambos da Netflix, além de astros como Dwayne Johnson e Emily Blunt, por Coração de LutadorSydney Sweeney, por Christy, e Colin Farrell, com o novo filme de Edward Berger, diretor de Conclave.

O Brasil também marcou presença com O Agente Secreto, em uma sessão no Dia da Independência, que lotou uma das salas principais do TIFF e teve a participação de Kleber Mendonça Filho Wagner MouraO Último Azul também passou pelo festival com sessões cheias e a presença de Gabriel Mascaro, diretor do longo, junto da equipe.

Alguns dos grandes destaques da programação do Festival vieram das mostras de Cannes, com Sentimental Value sendo um fenômeno de público, junto com Sirât e It Was Just an Accident.

O cinema asiático também mostrou sua força, com No Other Choice, novo filme de Park Chan-wook tendo criado filas e mais filas de espera. Eu mesmo fiquei duas horas e meia e não consegui, infelizmente, assistir ao filme. Mas daqui umas semanas isso se resolve.

Depois de mais de uma semana, muitos filmes, alguns incríveis e outros nem tanto, listei abaixo os 10 melhores - e mais interessantes - filmes que assistimos pela primeira vez no TIFF 50.

10. O Testamento de Ann Lee

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"Para o bem ou para o mal, The Testament of Ann Lee é uma experiência única no cinema, assim como foi O Brutalista - que aliás vi na mesma sala e praticamente no mesmo assento aqui de Toronto. É hipnotizante e inacreditável ao mesmo tempo. Fascina e ao mesmo tempo nos faz achar que o filme e o grupo religioso que mostra são puro charlatanismo e um delírio coletivo. Quem sai ganhando é Amanda Seyfried, que passa por essa loucura toda de forma imaculada e pronta para ser cultuada nas premiações do ano."

Crítica completa: O Testamento de Ann Lee: Amanda Seyfried brilha como líder religiosa

9. Dead Man's Wire

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Gus Van Sant adiciona um inesperado senso de humor na história real de um homem que sequestra o filho de um banqueiro e exige, além do resgate, um pedido de desculpas públicas, pelo mal que ele sofreu pelos valor abusivos cobrados. Bill Skarsgard, depois de um 2025 marcado por bombas como O Corvo e Confinado, tem tempo para mostrar todo o seu talento e cria um personagem tolo e empático. Dacre Montgomery também está ótimo como o jovem sequestrado no lugar do pai, interpretado por Al Pacino.

Crítica em Breve

8. Motor City

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"Motor City tem, mais ou menos, apenas 10 linhas de diálogo. E as únicas que são realmente expositivas estão na última cena do filme. Fora elas, são palavras gritadas ou reações no meio de momentos embalados por uma trilha sonora cheia de hits que vão desde David BowieDonna SummerFleetwood Mac e Jack White - que aparece no filme tocando piano -, até músicas clássicas como "Carol of the Bells", de Mykola Leontovych. A escolha funciona muito bem no início e a postergação da primeira fala vira uma expectativa. Quando finalmente chega, em um ponto dramático da trama, surge como algo que estava preso na garganta e vira uma combinação perfeita entre a angústia da personagem de Woodley e a ansiedade que nos causa ver os personagens reagindo, mas nunca falando."

Crítica completaMotor City traz Alan Ritchson em um quase-musical violento e sem diálogos

7. Frankenstein

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"Oscar Isaac faz uma mistura de Steven Tyler com cientista louco, em uma atuação afetada, mas que funciona, principalmente após a chegada da Criatura. E é aí que entra o maior trunfo de Frankenstein. Jacob Elordi, em uma maquiagem que lembra completamente os Engenheiros de (vejam só!) Prometheus, está fantástico como o monstro que busca um sentido em sua criação. Del Toro é muito inteligente em dar mais atenção aos sentimentos da Criatura e aproveitar o talento do ator para focar ainda mais nas nuances do personagem, com Elordi transitando perfeitamente entre o melancólico e o solitário, mas que impõe força e medo quando precisa. É interessante perceber que os grandes méritos do filme se destacam cada um em sua parte. Se a história de Victor enche os olhos com a parte técnica, o ponto de vista da Criatura é onde a trama realmente ganha seu momento mais interessante, focada no perdão e na sensibilidade."

Crítica completa: Frankenstein | Jacob Elordi tem atuação monstruosa no morno filme de Del Toro

6. O Ônibus Perdido

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"O Ônibus Perdido não está interessado em discutir questões ambientais, embora elas sejam intrínsecas ao terror dos fatos. O discurso do chefe dos bombeiros (interpretado com competência por Yul Vasquez) parece até sair do trilho quando ele volta para pontuar que esse não é o primeiro incêndio daquela proporção. O foco do filme é no drama humano, seja de Kevin, Mary, das crianças, da controladora do rádio (Ashlie Atkinson) e dos bombeiros que lutam contra uma força praticamente invencível. Greengrass acerta ao focar no melodrama da situação, mesmo que tente adicionar temas demais para seu protagonista e fique a todo tempo buscando paralelos entre os dramas dele e de personagens na história."

Crítica completa: Paul Greengrass mergulha seu cinema documental no melodrama em O Ônibus Perdido

5. O Bom Bandido

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Channing Tatum usa todo seu carisma e charme para contar a história de Jeffrey Winchester, larão que ficou conhecido como Roofman (ou O Homem do Telhado, em tradução livre) após roubar diversas lojas do McDonald's. Ao fugir da prisão ele fica escondido por vários meses dentro de uma loja de brinquedo. A história, que conta ainda com Kirsten Dunst, Peter Dinklage e participações especialíssimas de Ben Medelsohn e LaKeith Steinfeld, não se prende a querer julgar ou inocentar os atos de Jeffrey. Derek Cianfrance (Namorados para Sempre) acerta ao criar uma história simpática, divertida, mas que nunca se perde em clichês hollywoodianos. Conhecemos muito sobre Jeffrey e as pessoas ao seu redor e, por isso, no final das contas, nos importamos de verdade.

Crítica em Breve

4. Vivo ou Morto: Um MIstério Knives Out

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"Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out é mais uma comprovação do talento de seu diretor e roteirista como um criador de histórias. A diversão é peça fundamental da franquia. As referências pop estão lá - a piada com Scooby-Doo é hilária - e temas atuais seguem pautando os personagens que rodeiam a trama. Tudo funciona perfeitamente dentro do que Rian Johnson se propõe a criar, como se cada um dos filmes de Benoit Blanc fosse uma peça de artesanato única, feita com o maior cuidado possível. Não é para qualquer um chegar ao terceiro filme com tanta qualidade assim. Esse grande mistério, Johnson, Craig e O’Connor, agora, conseguiram desvendar."

Crítica completa: Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out abraça o terror com Josh O’Connor perfeito

3. Coração de Lutador

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"Coração de Lutador não tem uma grande luta, no melhor estilo Rocky vs. Apollo. O filme brilha nos momentos mais íntimos, na ajuda de Kerr ao treinador que sofre com dores que ele pode ter no futuro, ou quando o lutador questiona um funcionário do parque de diversões sobre um dos brinquedos, já que ele fica enjoado ao girar muito. Tudo isso funciona pela autenticidade que Dwayne Johnson demonstra ao abraçar essa história. É a prova que ele precisa para ser reconhecido e ela é feita de forma merecida e respeitosa. Ao final, se você chegou até Coração de Lutador para ver o The Rock em um filme sério, vai sair conhecendo Mark Kerr, aquele ex-lutador, que foi interpretado por Dawyne Johnson em seu grande papel até aqui."

Crítica completa: The Rock reafirma seu talento e vai buscar prêmios no ótimo Coração de Lutador

2. EPiC: Elvis Presley in Concert

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"Ao contrário do filme de 2022, Luhrmann não se alonga e em pouco mais de 90 minutos faz com que Elvis conte e cante sua história. EPiC se torna uma experiência única e que merece ser vivida com a melhor imagem e som possível. Luhrmann disse que se as pessoas da plateia não levantassem durante a exibição, ele não precisaria nem voltar ao final. Ele não só voltou, como também dançou nos créditos junto com quem estava lá e se emocionou com o depoimento de uma fã que, na infância, teve a oportunidade de passar por exatamente aquilo que o diretor mostrou na tela. EPiC: Elvis Presley in Concert é mais que apenas um documentário-concerto, de fato. É uma grande conexão perfeita entre artistas - Elvis, Baz e equipe -, a arte e o público. "

Crítica completa: EPiC | Baz Luhrmann e Elvis incendeiam em documentário-concerto espetacular

1. Hamnet

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Se Hamlet nasceu de lendas anglo-saxônicas, Hamnet mostra como a dor de uma família moldou reflexões sobre a fragilidade da existência. “Lembra-te de mim”, diz o fantasma do rei a seu filho na peça. Essa memória é o fio condutor: a herança transmitida por Agnes, o legado do teatro, a troca de papéis entre os gêmeos Hamnet e Judith — brincadeira que reflete o próprio pacto do público com a ficção — e o sacrifício que ecoa no tempo. O sacrifício do irmão que troca sua herança pelo bem do outro.

Hamnet se torna um conto que transforma em realidade os ecos da peça de Shakespeare, sem nunca precisar de metáforas baratas sobre o talento do autor ou momentos de sua vida replicados na peça. No espetáculo visual de Chloé Zhao e no talento de Buckley e Mescal, são as palavras, os sentimentos, a universalidade da dor e o nosso medo da finitude que fazem da história de Agnes e da família uma experiência tão dura. A eterna busca pelo sentido da vida, como o mítico 'Ser ou não ser'."

Crítica completa: Hamnet é um espetáculo doloroso sobre luto, legado e eternidade